Comissão de Defesa das Favelas da Maré (CODEFAM)

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Autoria: Dartherium.

A CODEFAM

A Comissão de Defesa das Favelas da Maré (CODEFAM) foi criada em 10.06.1979. Essa associação teve o mérito de ser o canal de comunicação entre os moradores e as entidades envolvidas no programa PROMORAR (Projeto Rio) nas Favelas da Maré no final da década de 1970 (SANTOS, 2016, p. 47). Uma das principais finalidades da CODEFAM era em relação às remoções de moradores, maior incerteza da população da Maré, principalmente, daqueles que residiam nas palafitas (IBIDIM, 47-48)[1].Na tentativa de se criar uma voz de defesa em relação aos moradores da Maré é criada a Comissão de Defesa das Favelas da Maré (CODEFAM) em 10/06/1979, composta de inco diretores, dois assessores e um presidente, todos ligados a entidades representativas das seis favelas da Maré (SILVA, 1984). Em relação a essas remoções, o governo tinha uma certa idéia de que, com essa nova política, não haveria espaço para essa intervenção, desta forma, como já foi abordado anteriormente, o PROJETO RIO, iria valorizar a realocação desses moradores das áreas palafitadas, para áreas que seriam formadas com a futura urbanização na Maré. A diretoria da CODEFAM era formada por Manoelino (Parque Maré/Presidente), Aluizio Prates (Parque Rubens Vaz/Secretário Geral), Joaquim Agamenon Santos (1º Secretário/Morro do Timbáu), Marciano do Rosário (Parque União/2º Secretário), Clóvis de Andrade (Relator/Baixa do Sapateiro), Zé Careca (Baixa do Sapateiro), Custódio Balardino (Parque União), Cícero Francisco de Barros (Parque União), Hortência Maria Dunshee de Abranches (Advogada/Lagoa), Atanásio Amorim (Baixa do Sapateiro/Tesoureiro), Mauro Ferreira dos Santos, José Roberto (Médico e jornalista) e Ladanese de Moura Costa (todos esses participaram de uma reunião de formatação da entidade conforme entrevista com o senhor Atanásio Amorim, em 12/12/2005 (SANTOS, 2017, p. 49).

De acordo com a CODEFAM a primeira vitória para os moradores da Maré era o apoio dado pelos técnicos da Engevix, que deram suporte à população no sentido de serem os responsáveis pelos projeto de arruamento e que somente as moradias que, de alguma forma, prejudicassem o traçado das ruas viriam a baixo, e os barracos que localizavam-se na área de aterro poderiam ser substituídos por sobrados com vãos independentes. Já a segunda conquista seria a garantia de que fossem construídas casas mistas (vila de casas e apartamentos), de acordo com as suas reivindicações (SANTOS, 2013, p. 32). A pesquisa sobre a CODEFAM está disponível em: https://pt.scribd.com/document/317786208/Planejamento-Urbano-em-Areas-Residenciais-Segregadas-na-Cidade-do-Rio-de-Janeiro-A-Atuacao-da-Codefam-no-Projeto-Rio-na-Favela-da-Mare 

Referências bibliográficas

SANTOS, Rogério Pereira dos. A Apropriação Social do Espaço em Áreas Residenciais Segregadas na Cidade do Rio de Janeiro: O Projeto Rio e o Programa de Titulação Social na Favela da Maré. Monografia de Pós Graduação Lato Sensu. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional. UFRJ. Rio de Janeiro. 2013.

_______, Rogério Pereira dos. Planejamento Urbano em Áreas Residenciais Segregadas na Cidade do Rio de Janeiro: A Atuação da Codefam no Projeto Rio na Favela da Maré. Monografia de Pós Graduação Lato Sensu. Faculdades Integradas Simonsem. Rio de Janeiro. 2016.

 

 

 

 

  1. SANTOS, Rogério Pereira dos. Planejamento Urbano em Áreas residenciais Segregadas na Cidade do Rio de Janeiro: A Atuação da CODEFAM no Projeto Rio na Favela da Maré. Monografia de Pós Graduação. Faculdades Integradas Simonsen. 98 páginas. 2016. Rio de Janeiro. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/317786208/Planejamento-Urbano-em-Areas-Residenciais-Segregadas-na-Cidade-do-Rio-de-Janeiro-A-Atuacao-da-Codefam-no-Projeto-Rio-na-Favela-da-Mare Acesso em 15.04.2019.