Folha da Formiga (1973): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
(Criou página com '<p style="text-align:justify">Fonte:  Santiago Claudia. Experiências em Comunicação Popular no Rio de Janeiro Ontem de Hoje. Rio de Janeiro. Ed. NPC, 2016. </p> <...')
 
Sem resumo de edição
Linha 1: Linha 1:
<p style="text-align:justify">Fonte:&nbsp; Santiago Claudia. Experiências em Comunicação Popular no Rio de Janeiro Ontem de Hoje. Rio de Janeiro. Ed. NPC, 2016.&nbsp;</p> <p style="text-align:justify">Escrito por: Claudia Santiago / Entrevistas: Tatiana Lima</p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Vamos, agora, dar um pulo no morro da Formiga, bem perto do Borel e da Indiana, mas do outro lado da Conde de Bonfim, a via principal que atravessa todo o bairro da Tijuca. Nosso entrevistado é Gilberto Palmares, telefônico, e ex-deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT).</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Assim como já vimos em outros lugares, desde a década de 1960 havia movimento político e comunitário no Morro da Formiga. Um dos primeiros temas que mobilizou os moradores foi a construção de uma capela, que acabou sendo inaugurada em 1968 e está lá até hoje. Em torno da igreja, criou-se um grupo de jovens: o grupo de jovens da Formiga.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Eles tinham contato com outros grupos de jovens da região, como do Morro da Chacrinha e do Morro do Turano. Uma vez, os três grupos se uniram e montaram uma peça de teatro chamada “Natal na Favela”. Essa peça foi apresentada no Natal na Chacrinha e na Formiga. A experiência teve desdobramentos. Na Chacrinha, uma Rádio Poste, que funcionava através de um sistema de alto-falante. Na Formiga surgiu a ideia de fazer um jornal comunitário. Nasce, então, no ano de 1973, a ''Folha da Formiga''. O jornal teve dois momentos. O primeiro com um intervalo de um ano e meio; e o outro em 1977 e 1978, durando dois anos.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%">'''<span style="line-height:150%">O início do jornal</span>'''</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">O começo do jornal ''Folha da Formiga'' não foi diferente do começo de centenas de jornais em toda a América Latina, naquele período. Um grupo de jovens, um espaço na igreja, um mimeógrafo a álcool, uma pessoa do morro que tinha muito talento para desenhar e fez uma formiga toda estilizada. Pronto. Saiu o primeiro número. Gilberto, na época, tinha 19 anos.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">A ''Folha'' agregava jovens que, ainda sem grande consciência política, queriam atuar na vida da cidade. A vida na Igreja Católica não era mais suficiente para suprir sua vontade de participação. Do grupo inicial participavam umas cinco, seis pessoas. Gilberto, Alcides, Zeca, Tuninho.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Alguns depois vieram a fazer parte da Associação de Moradores.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">O jornal circulava no morro e não tinha uma tiragem muito precisa, era pequena. Durou um ano e meio e parou de circular. Voltou em 1977 e durou mais dois anos. A segunda fase do jornal foi estimulada por um grupo de militantes do PCB que passou a atuar na Formiga. “Eles frequentavam o morro, se encontravam com a gente e estimularam que se recuperasse a ideia do jornal”, recorda Gilberto.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">No decorrer da experiência do jornal, Gilberto Palmares ingressou na Juventude Operária Católica, a JOC. Na segunda fase já atuou como militante do PCB.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">A construção do jornal acontecia da seguinte maneira. O grupo se reunia, conversava sobre o morro e fazia a pauta. A matéria intitulada “Água de Deus, preço do diabo” fez surgir uma grande polêmica no morro. Nessa época a água vinha da própria floresta da Tijuca e tinha uma sociedade de água numa área. Um menino que participava do jornal fez uma matéria reclamando do preço da água e o dono da sociedade da água não gostou.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Com o tempo o jornal ficou conhecido por boa parte da comunidade e atraía jovens que não militavam diretamente, mas se sentiam atraídos pela comunicação. As pessoas viam meio intuitivamente que, mesmo com precariedade, eles poderiam canalizar alguma reclamação ou denúncia no jornal, que não era absorvida pela Associação de Moradores. Enfim, um espaço para reclamar.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">O papel do jornal foi pensado e muito bem pensado pelo grupo de jovens, conta Gilberto Palmares. “Queríamos sair do debate restrito à comunidade católica para refletir o morro como um todo. Muito timidamente buscávamos fazer uma reflexão mais para fora, pensar um pouquinho o país que vivíamos, afinal era um momento ditatorial”.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">A'''segunda fase do jornal tinha outra pegada. Estava no horizonte a reorganização do movimento de favela. Como veremos no capítulo dois, que fala da Rocinha, nos anos de 1977 e 1978 se dá o ressurgimento da Faferj. O jornal procurava refletir sobre essa questão de fora da Formiga. Foi o momento de tratar também dos problemas e inciativas que estivessem rolando em outras comunidades e que se apresentavam em outras regiões.</span></span></span></span></p>
<p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Fonte:&nbsp; Santiago Claudia. Experiências em Comunicação Popular no Rio de Janeiro Ontem de Hoje. Rio de Janeiro. Ed. NPC, 2016.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Escrito por: Claudia Santiago / Entrevistas: Tatiana Lima</span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Vamos, agora, dar um pulo no morro da Formiga, bem perto do Borel e da Indiana, mas do outro lado da Conde de Bonfim, a via principal que atravessa todo o bairro da Tijuca. Nosso entrevistado é Gilberto Palmares, telefônico, e ex-deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT).</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Assim como já vimos em outros lugares, desde a década de 1960 havia movimento político e comunitário no Morro da Formiga. Um dos primeiros temas que mobilizou os moradores foi a construção de uma capela, que acabou sendo inaugurada em 1968 e está lá até hoje. Em torno da igreja, criou-se um grupo de jovens: o grupo de jovens da Formiga.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Eles tinham contato com outros grupos de jovens da região, como do Morro da Chacrinha e do Morro do Turano. Uma vez, os três grupos se uniram e montaram uma peça de teatro chamada “Natal na Favela”. Essa peça foi apresentada no Natal na Chacrinha e na Formiga. A experiência teve desdobramentos. Na Chacrinha, uma Rádio Poste, que funcionava através de um sistema de alto-falante. Na Formiga surgiu a ideia de fazer um jornal comunitário. Nasce, então, no ano de 1973, a ''Folha da Formiga''. O jornal teve dois momentos. O primeiro com um intervalo de um ano e meio; e o outro em 1977 e 1978, durando dois anos.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%">'''<span style="line-height:150%">O início do jornal</span>'''</span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">O começo do jornal ''Folha da Formiga'' não foi diferente do começo de centenas de jornais em toda a América Latina, naquele período. Um grupo de jovens, um espaço na igreja, um mimeógrafo a álcool, uma pessoa do morro que tinha muito talento para desenhar e fez uma formiga toda estilizada. Pronto. Saiu o primeiro número. Gilberto, na época, tinha 19 anos.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">A ''Folha'' agregava jovens que, ainda sem grande consciência política, queriam atuar na vida da cidade. A vida na Igreja Católica não era mais suficiente para suprir sua vontade de participação. Do grupo inicial participavam umas cinco, seis pessoas. Gilberto, Alcides, Zeca, Tuninho.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Alguns depois vieram a fazer parte da Associação de Moradores.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">O jornal circulava no morro e não tinha uma tiragem muito precisa, era pequena. Durou um ano e meio e parou de circular. Voltou em 1977 e durou mais dois anos. A segunda fase do jornal foi estimulada por um grupo de militantes do PCB que passou a atuar na Formiga. “Eles frequentavam o morro, se encontravam com a gente e estimularam que se recuperasse a ideia do jornal”, recorda Gilberto.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">No decorrer da experiência do jornal, Gilberto Palmares ingressou na Juventude Operária Católica, a JOC. Na segunda fase já atuou como militante do PCB.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">A construção do jornal acontecia da seguinte maneira. O grupo se reunia, conversava sobre o morro e fazia a pauta. A matéria intitulada “Água de Deus, preço do diabo” fez surgir uma grande polêmica no morro. Nessa época a água vinha da própria floresta da Tijuca e tinha uma sociedade de água numa área. Um menino que participava do jornal fez uma matéria reclamando do preço da água e o dono da sociedade da água não gostou.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">Com o tempo o jornal ficou conhecido por boa parte da comunidade e atraía jovens que não militavam diretamente, mas se sentiam atraídos pela comunicação. As pessoas viam meio intuitivamente que, mesmo com precariedade, eles poderiam canalizar alguma reclamação ou denúncia no jornal, que não era absorvida pela Associação de Moradores. Enfim, um espaço para reclamar.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">O papel do jornal foi pensado e muito bem pensado pelo grupo de jovens, conta Gilberto Palmares. “Queríamos sair do debate restrito à comunidade católica para refletir o morro como um todo. Muito timidamente buscávamos fazer uma reflexão mais para fora, pensar um pouquinho o país que vivíamos, afinal era um momento ditatorial”.</span></span></span></span></p> <p style="text-align:justify"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:150%"><span style="line-height:150%">A&nbsp;segunda fase do jornal tinha outra pegada. Estava no horizonte a reorganização do movimento de favela. Como veremos no capítulo dois, que fala da Rocinha, nos anos de 1977 e 1978 se dá o ressurgimento da Faferj. O jornal procurava refletir sobre essa questão de fora da Formiga. Foi o momento de tratar também dos problemas e inciativas que estivessem rolando em outras comunidades e que se apresentavam em outras regiões.</span></span></span></span></p>

Edição das 18h57min de 25 de outubro de 2019

Fonte:  Santiago Claudia. Experiências em Comunicação Popular no Rio de Janeiro Ontem de Hoje. Rio de Janeiro. Ed. NPC, 2016. 

Escrito por: Claudia Santiago / Entrevistas: Tatiana Lima

Vamos, agora, dar um pulo no morro da Formiga, bem perto do Borel e da Indiana, mas do outro lado da Conde de Bonfim, a via principal que atravessa todo o bairro da Tijuca. Nosso entrevistado é Gilberto Palmares, telefônico, e ex-deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Assim como já vimos em outros lugares, desde a década de 1960 havia movimento político e comunitário no Morro da Formiga. Um dos primeiros temas que mobilizou os moradores foi a construção de uma capela, que acabou sendo inaugurada em 1968 e está lá até hoje. Em torno da igreja, criou-se um grupo de jovens: o grupo de jovens da Formiga.

Eles tinham contato com outros grupos de jovens da região, como do Morro da Chacrinha e do Morro do Turano. Uma vez, os três grupos se uniram e montaram uma peça de teatro chamada “Natal na Favela”. Essa peça foi apresentada no Natal na Chacrinha e na Formiga. A experiência teve desdobramentos. Na Chacrinha, uma Rádio Poste, que funcionava através de um sistema de alto-falante. Na Formiga surgiu a ideia de fazer um jornal comunitário. Nasce, então, no ano de 1973, a Folha da Formiga. O jornal teve dois momentos. O primeiro com um intervalo de um ano e meio; e o outro em 1977 e 1978, durando dois anos.

O início do jornal

O começo do jornal Folha da Formiga não foi diferente do começo de centenas de jornais em toda a América Latina, naquele período. Um grupo de jovens, um espaço na igreja, um mimeógrafo a álcool, uma pessoa do morro que tinha muito talento para desenhar e fez uma formiga toda estilizada. Pronto. Saiu o primeiro número. Gilberto, na época, tinha 19 anos.

A Folha agregava jovens que, ainda sem grande consciência política, queriam atuar na vida da cidade. A vida na Igreja Católica não era mais suficiente para suprir sua vontade de participação. Do grupo inicial participavam umas cinco, seis pessoas. Gilberto, Alcides, Zeca, Tuninho.

Alguns depois vieram a fazer parte da Associação de Moradores.

O jornal circulava no morro e não tinha uma tiragem muito precisa, era pequena. Durou um ano e meio e parou de circular. Voltou em 1977 e durou mais dois anos. A segunda fase do jornal foi estimulada por um grupo de militantes do PCB que passou a atuar na Formiga. “Eles frequentavam o morro, se encontravam com a gente e estimularam que se recuperasse a ideia do jornal”, recorda Gilberto.

No decorrer da experiência do jornal, Gilberto Palmares ingressou na Juventude Operária Católica, a JOC. Na segunda fase já atuou como militante do PCB.

A construção do jornal acontecia da seguinte maneira. O grupo se reunia, conversava sobre o morro e fazia a pauta. A matéria intitulada “Água de Deus, preço do diabo” fez surgir uma grande polêmica no morro. Nessa época a água vinha da própria floresta da Tijuca e tinha uma sociedade de água numa área. Um menino que participava do jornal fez uma matéria reclamando do preço da água e o dono da sociedade da água não gostou.

Com o tempo o jornal ficou conhecido por boa parte da comunidade e atraía jovens que não militavam diretamente, mas se sentiam atraídos pela comunicação. As pessoas viam meio intuitivamente que, mesmo com precariedade, eles poderiam canalizar alguma reclamação ou denúncia no jornal, que não era absorvida pela Associação de Moradores. Enfim, um espaço para reclamar.

O papel do jornal foi pensado e muito bem pensado pelo grupo de jovens, conta Gilberto Palmares. “Queríamos sair do debate restrito à comunidade católica para refletir o morro como um todo. Muito timidamente buscávamos fazer uma reflexão mais para fora, pensar um pouquinho o país que vivíamos, afinal era um momento ditatorial”.

A segunda fase do jornal tinha outra pegada. Estava no horizonte a reorganização do movimento de favela. Como veremos no capítulo dois, que fala da Rocinha, nos anos de 1977 e 1978 se dá o ressurgimento da Faferj. O jornal procurava refletir sobre essa questão de fora da Formiga. Foi o momento de tratar também dos problemas e inciativas que estivessem rolando em outras comunidades e que se apresentavam em outras regiões.