Direito à memória nas favelas em tempos pandêmicos (live): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Sem resumo de edição
(3 revisões intermediárias pelo mesmo usuário não estão sendo mostradas)
Linha 5: Linha 5:


"[[Favelas_em_Movimento_(lives)|Favelas em Movimento]]" é a nova série de lives do Dicionário de Favelas Marielle Franco .Toda última terça-feira do mês, às 18h, no [https://www.youtube.com/channel/UC5z5hsnZOZJH8vFacP-9poQ canal da VídeoSaúde] (Distribuidora da Fiocruz), moradores(as) e representantes de favelas e periferias se encontram para um bate-papo sobre questões sociais, políticas, culturais e econômicas fundamentais para pensarmos a vida destas pessoas em um cenário pandêmico, mas também o futuro.
"[[Favelas_em_Movimento_(lives)|Favelas em Movimento]]" é a nova série de lives do Dicionário de Favelas Marielle Franco .Toda última terça-feira do mês, às 18h, no [https://www.youtube.com/channel/UC5z5hsnZOZJH8vFacP-9poQ canal da VídeoSaúde] (Distribuidora da Fiocruz), moradores(as) e representantes de favelas e periferias se encontram para um bate-papo sobre questões sociais, políticas, culturais e econômicas fundamentais para pensarmos a vida destas pessoas em um cenário pandêmico, mas também o futuro.
= Resumo =
Na live, os convidados destacam a importância da memória como um instrumento político de transformação, pois a partir dela é possível produzir novos significados sobre as favelas e seus moradores, dando valor ao que antes era desvalorizado ou desconhecido. Para os moradores, ter contato com as histórias dos seus antepassados, vizinhos e da sua própria comunidade altera a percepção sobre a sua realidade. Mais que algo limitado ao que já foi, a memória "presentifica o passado para a construção do futuro".


 
O esforço de contar e recontar as histórias é um trabalho de resistência, onde os moradores criam novas narrativas e trazem a importância de personagens históricos da comunidade, como ressalta Elizabeth: "A gente precisa falar para os nossos, a partir do nosso lugar, contar e recontar as histórias e vivências. Arrisco dizer que a revolução começa daí.".


E nesse movimento de reinvenção, o papel das mulheres aparece em destaque, tanto no exemplo de figuras históricas, como Marielle Franco e Tereza de Benguela, tanto nos exemplos do presente, como o protagonismo de mulheres negras, nordestinas e chefes de família nas mobilizações contra a pandemia dentro das favelas. Essa posição feminina de destaque está em outros espaços, como a liderança de terreiros de matriz africana e de igrejas neopentecostais, o que aprofunda a responsabilidade do contar e recontar a história na perspectiva de uma educação para o desenvolvimento local.


== Direito à memória nas favelas em tempos pandêmicos (live) ==
Os convidados alertam sobre os mitos oficiais que ainda vigoram na sociedade brasileira, como a "democracia racial" e o projeto político de apagamento de memórias, onde falas e histórias são silenciadas, logo, falar de memória é falar de disputas no plano presente. Nesse sentindo, o exemplo de Tereza de Benguela, que [https://wikifavelas.com.br/index.php/Forjar forjava] os ferros jogados no seu quilombo e os transformava em armas e panelas para seu povo, ganha novo significado no presente, transformando a dor em luta, reinventando e criando novas perspectivas para o futuro.


No dia 27/07, às 18h, aconteceu mais uma [https://www.youtube.com/hashtag/live #live] da série "Favelas em Movimento". 👉🏾 Nesta live, temos como mediadora Cláudia Rose Ribeiro da Silva, nascida e criada no Complexo da Maré, professora de História da rede pública do município do Rio, atual coordenadora do Museu da Maré e integrante do Conselho do Dicionário de Favelas Marielle Franco. Como convidados(as), teremos Antônio Carlos Pinto Vieira, também nascido e criado no Complexo da Maré, co-fundador do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) e do Museu da Maré e pesquisador sobre os subúrbios e as favelas cariocas; e Elizabeth Campos, nascida no Jacarezinho e moradora de Manguinhos, na comunidade CHP2, educadora social e coordenadora do projeto Espaço Casa Viva Redeccap, em Manguinhos.
= Direito à memória nas favelas em tempos pandêmicos (live) =
 
Nesta live, temos como mediadora Cláudia Rose Ribeiro da Silva, nascida e criada no Complexo da Maré, professora de História da rede pública do município do Rio, atual coordenadora do Museu da Maré e integrante do Conselho do Dicionário de Favelas Marielle Franco. Como convidados(as), teremos Antônio Carlos Pinto Vieira, também nascido e criado no Complexo da Maré, co-fundador do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) e do Museu da Maré e pesquisador sobre os subúrbios e as favelas cariocas; e Elizabeth Campos, nascida no Jacarezinho e moradora de Manguinhos, na comunidade CHP2, educadora social e coordenadora do projeto Espaço Casa Viva Redeccap, em Manguinhos.


{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=hZVTjr726mw}}
{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=hZVTjr726mw}}


<br/> &nbsp;
<br>&nbsp;


&nbsp;
&nbsp;


[[Category:Temática - Sociabilidade]] [[Category:Temática - Cultura]] [[Category:Museu]] [[Category:Complexo da Maré]] [[Category:Maré]]
[[Category:Temática - Sociabilidade]] [[Category:Temática - Cultura]] [[Category:Museu]] [[Category:Complexo da Maré]] [[Category:Maré]]

Edição das 13h32min de 14 de setembro de 2021

Autoria: Dicionário de Favelas Marielle Franco.

Sobre

"Favelas em Movimento" é a nova série de lives do Dicionário de Favelas Marielle Franco .Toda última terça-feira do mês, às 18h, no canal da VídeoSaúde (Distribuidora da Fiocruz), moradores(as) e representantes de favelas e periferias se encontram para um bate-papo sobre questões sociais, políticas, culturais e econômicas fundamentais para pensarmos a vida destas pessoas em um cenário pandêmico, mas também o futuro.

Resumo

Na live, os convidados destacam a importância da memória como um instrumento político de transformação, pois a partir dela é possível produzir novos significados sobre as favelas e seus moradores, dando valor ao que antes era desvalorizado ou desconhecido. Para os moradores, ter contato com as histórias dos seus antepassados, vizinhos e da sua própria comunidade altera a percepção sobre a sua realidade. Mais que algo limitado ao que já foi, a memória "presentifica o passado para a construção do futuro".

O esforço de contar e recontar as histórias é um trabalho de resistência, onde os moradores criam novas narrativas e trazem a importância de personagens históricos da comunidade, como ressalta Elizabeth: "A gente precisa falar para os nossos, a partir do nosso lugar, contar e recontar as histórias e vivências. Arrisco dizer que a revolução começa daí.".

E nesse movimento de reinvenção, o papel das mulheres aparece em destaque, tanto no exemplo de figuras históricas, como Marielle Franco e Tereza de Benguela, tanto nos exemplos do presente, como o protagonismo de mulheres negras, nordestinas e chefes de família nas mobilizações contra a pandemia dentro das favelas. Essa posição feminina de destaque está em outros espaços, como a liderança de terreiros de matriz africana e de igrejas neopentecostais, o que aprofunda a responsabilidade do contar e recontar a história na perspectiva de uma educação para o desenvolvimento local.

Os convidados alertam sobre os mitos oficiais que ainda vigoram na sociedade brasileira, como a "democracia racial" e o projeto político de apagamento de memórias, onde falas e histórias são silenciadas, logo, falar de memória é falar de disputas no plano presente. Nesse sentindo, o exemplo de Tereza de Benguela, que forjava os ferros jogados no seu quilombo e os transformava em armas e panelas para seu povo, ganha novo significado no presente, transformando a dor em luta, reinventando e criando novas perspectivas para o futuro.

Direito à memória nas favelas em tempos pandêmicos (live)

Nesta live, temos como mediadora Cláudia Rose Ribeiro da Silva, nascida e criada no Complexo da Maré, professora de História da rede pública do município do Rio, atual coordenadora do Museu da Maré e integrante do Conselho do Dicionário de Favelas Marielle Franco. Como convidados(as), teremos Antônio Carlos Pinto Vieira, também nascido e criado no Complexo da Maré, co-fundador do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) e do Museu da Maré e pesquisador sobre os subúrbios e as favelas cariocas; e Elizabeth Campos, nascida no Jacarezinho e moradora de Manguinhos, na comunidade CHP2, educadora social e coordenadora do projeto Espaço Casa Viva Redeccap, em Manguinhos.