Geração cidadã de dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde
Geração cidadã de dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde é um projeto de pesquisa do edital Inova FioPromos da Fundação Oswaldo Cruz, iniciado em dezembro de 2023, com previsão de término em dezembro de 2024.
Autoria: Cristiane d'Avila
Sobre[editar | editar código-fonte]
O projeto "Geração cidadã de dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde" é coordenado por pesquisadoras e pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz e do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), com apoio do Dicionário de Favelas Marielle Franco e desenvolvido em articulação com comunicadores comunitários de quatro coletivos localizadas na Área Programática 3.1 (AP 3.1) do município do Rio de Janeiro, a saber, Instituto Raízes em Movimento (Complexo do Alemão); Frente de Mobilização da Maré (conjunto de favelas da Maré); Agência de Comunicação Comunitária de Manguinhos (Manguinhos); Instituto Decodifica (antigo LabJaca) (Jacarezinho).
A iniciativa busca respostas para a seguinte pergunta:
é possível construir coletivamente soluções comunicacionais que possam vir a favorecer o fortalecimento e a estruturação da comunicação comunitária e contribuir para a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), em alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da Organização Mundial da Saúde (OMS)?
Partimos da concepção que orienta a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) do Ministério da Saúde (MS), cuja finalidade é “promover a melhoria das condições (...), reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes (...)” (PNPS, 2014, p.13) e da comunicação comunitária como “proposta social, objetivo claro de mobilização vinculado ao exercício da cidadania” (PAIVA, 2003, p.140) para elaborar, em conjunto com os coletivos de comunicação comunitária de bairros da AP 3.1 do município do Rio de Janeiro, soluções que promovam sua estruturação, deem visibilidade às suas ações e contribuam para a práxis da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS, em alinhamento com os ODS 3 e ODS 16 da Agenda 2030.
Nossa premissa é que esses coletivos são historicamente fragilizados pela violência, têm pouca visibilidade e carecem de infraestrutura e de recursos humanos. Um projeto que mapeie essas organizações civis pode vir a: 1. favorecer a capacidade coletiva de compreensão e controle sobre os determinantes da saúde que impactam a promoção da saúde dessas populações; 2. contribuir para a construção conjunta de mecanismos que promovam os coletivos e as pautas de cultura, arte e lazer por eles produzidas, fortalecendo o conceito ampliado de saúde; 3. promover oportunidades para eventual captação de recursos por meio de leis de incentivo e por parte de entes públicos e/ou privados. A metodologia prevê a realização de entrevistas semiestruturadas, questionário online e pesquisa documental partindo de quatro organizações localizadas em bairros da AP 3.1 do Rio de Janeiro. Compreendemos que o projeto, que visa ao fortalecimento e à estruturação da comunicação comunitária em saúde nos territórios, em alinhamento com a Agenda 2030, tem potencial de favorecer a práxis da Política Nacional de Promoção da Saúde no SUS e consolidar a visão de uma comunicação dialógica e participativa, para além da saúde, promovendo a coesão do tecido social e o fortalecimento da cidadania.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Agenda Rio 2030
- Geração Cidadã de Dados
- Comunicação nas favelas - episódio 10 (programa)
- Teia de Comunicação Popular do Brasil