Empreendedorismo em favelas: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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O empreendedorismo na favela toma variadas formas: negócios formalizados e informais, de iniciativa endógena ou externa, de parceria entre empreendedores locais, nascidos e criados na favela com empresas consolidadas do asfalto ou microempreendedores individuais e trabalhadores freelances.


•Favela tours: o turismo em favela vem ganhando força desde o início do programa das UPPs e continua forte mesmo com a notória falha deste e com a crescente força do tráfico em favelas como a Rocinha, um dos destinos populares para o turismo em favela. Os três arranjos comuns para o turismo em favelas são as agências de turismo do asfalto que empregam guias externos à favela assim como guias moradores da favela, agencias fundadas por moradores de favela, e guias individuais que trabalham por conta própria. A contratação de guias moradores de favela e a proteção e retorno dos frutos do turismo para as favelas visitadas são os objetivos da PL 3598/2017, que teve a aprovação impulsionada pelos acontecimentos na Rocinha em setembro de 2017 com a morte de uma turista espanhola em visita a Rocinha com uma empresa e guia do asfalto. Os tours em favela podem envolver diversos moradores que vivem indiretamente do turismo. Um tour para um grupo na Rocinha, com show de capoeira, feijoada e visita a laje chega a envolver 15 pessoas, uma parceria não incomum com os guias locais.
'''Autora: Josiane Fernandes'''


•CUFA (Central Única de Favelas): fundada por moradores de favelas, A CUFA se transformou em uma organização mundialmente conhecida. Criou o Favela Vai Voando, um esquema de venda de pacotes de viagem para moradores de favela a prestações mais baixas que agencias do asfalto. Criou também o Cufa Card, o cartão de crédito de conta digital e cartão pré-pago, em parceria com a Master Card, com a ideia de desburocratizar o uso do cartão de crédito para moradores e empreendedores da favela que não tem acesso a serviços bancários por não poder comprovar renda e residência, ou com problemas de crédito.
O empreendedorismo na favela toma variadas formas: negócios formalizados e informais, de iniciativa endógena ou externa, de parceria entre empreendedores locais, nascidos e criados na favela com empresas consolidadas do asfalto ou microempreendedores individuais e trabalhadores freelances.


•Maratona Facebook de Empreendedorismo: Facebook, em parceria com a CUFA, instalou um laboratório na sede Cufa em Madureira e oferece, semanal e gratuitamente, cursos com a duração de um dia de como criar e administrar páginas de pessoa jurídica no Facebook. Os cursos são ministrados por colaboradores da Cufa, alguns dos quais também são moradores de favelas.
= Favela tours: =


•SEBRAE: o Sebrae possui uma subdivisão e uma equipe dedicada a empreendedores de favela. Tipicamente, um agente Sebrae visita periodicamente ou permanece na favela para fornecer rapidamente alvarás e registro de microempresas e prestar consultoria básica sobre regulamentação e regimes fiscais.
O turismo em favela vem ganhando força desde o início do programa das UPPs e continua forte mesmo com a notória falha deste e com a crescente força do tráfico em favelas como a Rocinha, um dos destinos populares para o turismo em favela. Os três arranjos comuns para o turismo em favelas são as agências de turismo do asfalto que empregam guias externos à favela assim como guias moradores da favela, agencias fundadas por moradores de favela, e guias individuais que trabalham por conta própria. A contratação de guias moradores de favela e a proteção e retorno dos frutos do turismo para as favelas visitadas são os objetivos da PL 3598/2017, que teve a aprovação impulsionada pelos acontecimentos na Rocinha em setembro de 2017 com a morte de uma turista espanhola em visita a Rocinha com uma empresa e guia do asfalto. Os tours em favela podem envolver diversos moradores que vivem indiretamente do turismo. Um tour para um grupo na Rocinha, com show de capoeira, feijoada e visita a laje chega a envolver 15 pessoas, uma parceria não incomum com os guias locais.


Autora: Josiane Fernandes
= CUFA (Central Única de Favelas): =
 
Fundada por moradores de favelas, A CUFA se transformou em uma organização mundialmente conhecida. Criou o Favela Vai Voando, um esquema de venda de pacotes de viagem para moradores de favela a prestações mais baixas que agencias do asfalto. Criou também o Cufa Card, o cartão de crédito de conta digital e cartão pré-pago, em parceria com a Master Card, com a ideia de desburocratizar o uso do cartão de crédito para moradores e empreendedores da favela que não tem acesso a serviços bancários por não poder comprovar renda e residência, ou com problemas de crédito.
 
= Maratona Facebook de Empreendedorismo: =
 
Facebook, em parceria com a CUFA, instalou um laboratório na sede Cufa em Madureira e oferece, semanal e gratuitamente, cursos com a duração de um dia de como criar e administrar páginas de pessoa jurídica no Facebook. Os cursos são ministrados por colaboradores da Cufa, alguns dos quais também são moradores de favelas.
 
= SEBRAE: =
 
O Sebrae possui uma subdivisão e uma equipe dedicada a empreendedores de favela. Tipicamente, um agente Sebrae visita periodicamente ou permanece na favela para fornecer rapidamente alvarás e registro de microempresas e prestar consultoria básica sobre regulamentação e regimes fiscais.
 
 
 
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Edição das 19h14min de 3 de setembro de 2019

Autora: Josiane Fernandes

O empreendedorismo na favela toma variadas formas: negócios formalizados e informais, de iniciativa endógena ou externa, de parceria entre empreendedores locais, nascidos e criados na favela com empresas consolidadas do asfalto ou microempreendedores individuais e trabalhadores freelances.

Favela tours:

O turismo em favela vem ganhando força desde o início do programa das UPPs e continua forte mesmo com a notória falha deste e com a crescente força do tráfico em favelas como a Rocinha, um dos destinos populares para o turismo em favela. Os três arranjos comuns para o turismo em favelas são as agências de turismo do asfalto que empregam guias externos à favela assim como guias moradores da favela, agencias fundadas por moradores de favela, e guias individuais que trabalham por conta própria. A contratação de guias moradores de favela e a proteção e retorno dos frutos do turismo para as favelas visitadas são os objetivos da PL 3598/2017, que teve a aprovação impulsionada pelos acontecimentos na Rocinha em setembro de 2017 com a morte de uma turista espanhola em visita a Rocinha com uma empresa e guia do asfalto. Os tours em favela podem envolver diversos moradores que vivem indiretamente do turismo. Um tour para um grupo na Rocinha, com show de capoeira, feijoada e visita a laje chega a envolver 15 pessoas, uma parceria não incomum com os guias locais.

CUFA (Central Única de Favelas):

Fundada por moradores de favelas, A CUFA se transformou em uma organização mundialmente conhecida. Criou o Favela Vai Voando, um esquema de venda de pacotes de viagem para moradores de favela a prestações mais baixas que agencias do asfalto. Criou também o Cufa Card, o cartão de crédito de conta digital e cartão pré-pago, em parceria com a Master Card, com a ideia de desburocratizar o uso do cartão de crédito para moradores e empreendedores da favela que não tem acesso a serviços bancários por não poder comprovar renda e residência, ou com problemas de crédito.

Maratona Facebook de Empreendedorismo:

Facebook, em parceria com a CUFA, instalou um laboratório na sede Cufa em Madureira e oferece, semanal e gratuitamente, cursos com a duração de um dia de como criar e administrar páginas de pessoa jurídica no Facebook. Os cursos são ministrados por colaboradores da Cufa, alguns dos quais também são moradores de favelas.

SEBRAE:

O Sebrae possui uma subdivisão e uma equipe dedicada a empreendedores de favela. Tipicamente, um agente Sebrae visita periodicamente ou permanece na favela para fornecer rapidamente alvarás e registro de microempresas e prestar consultoria básica sobre regulamentação e regimes fiscais.