Estátua Marielle Franco

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Verbete produzido pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir da repercussão nas mídias.

Estátua Marielle Franco - Legado, Justiça e Reparação

Uma estátua em tamanho real da vereadora Marielle Franco com 1,75 metro. Instalada no Buraco do Lume, na Praça Mario Lago, no Centro do Rio, em 27 de julho de 2022, dia em que ela completaria 43 anos.

Iniciativa e Memória

MARIELLE - MEMÓRIA

A iniciativa de realizar a campanha para erguer a estátua é do Instituto Marielle Franco, criado pela família da vereadora. A obra, em bronze, é do artista Edgard Duvivier, escultor de estátuas de personalidades como Pelé, Clarice Lispector, Lima Barreto e Garrincha.

O local escolhido é o mesmo em que Marielle ia todas as sextas-feiras prestar contas de seu mandato à população carioca e onde passam milhares de pessoas diariamente.

A escultura representa a vereadora com o punho esquerdo erguido para o alto, um gesto histórico que representa a luta do movimento negro. Marielle foi retratada sorrindo, como aparece em grande parte de suas fotos e vídeos.

"Vamos celebrar e erguer homenagens a quem dedicou sua vida para defender um mundo mais justo e para lutar pelos direitos de todas as pessoas", diz nota do Instituto Marielle Franco sobre a inauguração. "Defender a memória de Marielle e de mulheres negras é gerar referências para as novas gerações e lutar por justiça e reparação".

Durante o evento foi realizada uma aula pública com o tema “A memória é a semente para novos futuros: legado, justiça e reparação”, além de uma batalha de poesia sobre a memória de Marielle. A educadora Anielle Franco, irmã de Marielle, a escritora Eliana Alvez Cruz e a professora Thula Pires, da PUC-Rio, foram as responsáveis pela aula pública.

Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros há quatro anos, na noite de 14 de março de 2018, em emboscada no centro do Rio. Nos dias seguintes ao crime, também teve início uma campanha difamatória, com fake news sobre relações que jamais existiram entre a vereadora e traficantes.

Os ex-policiais militares Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos, e Élcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado no crime, foram presos em março de 2019 e se tornaram réus pelos homicídios de Marielle e Anderson. As autoridades ainda não identificaram os possíveis mandantes dos assassinatos.

O Instituto Marielle Franco mantém uma linha do tempo que mostra as mudanças de delegados à frente da investigação e a mobilização de familiares, ativistas e artistas para que o crime não seja esquecido.