Chacina da Vila Cruzeiro - 11 de fevereiro de 2022: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Em fevereiro de 2022 a Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio foi palco de uma chacina: Uma operação conjunta da Polícia Militar, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF)  resultou em nove pessoas mortas.
Em fevereiro de 2022 a Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio foi palco de uma chacina: Uma operação conjunta da Polícia Militar, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF)  resultou em nove pessoas mortas.
 
Autoria: Este trabalho é uma parceria entre os grupos GENI/UFF e CASA (IESP-UERJ) com o Dicionário de Favelas Marielle Franco.
- Este trabalho é uma parceria entre os grupos GENI e CASA com o Dicionário de Favelas Marielle Franco.


== A operação ==
== A operação ==

Edição das 09h49min de 20 de julho de 2022

Moradores da Penha, no Rio de Janeiro, relatam uma manhã de terror e de “chuva de tiros” após operação que deixou 8 mortos. Reprodução PRF.
Moradores da Penha, no Rio de Janeiro, relatam uma manhã de terror e de “chuva de tiros” após operação que deixou 8 mortos. Reprodução PRF.

Em fevereiro de 2022 a Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio foi palco de uma chacina: Uma operação conjunta da Polícia Militar, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) resultou em nove pessoas mortas.

Autoria: Este trabalho é uma parceria entre os grupos GENI/UFF e CASA (IESP-UERJ) com o Dicionário de Favelas Marielle Franco.

A operação

Autoria: Caroline Oliveira[1].

A operação começou às 5h da manhã e deixou nove pessoas mortas na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.

De acordo com a PM, o principal alvo da operação era a prisão do traficante Adriano Souza de Freitas, conhecido como Chico Bento, apontado como chefe do tráfico da favela. Segundo as investigações, ele está na Vila Cruzeiro desde que o Jacarezinho foi ocupado pelo Programa Cidade Integrada, há quase um mês.

O saldo é de apreensão de sete fuzis, quatro pistolas, 14 granadas e 72 kg de pasta básica de droga.

Devido à troca de tiros intensa, pelo menos 15 escolas da rede municipal não abriram as portas e três clínicas da família suspenderam as atividades externas. A vacinação contra a covid-19 também foi suspensa.

Nas redes sociais, em meio a vídeos e imagens de homens mortos durante a operação, moradores relatam uma manhã de terror e de “chuva de tiros”.  

“No Complexo da Penha e entorno: aulas canceladas, pessoas sem poder ir trabalhar, postos de saúde não conseguem trocar plantão… os impactos de um dia como esse deixam um rastro enorme de retrocessos na vida de uma pessoa da favela!”, afirmou em seu perfil no Twitter o ativista e empreendedor Raull Santiago.

A operação ocorre dias depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) obrigando o governo do Rio de Janeiro a elaborar um planejamento para reduzir a letalidade policial nas operações nas favelas. O plano deve ser apresentado à Corte em até 90 dias.

Em seu voto, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou que o Rio de Janeiro vive uma “violação sistemática” de direitos. “Se instalou um verdadeiro estado de coisas inconstitucional, tendo em vista a disseminação da violência das autoridades policiais e a incomum letalidade dessas ações que, de forma crescente, atingem vítimas civis, inocentes e completamente indefesas”, afirmou o ministro.

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