Domingo é dia de cinema

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

O projeto "Domingo é dia de cinema" nas favelas do Rio de Janeiro, iniciado em 2000, busca despertar o interesse pela sétima arte entre os estudantes de Pré-vestibulares Comunitários. Idealizado por León Diniz, o projeto exibe filmes seguidos de debates, proporcionando uma experiência cultural significativa. Contribuindo para uma sociedade justa e participativa, o projeto visa ampliar a visão crítica dos jovens, promovendo discussões sobre temas pouco abordados na mídia convencional. A ausência de cinemas nas favelas, como na Maré e Bonsucesso, destaca a importância dessa iniciativa inclusiva.

Autoria: Claudia Santiago.

O projeto[editar | editar código-fonte]

"Domingo é dia de cinema" é uma atividade cultural que exibe filmes, seguidos de debates, a alunos dos cursos Pré-vestibulares Comunitários que funcionam nas favelas do Rio de Janeiro. É comum, nessas localidades, encontrar alunos que nunca assistiram a uma sessão nas salas de cinema, sempre concentradas na zona sul da cidade, e em shopping-centers espalhados pelos bairros vizinhos.

A Maré [conjunto de favelas da Zona Norte do Rio] tem 135 mil moradores e não tem um cinema sequer. Bonsucesso [bairro da Zona Norte do Rio] fica ao lado da Maré e também não tem cinema.

O projeto foi idealizado pelo professor de geografia, León Diniz. O objetivo é despertar na juventude que mora em favelas o gosto pelo cinema. A atividade se desenvolve desde 2000, sendo uma parceria entre o Grupo Estação, um grupo de Pré-vestibulares Comunitários e o Núcleo Piratininga de Comunicação. Participam jovens de todas as regiões da cidade, da zona oeste à zona sul.

O projeto "Domingo é dia de cinema" contribui para a construção de uma sociedade justa, participativa e democrática. Os filmes e os debatedores são escolhidos por uma comissão de participantes da atividade.

Nesses anos de existência, o projeto reuniu um grande número de debatedores, muitos professores. E exibiu filmes de altíssima qualidade que tanto ajudam os estudantes nas provas para o vestibular quanto os estimulam a participar ativamente da vida da cidade. De acordo com os organizadores, é fundamental debater temas que são pouco frequentes na mídia aberta, por propiciar aos alunos uma visão mais crítica e longe do senso comum.

Inicialmente os filmes eram exibidos no Cine Odeon, na Cinelândia. Depois de um tempo parado, voltou com força no domingo, 17 de março de 2019, no Estação Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88), trazendo o filme “Praça Paris”, de Lúcia Murat. Depois, seguiu-se um debate com cinco mulheres sobre o tema, intitulado “Brasil chegou a vez de ouvir as Marias, Mahins, Marielles, Malês” (referência ao samba da Mangueira de 2019).

Alguns filmes exibidos: “O que você faria?”(Barcelona - Marcelo Piñeyro); “Batismo de Sangue” (Brasil – ‎Helvécio Ratton); “A Negação do Brasil” (Brasil - Joel Zito Araujo); "Olga" (Brasil- Jayme Monjardim); "Cortina de Fumaça" (Brasil - Rodrigo Mac Nivem); "Incêndios" (Denis Villeneuve – Canadá); "Quase Dois Irmãos" (Brasil – Lucia Murat), "Machuca" (França, Reino Unido, Espanha, Chile - Andrés Wood); "Clube da Lua" (Argentina- Juan José Campanella); "No" (Chile- ‎Pablo Larraín).

                                               

 

Fotos de edições passadas[editar | editar código-fonte]

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Filmes que foram exibidos no projeto("Batismo de Sangue", "Praça Paris" e "El Método")[editar | editar código-fonte]

 

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