Coletivos em ação contra coronavírus

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Revisão de 13h21min de 12 de maio de 2020 por Caiqueazael (discussão | contribs)

A equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco apresenta um compilado de informações sobre o Novo Coronavírus nas favelas do Brasil. Reunindo pesquisas, reportagens, fotos, vídeos, comentários, artigos, ensaios e reflexões acadêmicas sobre os impactos do coronavírus na vida das favelas. No presente verbete, vamos reunir alguns dos coletivos que tem dedicado muito tempo e energia na articulação das ações de combate ao coronavírus nas favelas.

Confira também as outras iniciativas da nossa equipe clicando aqui

Favelas contra o coronavírus

Logo do projeto

 

O Coletivo Favelas contra o Coronavírus é uma iniciativa de diversos coletivos de comunicadores comunitários, que surge com o objetivo de trazer informações oficiais adaptadas à realidade de moradores de favelas, tirando dúvidas, combatendo notícias falsas, diminuindo assim o avanço do Coronavírus. Na página, podemos encontrar informes a partir das orientações do Ministério da Saúde e OMS, notícias sobre favelas e coronavírus e campanhas de solidariedade. 

Juntos pelo Complexo do Alemão (Coletivo)

Alemão 1.jpeg

Mais uma vez, unidos para defender as favelas, o coletivo centra forças no combate ao coronavírus. Seja recebendo doações ou destinando apoio aos moradores do Alemão, atua fortemente no território. Além disso, faz uma importante disputa das políticas públicas para a favela. Você pode conferir clicando aqui o manifesto feito sobre o tema.

Grupo_ECO_(Santa_Marta) 

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O Grupo Eco é uma organização que atua no Morro Santa Marta desde 1976. É uma entidade sem fins lucrativo de caráter educacional e cultural e destinada a promover e apoiar na Favela Santa Marta e, eventualmente, fora dela, atividades e iniciativas que visem o desenvolvimento humano integral das pessoas e da comunidade, com atenção especial às crianças, adolescentes e jovens, em busca da afirmação da dignidade da pessoa humana; do pleno exercício da cidadania; do fortalecimento da solidariedade comunitária participativa; contribuindo, assim, para a construção de uma sociedade justa, livre e participativa.  

A_Rocinha_Resiste

Imagem da campanha do coletivo

A Rocinha Resiste é uma rede mobilizadora formada por pessoas ligadas à Rocinha e que reúne saberes múltiplos. Sua proposta é, num diálogo aberto com outras favelas, debater ideias, criar conceitos e concretizar ações para a transformação da realidade deste território, levando em consideração seus problemas históricos e emergentes.

Babilônia Utopia

Babilonia Utopia - Logo.jpg

 

O coletivo se une para criar um espaço comunitário para sonhar utopias. A casa fica no Jardim da Babilônia com atendimento psicológico, a rádio comunitária Jambal FM, uma biblioteca comunitária, cineclube, aulas para adultos, idosos e crianças e curso de formação política. O financiamento é feito de forma colaborativa, a partir de arrecadação. 

Babilônia Utopia (Collective)

The collective was created as a community space to dream utopias, and it is hosted in a house located in the Babilônia garden (Jardim da Babilônia). The Babilônia Utopia collective provides services and space for the many crucial activities of the community, such as psychological assistance for residents, a community radio (Jambal FM), a community library, a cinema club, classes for adults, elderly and children and a political training course, amongst others. The project was founded as is supported in a collaborative way, by donations.

Frente_CDD_contra_o_COVID_19

Logo Frente CDD.jpg

 

Reunindo mais de 50 ativistas e organizações do território, a Frente CDD Contra o Covid 19 tem articulado ações de solidariedade e comunicação comunitária no território para combater a expansão do coronavírus na favela e possibilitar às famílias uma quarentena com dignidade. 

Cidade de Deus é a maior favela da Zona Oeste do Rio de Janeiro e teve casos confirmados ainda em março. Com uma população muito precarizada, fica difícil seguir a risca as orientações de quarentena num primeiro momento, pois muitos moradores ganham seu sustento com ações cotidianas.

Assim, no primeiro momento, o objetivo da Frente foi arrecadar e distribuir itens de limpeza, higiene pessoal, alimentação e água para a população que mais precisa. Contudo, como os próprios voluntários apontam, apesar da mobilização da sociedade civil, há questões que não podem ser resolvidas sem que o Estado cumpra seu papel. No Brejo, uma das partes mais precarizadas da CDD, em geral, não há água encanada. Moradores costumam retirar água de um poço, ou dependem de doações. Para eles, é mais difícil cumprir a orientação de lavar as mãos para se proteger da contaminação pelo coronavírus.

Frente_de_Mobilização_Maré

Frente Maré.png

 

A campanha "Coronavírus nas favelas", que começou no dia 19 de março como uma iniciativa de comunicadores comunitários da Maré, ao longo do tempo ganhou mais moradores e coletivos. O objetivo inicial era fomentar ações que levassem informação aos moradores das 16 comunidades da Maré, hoje formada por aproximadamente 140 mil pessoas, sobre a importância de se proteger, de garantir hábitos de higiene e respeitar o isolamento social. Agora somos a Frente de Mobilização da Maré. O nosso objetivo é não somente fomentar ações de comunicação dentro da comunidade, mas também conseguir viabilizar doações de produtos de higiene/limpeza e alimentos para serem distribuídos aos moradores durante esse período de crise.

Mobilization_Front_Maré

The "Coronavirus in the favelas" campaign started on March 19 as an initiative promoted by some community members from Maré, a complex of 16 favelas in the Northern area of Rio de Janeiro, with approximately 140.000 residents. Over time, more residents and associations joined the initiative. The initial objective was to promote actions that would provide information to the residents of the 16 communities on the importance of protecting themselves form Covid-19, of adopting hygiene procedures and respecting self-isolation. Now we are the Mobilization Front Maré. Our goal is not only to promote an alternative and local communication within Maré,  but also to facilitate the donation of sanitizin / cleaning products and food to be distributed to residents during this period of crisis.

Sanitização_do_Santa_Marta

Sanitização St Marta (11).jpeg

 

Nas últimas semanas, ações preventivas de desinfecção contra a propagação do novo coronavírus começaram a ser feitas em uma favela de Niterói, na Central do Brasil, nas barcas, no metrô e em áreas onde há maior circulação de pessoas na cidade do Rio de Janeiro.  Esse procedimento usado em vários países e no Brasil pode salvar vidas! Por que não usá-lo nas favelas?  

Defendemos que esse processo de sanitização seja realizado em todas as favelas! Mas quando será que o poder público vai desinfetar os becos e vielas do Santa Marta? Não podemos esperar! A luta contra o coronavírus é urgente!

Sanitization_of_Santa_Marta

In the last few weeks, preventive sanitization steps began to take place  in a favela in Niteroi, against the spread of the new coronavirus. Sanitization took place at Central do Brasil train station, in ferries, in subways and, more generally, in areas where there is greater movement of people in the city of Rio de Janeiro. This procedure, ] used in several countries and in Brazil, can definitely save lives! Why not use it in favelas?

We know  this sanitization process should be carried out in all favelas! But when will public health authorities take action and disinfect the blind alleys, and any other  alleyway of Santa Marta?

We can’t wait! The fight against coronavirus is urgent, and it’s now!

Fala Akari (Coletivo)

Logo Fala Akari.jpg

Em meio a pandemia de Coronavírus e sem apoio do Estado, o coletivo está se mobilizando arrecadando doações de alimentos e produzindo faxias alertando a população sobre a COVID19.

Comitê_Comunitário_Virtual_de_Monitoramento_das_Ações_de_Enfrentamento_da_COVID-19_nos_bairros_populares_de_Salvador

Considerando a realidade desigual de Salvador, Moradores (as) de bairros populares, membros de Associações de Moradores e Militantes dos Movimentos Sociais e Profissionais de Saúde, diante do cenário de falta de comando e propostas do governo federal, e despreocupação com o avanço rápido da transmissão do Coronavírus nas comunidades, a falta de recursos básicos como água tratada, álcool gel, a falta de informações e orientação mais confiáveis, adequadas à realidade cultural, social e econômica de nossa comunidades, resolvemos tomar a iniciativa de mobilizar e articular com outras comunidades, universidade e setores de Salvador para assumir um papel de maior protagonismo. Desse modo, buscamos levantar as necessidades e demandas dos bairros para os gestores, apoiar e monitorar as ações efetivas preconizadas pela OMS, defender a adoção entre nós das ações exitosas da China, Coreia, Venezuela e Cuba, e assegurar que recursos de prevenção, controle, diagnóstico e tratamento cheguem as pessoas que precisarão em nossas comunidades, evitando assim, que as mortes atinjam desproporcionalmente a população negra e pobre de Salvador.