Rede Nami: mudanças entre as edições
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A Rede Nami é uma Organização da Sociedade Civil (OSC), sem fins lucrativos, localizada no Rio de Janeiro (RJ). Foi criada, em 2010, pela artista Pamela Castro visando combater a violência doméstica. | |||
Autoria: Bruna Martins Oliveira | |||
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<blockquote>Em 2004 a artista Panmela Castro foi espancada e mantida em cárcere privado por seu companheiro. Resgatada por sua família, prestou queixa na delegacia mas na época a [[:Categoria:Violência Doméstica|violência doméstica]] era considerada um crime de menor potencial ofensivo e não houve punição para o seu agressor. | |||
Por ser perseguida por seu ex-companheiro, era apenas saindo com os bandos de graffiteiros que Pamela se sentia protegida e, assim, em um devir artístico pela cidade, remontava sua vida. Pamela Castro, que já vinha usando a sua arte para tratar de problemas sociais, em 2008, após saber da aprovação da Lei Maria da Penha (2006), desenvolve uma metodologia para o uso do [[:Categoria:Grafite|graffiti]] como ferramenta de comunicação, informando mulheres e jovens estudantes sobre a lei, a violência doméstica e seus direitos<ref>Fonte: [https://redenami.com/quem-somos/ Rede Nami - Quem somos]</ref>.</blockquote> | |||
Foi com os grupos de grafiteiros e grafiteiras que Pamela encontrou proteção e arte se tornou um caminho de sobrevivência, ressignificação e resistência para sua vida. | ==Sobre== | ||
A Rede NAMI é uma [[Projetos Sociais e Ongs|organização sem fins lucrativos]] que tem como objetivo o uso da arte como veículo de transformação social. Promove, através de seus projetos, os direitos das mulheres, negros, povos originários, pessoas LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência. | |||
A principal marca da entidade é lançar mão da [[:Categoria:Artes|arte]] como uma forma de promoção e busca por direitos. Durante muito tempo, Pamela precisou fugir do seu ex-companheiro e teve seus direitos violados em uma época na qual a Lei Maria da Penha não existia. | |||
Foi com os grupos de grafiteiros e grafiteiras que Pamela encontrou proteção e a arte se tornou um caminho de sobrevivência, ressignificação e resistência para sua vida. | |||
Em mais de uma década, a organização já atendeu e acolheu mais de 10.000 mulheres na cidade do Rio de Janeiro. São episódios marcantes dessa história: | Em mais de uma década, a organização já atendeu e acolheu mais de 10.000 mulheres na cidade do Rio de Janeiro. São episódios marcantes dessa história: | ||
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*A Rede Nami tem profundo respeito ao trabalho de Marielle Franco e, assim, como a ativista, apoia ações que alimentam o protagonismo das mulheres, em especial, as que estão em maior situação de vulnerabilidade: mulheres negras, mulheres com deficiência, pessoas que pertencem ao grupo LGBTQIAPN+ e se identificam como mulheres e mulheres que vivem em situação socioeconômica mais fragilizada. | *A Rede Nami tem profundo respeito ao trabalho de Marielle Franco e, assim, como a ativista, apoia ações que alimentam o protagonismo das mulheres, em especial, as que estão em maior situação de vulnerabilidade: mulheres negras, mulheres com deficiência, pessoas que pertencem ao grupo LGBTQIAPN+ e se identificam como mulheres e mulheres que vivem em situação socioeconômica mais fragilizada. | ||
=== MISSÃO === | |||
Quando a violência contra a mulher passou a ser considerada um crime, Pamela ampliou os horizontes e começou a promover oficinas que unissem grafite, acesso à informação, acolhimento e comunicação para mulheres vítimas de violência. É acreditando e impulsionando as '''AfroGrafiteiras''', as artistas e as mulheres que precisam exercer sua voz e vez que a Rede Nami realiza sua missão. Ou seja: a arte aliada à informação e ao acolhimento das mulheres é um caminho potente para que essas mulheres possam exercer o seu direito de existir. | Quando a violência contra a mulher passou a ser considerada um crime, Pamela ampliou os horizontes e começou a promover oficinas que unissem grafite, acesso à informação, acolhimento e comunicação para mulheres vítimas de violência. É acreditando e impulsionando as '''AfroGrafiteiras''', as artistas e as mulheres que precisam exercer sua voz e vez que a Rede Nami realiza sua missão. Ou seja: a arte aliada à informação e ao acolhimento das mulheres é um caminho potente para que essas mulheres possam exercer o seu direito de existir. | ||
=== PROJETOS === | |||
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Todas as artistas que estão iniciando um caminho ou mudando a rota artística inseridas na Rede Nami, possuem acesso à mentorias e orientações por meio do Grupo de Acompanhamento em Arte Contemporânea. Os encontros são semanais, conduzidos por uma curadora que incentiva as participantes a refletirem sobre seus trabalhos, criarem projetos e, por fim, participarem de exposições coletivas, financiadas pela organização. | Todas as artistas que estão iniciando um caminho ou mudando a rota artística inseridas na Rede Nami, possuem acesso à mentorias e orientações por meio do Grupo de Acompanhamento em Arte Contemporânea. Os encontros são semanais, conduzidos por uma curadora que incentiva as participantes a refletirem sobre seus trabalhos, criarem projetos e, por fim, participarem de exposições coletivas, financiadas pela organização. | ||
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<references /> | |||
== Ver também == | |||
* [[Associação de Mulheres de Atitude com Compromisso Social (AMAC)]] | |||
* [[Museu do Graffiti da Pavuna]] | |||
* [[Acesso à Justiça da Mulher]] | |||
[[Categoria:Temática - Violência]] | |||
[[Categoria:Temática - Gênero e Sexualidade]] | |||
[[Categoria:Violências]] | |||
[[Categoria:Violência doméstica]] | |||
[[Categoria:Feminismos]] | |||
[[Categoria:Artes]] | |||
[[Categoria:Grafite]] | |||
[[Categoria:Mulheres]] | |||
[[Categoria:Rio de Janeiro]] |
Edição atual tal como às 12h10min de 13 de junho de 2024
A Rede Nami é uma Organização da Sociedade Civil (OSC), sem fins lucrativos, localizada no Rio de Janeiro (RJ). Foi criada, em 2010, pela artista Pamela Castro visando combater a violência doméstica.
Autoria: Bruna Martins Oliveira
Histórico[editar | editar código-fonte]
Em 2004 a artista Panmela Castro foi espancada e mantida em cárcere privado por seu companheiro. Resgatada por sua família, prestou queixa na delegacia mas na época a violência doméstica era considerada um crime de menor potencial ofensivo e não houve punição para o seu agressor. Por ser perseguida por seu ex-companheiro, era apenas saindo com os bandos de graffiteiros que Pamela se sentia protegida e, assim, em um devir artístico pela cidade, remontava sua vida. Pamela Castro, que já vinha usando a sua arte para tratar de problemas sociais, em 2008, após saber da aprovação da Lei Maria da Penha (2006), desenvolve uma metodologia para o uso do graffiti como ferramenta de comunicação, informando mulheres e jovens estudantes sobre a lei, a violência doméstica e seus direitos[1].
Sobre[editar | editar código-fonte]
A Rede NAMI é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo o uso da arte como veículo de transformação social. Promove, através de seus projetos, os direitos das mulheres, negros, povos originários, pessoas LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência.
A principal marca da entidade é lançar mão da arte como uma forma de promoção e busca por direitos. Durante muito tempo, Pamela precisou fugir do seu ex-companheiro e teve seus direitos violados em uma época na qual a Lei Maria da Penha não existia.
Foi com os grupos de grafiteiros e grafiteiras que Pamela encontrou proteção e a arte se tornou um caminho de sobrevivência, ressignificação e resistência para sua vida.
Em mais de uma década, a organização já atendeu e acolheu mais de 10.000 mulheres na cidade do Rio de Janeiro. São episódios marcantes dessa história:
- Em 2018, o projeto recebeu a vista da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Nobel da Paz e conhecida internacionalmente pela luta pelo direito à educação das meninas e mulheres;
- A agenda de atividades da Rede Nami está alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), tendo um forte compromisso com as pautas que visam a redução das desigualdades e violências de gênero;
- A Rede Nami tem profundo respeito ao trabalho de Marielle Franco e, assim, como a ativista, apoia ações que alimentam o protagonismo das mulheres, em especial, as que estão em maior situação de vulnerabilidade: mulheres negras, mulheres com deficiência, pessoas que pertencem ao grupo LGBTQIAPN+ e se identificam como mulheres e mulheres que vivem em situação socioeconômica mais fragilizada.
MISSÃO[editar | editar código-fonte]
Quando a violência contra a mulher passou a ser considerada um crime, Pamela ampliou os horizontes e começou a promover oficinas que unissem grafite, acesso à informação, acolhimento e comunicação para mulheres vítimas de violência. É acreditando e impulsionando as AfroGrafiteiras, as artistas e as mulheres que precisam exercer sua voz e vez que a Rede Nami realiza sua missão. Ou seja: a arte aliada à informação e ao acolhimento das mulheres é um caminho potente para que essas mulheres possam exercer o seu direito de existir.
PROJETOS[editar | editar código-fonte]
1. AfroGrafiteiras
O projeto AfroGrafiteiras consiste no incentivo à profissionalização das mulheres artísticas. Trata-se de um projeto educacional em que as participantes são convidadas a debaterem conteúdos teóricos e práticos sobre técnicas artísticas e também sobre direitos humanos. Além disso, as mulheres também se encontram para realizar grafitagens em murais. Durante a pandemia de Covid-19, o projeto se manteve ativo pelo YouTube, com aulas virtuais. Assista uma aula!
2. Fundo Nami Marielle Franco
O projeto consiste em buscar recursos para apoiar projetos que visam impulsionar a vida das mulheres que estão em maior vulnerabilidade social. Resumidamente, as pautas privilegiadas pelo Fundo são eventos, projetos e iniciativas organizadas por associações, coletivos, centros culturais e escolas, sob a liderança de mulheres cis negras, mulheres trans, homens trans, pessoas não-binárias e mulheres com deficiência.
3. Oficinas de Grafite
Visando expandir a missão e o propósito da Rede Nami na sociedade, a entidade organiza e promove oficinas de grafite, direitos humanos e conteúdos teóricos que unem a arte ao combate à violência contra a mulher. Neste caso, o grafite é utilizado como uma potência comunicacional e metodológica para alcançar os mais diversos públicos. As oficinas são gratuitas e ministradas em comunidades e escolas públicas.
4. Museu Vivo NAMI
Para valorizar as artistas e criar espaços para exposição e propagação da arte e dos direitos humanos, a Rede Nami criou o Museu Vivo NAMI, um aberto para todes. Se interessou? Escreva para para museu@redenami.com e saiba mais!
5. Grupo de Acompanhamento
Todas as artistas que estão iniciando um caminho ou mudando a rota artística inseridas na Rede Nami, possuem acesso à mentorias e orientações por meio do Grupo de Acompanhamento em Arte Contemporânea. Os encontros são semanais, conduzidos por uma curadora que incentiva as participantes a refletirem sobre seus trabalhos, criarem projetos e, por fim, participarem de exposições coletivas, financiadas pela organização.
APOIE A REDE NAMI[editar | editar código-fonte]
Gostou do que leu até aqui? Saiba que você pode apoiar o projeto de uma forma mais efetiva. A Rede Nami tem um programa de doações mensais. É possível contribuir via PIX, cartão de crédito ou boleto bancário. Doe aqui!
Redes sociais[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- ↑ Fonte: Rede Nami - Quem somos