Instituto Entre o Céu e a Favela: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Sem resumo de edição
(10 revisões intermediárias pelo mesmo usuário não estão sendo mostradas)
Linha 1: Linha 1:
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">'''Autora''': Cintia Sant'Anna</span></span></p> <p style="text-align: justify;">[[File:Logo Entre o Céu e a Favela.jpg|thumb|center|400px|Logo Entre o Céu e a Favela.jpg]]</p>  
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span>'''Autoras''': Cintia Sant'anna e Camille Stéphan</span></span></p>
== <span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:normal"><span style="color:black">História</span></span></span></span> ==
[[file:img1632951105722.png|thumb|300px]]
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 2011, ainda estudante, a atriz e produtora cultural Cintia Sant’Anna, lançou o informativo mensal “Entre o Céu e a Favela”, com uma tiragem de 250 exemplares, que só foi possível a partir da contemplação do projeto num edital da Agência de Redes para Juventude. O informativo tinha agenda cultural, História e reportagens sobre “gente que faz”, personagens “em ação”, no Morro da Providência. Com ajuda de amigos e apoiadores e voluntários, o projeto foi se mantendo com muita dificuldade. Nessa fase a equipe que participou do informativo foi; o psicólogo Diego Santos, como coordenador geral; a jornalista Gláucia Marinho, como designer; Jeferson Pedro era o jornalista responsável; a logo foi desenvolvida por Galo e Paz Berti era colunista.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">[[File:Cintia na sede do projeto..jpg|thumb|center|500px|Cintia na sede do projeto..jpg]]</span></span></p>
== <span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 18pt;">Introdução</span> ==
<span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 2015, Cíntia, apoiada por suas parceiras; a atriz, Mônica Saturnino e a produtora Sarah Alonso, que adaptaram a ideia do informativo para uma plataforma digital; o portal e inseriram o “Entre e o Céu e a Favela, o Portal” no edital Favela Criativa. Esse edital contemplava projetos já existentes em ação nas comunidades e o projeto Entre o Céu e a Favela foi contemplado.</span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">O Instituto Entre o Céu e a Favela é uma Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos fundada em 2011 por Cintia Sant'anna, mulher e moradora do Morro da Providência, primeira favela do Brasil. O IECF atende crianças, jovens e mulheres da Providência e da Região Portuaria através de atividades esportivas, culturais, sociais e profissionalizantes.</span>
== <span style="font-size: 18pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">Propositos</span></span></span></span> ==
<span style="font-size: 12pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"><span style="text-decoration: underline;">MISSÃO</span>: Gerar inclusão e transformação social para crianças, jovens e mulheres de favelas, potencializando o seu protagonismo por meio de ações socioculturais.</span></span></span></span>


<span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 2016, a verba do edital foi liberada, entretanto com apenas 50% do valor esperado para a manutenção de todo o projeto. Mas, sendo fundamental para o início do renascimento do informativo, agora como portal. Junto com o portal nasce o coletivo, formado por projetos do Morro da Providência. Em Janeiro de 2017 nasce o portal e o coletivo Entre o céu e a Favela.</span></span>
<span style="font-size: 12pt;">
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"><span style="text-decoration: underline;">VISÃO</span>: Construir um novo mundo, dando fim a desigualdade social, se tornando referência de inclusão e transformação da Região Portuaria.</span></span></span></span></span>


== <span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:normal"><span style="color:black">Missão&nbsp;</span></span></span></span> ==
<span style="font-size: 12pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"><span style="text-decoration: underline;">VALORES</span>: Proposito e disciplina; protagonismo e transformação; promoção de autonomia; comprometimento e moralidade; diversidade e integração.</span></span></span></span>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color:black">A missão do Entre o Céu e a Favela <span style="background:white">é resgatar, valorizar e difundir as manifestações culturais e sociais do Morro da Providência, em suas múltiplas expressões e atividades, com o objetivo de articular moradores, artistas, coletivos e fazedores culturais da comunidade e de outras localidades, gerando visibilidade e oportunidade de conexão e transformação para seus moradores.</span></span><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">Buscamos contribuir para o desenvolvimento do potencial humano, de comunicação e interação social a fim de construir uma cultura colaborativa e a formação de redes solidárias de cultura e comunicação, encorajando a mobilização e a articulação comunitária a criar pontes entre a favela e a cidade, para que ambos possam se beneficiar de suas qualidades territoriais, culturais e sociais.</span></span></span></span></span></p>  
<span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
== <span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">Redes sociais</span></span></span></span></span> ==
<span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
== <span style="font-size: 18pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">Historico</span></span></span></span> ==
<span style="font-size: 12pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">O Instituto Entre o Céu e a Favela surgiu em 2011, por iniciativa de um grupo de moradores do Morro da Providência, a primeira favela do Brasil, reunidos pela certeza de que a cultura e a comunicação são ferramentas potentes de enfrentamento ao racismo estrutural que distribui direitos e organiza a cidade. Já em 2012 criamos o informativo mensal “Entre o Céu e a Favela”, iniciativa selecionada em edital para ser apoiada pela Agência de Redes para Juventude. O projeto durou 6 meses e produziu eventos, oficinas e ações socioculturais. Em paralelo a isso oferecemos aulas de teatro como uma forma de gerar autoestima nas crianças locais. Em 2016 foi o ano da expansão, quando montamos um coletivo com o intuito de conseguir nos organizarmos coletivamente junto aos outros projetos locais. Assim, organizamos um cortejo cultural no início do ano 2017 para fortalecer os coletivos e projetos culturais locais, como forma de &nbsp;divulgar pelo morro as ações desenvolvidas.</span></span></span></span>
<span style="font-size: 12pt;">
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">A fundadora do Instituto, Cintia Santana, mulher e moradora da Providência, decidiu encerrar o coletivo em 2018 para poder se dedicar completamente ao projeto e acelerar o seu crescimento, conseguindo atender 100 crianças nas oficinas de teatro, perna de pau, contação de história, educação ambiental e mais 40 mulheres nas oficinas de qualificação profissional. Com esse propósito de ampliação, ela participou do programa de aceleração da ONG Gerando Falcões e foi selecionada para entrar na rede. Devido ao surgimento da pandemia, o projeto sociocultural de 2020 financiado através da lei de incentivo à cultura do município do Rio de Janeiro foi adiado e o Instituto decidiu dedicar o seu trabalho ao atendimento das famílias da região portuária, distribuindo no total 1.750 cartões de alimentação, 1.250 cestas básicas, mais de 14.000 máscaras, além de álcool em gel, kits de higiene, entre outros. A ação foi desenvolvida pelos 4 membros da equipe, junto com alguns voluntários. Com essas ações o Instituto ganhou visibilidade dentro do território e confiança dos moradores, por chegar nos lugares mais difíceis de acesso onde a ajuda não chegava.</span></span></span></span></span>


*<span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">[https://l.facebook.com/l.php?u=http://www.entreoceueafavela.com/?fbclid=IwAR0s-3PcTZrgY4gY-zJ9Aabb5hn7Hu8k0kDCwTtGZ2trQIIDUGzHakI_17I&h=AT1TqrQrWE6ZJXEw3aL94WXD4aZYe7-xIJ15E7F0wEsyeaDMw3ROhE4HNNUMZqb2c41I1i5LCf9PWT0bGQ8WXx_ELvWb45jtGQMTUTpa0T1BvlnXtJlwYri6ca1vY1IjcJW5khWidL1Acf79mug Site];</span></span></span></span></span>
*<span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">[https://www.instagram.com/entreoceueafavela/ Instagram];</span></span></span></span></span>
*<span style="font-size:larger;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">[https://www.facebook.com/Entreoceueafavela/ Facebook].</span></span></span></span></span>


<span style="font-size: 12pt;">
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">No início da pandemia, no mês de março de 2020, também criamos um Gabinete de Crise unindo oito projetos da região, o que ampliou a capacidade de atendimento aos moradores por todos os projetos que participaram. Esta iniciativa surgiu da nossa vontade de trabalhar em rede porque acreditamos que a mudança só é possível quando trabalhamos juntos. O ano 2020 também marca a institucionalização do Entre o Céu e a Favela e a reforma da sede.&nbsp;</span></span></span></span></span>
<span style="font-size: 12pt;">
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">Durante o ano 2021, ampliamos nossos atendimentos, com 7 oficinas no polo esportivo cultural para 270 crianças e adolescentes, e 4 oficinas de qualificação profissional para 190 jovens, mulheres e empreendedores. Encerramos o primeiro semestre formando 110 mulheres nos cursos profissionalizantes de trança, design de sobrancelhas e empreendedorismo, abrindo também mais 150 vagas novas para o segundo semestre.<br></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">Devido ao fato de que a fundadora e a maioria do time operacional serem nascidos, criados e moradores do Morro da Providência, o Instituto consegue ter uma leitura das carências e demandas do território, assim como ter uma atuação bem ampla e assertiva dentro da região, conseguindo circular e chegar na casa de moradores nos locais mais difíceis de acesso. Temos parceiros do comércio local e somos cada vez mais conhecidos dentro da região de atuação. Essa visibilidade e proximidade ajuda em conseguirmos atender mais pessoas e ter um maior contato com os moradores. Através do bom relacionamento e diálogo com o nosso público alvo, planejamos as nossas ações e objetivos junto com os moradores para construir junto cada atividade que propomos no Entre o Céu e a Favela e assim responder às demandas específicas do território.<br></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span></span>
<span style="font-size: 12pt;">
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">É com este modo de trabalho que estamos iniciando o projeto “Favela 3D” (Digital, Digna, Desenvolvida), projeto de transformação da ONG Gerando Falcões, cuja missão é “transformar a pobreza da favela em peça de museu, antes de Marte ser colonizado”. O Instituto Entre o Céu e a Favela foi selecionado pela Gerando Falcões para coordenar o projeto no Morro da Providência, junto com dois institutos, sendo um &nbsp;do interior de São Paulo e um de Maceió, e assim ser um dois protótipos de transformação da favela para poder expandir esse modelo para as outras favelas do Brasil.</span></span></span></span></span>
<span style="font-size: 12pt;">
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span></span>
<span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12pt;">O Morro da Providência é o local da Região Portuária onde a concentração de moradores é a mais importante. Ademais, a Região Portuária possui uma população mais jovem do que o observado na cidade do Rio de Janeiro, sendo que 1/4 dela não estuda e nem trabalha. O índice de domicílios chefiados por adolescentes dobrou, pa</span></span></span></span></span>
<span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12pt;">ssando de 0,93% para 1,85% entre 2000 e 2010. As maiores demandas socioassistenciais no território são as intervenções complementares para empregabilidade e inserção no mercado de trabalho, pois não possui unidades especializadas para esse atendimento. Por isso, o Instituto se dedica a atender as crianças, jovens e mulheres da Providência.</span></span></span></span></span>
<span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12pt;"></span></span></span></span></span>[[file:img1633492736195.jpeg|800px|center|thumb]]
<span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12pt;"></span></span></span></span></span>
== <span style="font-size: 18pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">Objetivos</span></span></span></span> ==
Nossas ações para reduzir as desigualdades presentes dentro da favela são desenvolvidas através da atividades cujos objetivos são baseados nos '''Objetivos de Desenvolvimento'''[[file:img1633496929660.png|150px|right|text-top|thumb]]
'''S''''''ustent''''''avel''' (ODS), previstos na agenda 2030 da ONU (criada em 2015). Faltam poucos anos antes de atingir essa data chave, porém esses objetivos ainda não foram cumpridos aqui no Brasil, assim como no Morro da Providência.
<span style="text-decoration: underline;">O Instituto Entre o Céu e a Favela enfoca as suas ações em 6 ODS</span>:
'''ODS 1: Acabar com a pobreza''' em todas as suas formas, em todos os lugares.
'''ODS 3: Assegurar uma vida saudavel''' e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
'''ODS 4: Assegurar a educação''' inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos.
'''ODS 5: Alcançar a igualdade de gênero''' e empoderar todas as mulheres e meninas.
'''ODS 8: Promover o crescimento econômico''' sustentado, inclusivo e sustentavel, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos.
'''ODS 10: Reduzir a desigualdade '''dentro dos paises e entre eles.
== <span style="font-size: 18pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">Time</span></span></span></span> ==
<span style="font-size: 18pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;"></span></span></span></span>[[file:img1633451943487.jpeg|800px|center|middle|thumb|Time IECF]]
== <span style="font-size: 18pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">Morro da Providência</span></span></span></span></span> ==
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><span style="text-decoration: underline;">Breve Introdução</span>:</span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">O Morro da Providência teve sua formação na época em que foi ocupado por soldados que participaram da Guerra de Canudos. Em 1897, ao chegarem no Rio de Janeiro, os ex-combatentes não foram considerados herois e não receberam seus soldos como era prometido. Com isso, eles se instalaram na encosta do morro e passaram a chama-lo de Morro da Favela, fazendo assim uma analogia com os morros que circundavam Canudos e que eram repletos de arvores espinhentas, conhecidas no nordeste pelo nome de "favelas".</span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">Mais tarde o termo favela, utilizado para classificar habitações precarias em areas de morro, foi ficando tão genérico que novamente passaram a chamar o Morro da Favela de Morro da Providência.</span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">A ocupação do Morro da Prividência se intensificou a partir da politicas higienista do final do século XVIII, quando o prefeito Barata Ribeiro decide remover os cortiços, considerados improprios, da area portuaria de grande importância para a economia da época. Muitos desses moradores removidos instalaram-se na encosta do Morro da Providência, proxima ao local dos antigos cortiços.</span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"></span>[[file:img1633456782091.png|600px|thumb|Região Portuaria]]
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><span style="text-decoration: underline;">Dados gerais</span>: (Censo 2010)</span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">- '''IDHM''': 0,643 = Médio&nbsp; &nbsp; (no bairro Santo Cristo o IDHM é de 0,746 = Alto) </span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"></span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">- '''Densidade Demográfica''': 14.626 hab/km² = densidade muito alta&nbsp; &nbsp; </span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">(no Santo Cristo = 5.897hab/km²)</span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">- '''População''': 51,08% mulheres / 48,92% homens</span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">- '''% pobres 2010''':&nbsp; 17,46%&nbsp; &nbsp; (x6 Santo Cristo = 3,68%)<br>- '''Renda per capita mensal''':&nbsp; R$534&nbsp; &nbsp; &nbsp;(Santo Cristo = R$843)<br>- '''Extrema pobreza''': Aumentação da população em situação de extrema pobreza no Morro da Providência entre 2000-2010.</span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">- '''Taxa analfabetismo''': 9,43%&nbsp; &nbsp;(RJ= 3,31% e Santo Cristo = 2,81%)</span>
<span style="font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;">- '''Creches''': 1<br>- '''Escolas Municipais''': 0</span>
== <span style="font-size: 18pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">Redes sociais</span></span></span></span></span> ==
*<span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">[//www.entreoceueafavela.org Site];</span></span></span></span></span>
*<span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">[https://www.instagram.com/entreoceueafavela/ Instagram];</span></span></span></span></span>
*<span style="font-size: larger; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height:normal"><span style="background:white"><span style="color:black">[https://www.facebook.com/Entreoceueafavela/ Facebook].</span></span></span></span></span>
&nbsp;
&nbsp;
== <span style="font-size: 18pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span><span style="line-height: normal;"><span style="color: black;">O começo</span></span></span></span> ==
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span>Em 2011, ainda estudante, a atriz e produtora cultural Cintia Sant’Anna, lançou o informativo mensal “Entre o Céu e a Favela”, com uma tiragem de 250 exemplares, que só foi possível a partir da contemplação do projeto num edital da Agência de Redes para Juventude. O informativo tinha agenda cultural, História e reportagens sobre “gente que faz”, personagens “em ação”, no Morro da Providência. Com ajuda de amigos e apoiadores e voluntários, o projeto foi se mantendo com muita dificuldade. Nessa fase a equipe que participou do informativo foi; o psicólogo Diego Santos, como coordenador geral; a jornalista Gláucia Marinho, como designer; Jeferson Pedro era o jornalista responsável; a logo foi desenvolvida por Galo e Paz Berti era colunista.</span></span></p>
[[File:Cintia na sede do projeto..jpg|thumb|center|500px|Cintia na sede do projeto..jpg]]
<span style="font-size: 12pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span>Em 2015, Cíntia, apoiada por suas parceiras; a atriz, Mônica Saturnino e a produtora Sarah Alonso, que adaptaram a ideia do informativo para uma plataforma digital; o portal e inseriram o “Entre e o Céu e a Favela, o Portal” no edital Favela Criativa. Esse edital contemplava projetos já existentes em ação nas comunidades e o projeto Entre o Céu e a Favela foi contemplado.</span></span>
<span style="font-size: 12pt; font-family: tahoma, arial, helvetica, sans-serif;"><span>Em 2016, a verba do edital foi liberada, entretanto com apenas 50% do valor esperado para a manutenção de todo o projeto. Mas, sendo fundamental para o início do renascimento do informativo, agora como portal. Junto com o portal nasce o coletivo, formado por projetos do Morro da Providência. Em Janeiro de 2017 nasce o portal e o coletivo Entre o Céu e a Favela.</span></span>


[[Category:Coletivo]][[Category:Movimentos sociais]][[Category:Temática - Cultura]][[Category:Providência]][[Category:Temática - Instituições]][[Category:Associativismo comunitário]]
[[Category:Coletivo]][[Category:Movimentos sociais]][[Category:Temática - Cultura]][[Category:Providência]][[Category:Temática - Instituições]][[Category:Associativismo comunitário]]

Edição das 23h21min de 4 de outubro de 2021

Autoras: Cintia Sant'anna e Camille Stéphan

Img1632951105722.png

Introdução

O Instituto Entre o Céu e a Favela é uma Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos fundada em 2011 por Cintia Sant'anna, mulher e moradora do Morro da Providência, primeira favela do Brasil. O IECF atende crianças, jovens e mulheres da Providência e da Região Portuaria através de atividades esportivas, culturais, sociais e profissionalizantes.

Propositos

MISSÃO: Gerar inclusão e transformação social para crianças, jovens e mulheres de favelas, potencializando o seu protagonismo por meio de ações socioculturais.

VISÃO: Construir um novo mundo, dando fim a desigualdade social, se tornando referência de inclusão e transformação da Região Portuaria.

VALORES: Proposito e disciplina; protagonismo e transformação; promoção de autonomia; comprometimento e moralidade; diversidade e integração.

Historico

O Instituto Entre o Céu e a Favela surgiu em 2011, por iniciativa de um grupo de moradores do Morro da Providência, a primeira favela do Brasil, reunidos pela certeza de que a cultura e a comunicação são ferramentas potentes de enfrentamento ao racismo estrutural que distribui direitos e organiza a cidade. Já em 2012 criamos o informativo mensal “Entre o Céu e a Favela”, iniciativa selecionada em edital para ser apoiada pela Agência de Redes para Juventude. O projeto durou 6 meses e produziu eventos, oficinas e ações socioculturais. Em paralelo a isso oferecemos aulas de teatro como uma forma de gerar autoestima nas crianças locais. Em 2016 foi o ano da expansão, quando montamos um coletivo com o intuito de conseguir nos organizarmos coletivamente junto aos outros projetos locais. Assim, organizamos um cortejo cultural no início do ano 2017 para fortalecer os coletivos e projetos culturais locais, como forma de  divulgar pelo morro as ações desenvolvidas. A fundadora do Instituto, Cintia Santana, mulher e moradora da Providência, decidiu encerrar o coletivo em 2018 para poder se dedicar completamente ao projeto e acelerar o seu crescimento, conseguindo atender 100 crianças nas oficinas de teatro, perna de pau, contação de história, educação ambiental e mais 40 mulheres nas oficinas de qualificação profissional. Com esse propósito de ampliação, ela participou do programa de aceleração da ONG Gerando Falcões e foi selecionada para entrar na rede. Devido ao surgimento da pandemia, o projeto sociocultural de 2020 financiado através da lei de incentivo à cultura do município do Rio de Janeiro foi adiado e o Instituto decidiu dedicar o seu trabalho ao atendimento das famílias da região portuária, distribuindo no total 1.750 cartões de alimentação, 1.250 cestas básicas, mais de 14.000 máscaras, além de álcool em gel, kits de higiene, entre outros. A ação foi desenvolvida pelos 4 membros da equipe, junto com alguns voluntários. Com essas ações o Instituto ganhou visibilidade dentro do território e confiança dos moradores, por chegar nos lugares mais difíceis de acesso onde a ajuda não chegava.


No início da pandemia, no mês de março de 2020, também criamos um Gabinete de Crise unindo oito projetos da região, o que ampliou a capacidade de atendimento aos moradores por todos os projetos que participaram. Esta iniciativa surgiu da nossa vontade de trabalhar em rede porque acreditamos que a mudança só é possível quando trabalhamos juntos. O ano 2020 também marca a institucionalização do Entre o Céu e a Favela e a reforma da sede.  Durante o ano 2021, ampliamos nossos atendimentos, com 7 oficinas no polo esportivo cultural para 270 crianças e adolescentes, e 4 oficinas de qualificação profissional para 190 jovens, mulheres e empreendedores. Encerramos o primeiro semestre formando 110 mulheres nos cursos profissionalizantes de trança, design de sobrancelhas e empreendedorismo, abrindo também mais 150 vagas novas para o segundo semestre.
Devido ao fato de que a fundadora e a maioria do time operacional serem nascidos, criados e moradores do Morro da Providência, o Instituto consegue ter uma leitura das carências e demandas do território, assim como ter uma atuação bem ampla e assertiva dentro da região, conseguindo circular e chegar na casa de moradores nos locais mais difíceis de acesso. Temos parceiros do comércio local e somos cada vez mais conhecidos dentro da região de atuação. Essa visibilidade e proximidade ajuda em conseguirmos atender mais pessoas e ter um maior contato com os moradores. Através do bom relacionamento e diálogo com o nosso público alvo, planejamos as nossas ações e objetivos junto com os moradores para construir junto cada atividade que propomos no Entre o Céu e a Favela e assim responder às demandas específicas do território.


É com este modo de trabalho que estamos iniciando o projeto “Favela 3D” (Digital, Digna, Desenvolvida), projeto de transformação da ONG Gerando Falcões, cuja missão é “transformar a pobreza da favela em peça de museu, antes de Marte ser colonizado”. O Instituto Entre o Céu e a Favela foi selecionado pela Gerando Falcões para coordenar o projeto no Morro da Providência, junto com dois institutos, sendo um  do interior de São Paulo e um de Maceió, e assim ser um dois protótipos de transformação da favela para poder expandir esse modelo para as outras favelas do Brasil. O Morro da Providência é o local da Região Portuária onde a concentração de moradores é a mais importante. Ademais, a Região Portuária possui uma população mais jovem do que o observado na cidade do Rio de Janeiro, sendo que 1/4 dela não estuda e nem trabalha. O índice de domicílios chefiados por adolescentes dobrou, pa ssando de 0,93% para 1,85% entre 2000 e 2010. As maiores demandas socioassistenciais no território são as intervenções complementares para empregabilidade e inserção no mercado de trabalho, pois não possui unidades especializadas para esse atendimento. Por isso, o Instituto se dedica a atender as crianças, jovens e mulheres da Providência.

Img1633492736195.jpeg

Objetivos

Nossas ações para reduzir as desigualdades presentes dentro da favela são desenvolvidas através da atividades cujos objetivos são baseados nos Objetivos de Desenvolvimento

Img1633496929660.png

S'ustent'avel (ODS), previstos na agenda 2030 da ONU (criada em 2015). Faltam poucos anos antes de atingir essa data chave, porém esses objetivos ainda não foram cumpridos aqui no Brasil, assim como no Morro da Providência.

O Instituto Entre o Céu e a Favela enfoca as suas ações em 6 ODS:

ODS 1: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.

ODS 3: Assegurar uma vida saudavel e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.

ODS 4: Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos.

ODS 5: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

ODS 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentavel, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos.

ODS 10: Reduzir a desigualdade dentro dos paises e entre eles.

Time

Time IECF

Morro da Providência

Breve Introdução:

O Morro da Providência teve sua formação na época em que foi ocupado por soldados que participaram da Guerra de Canudos. Em 1897, ao chegarem no Rio de Janeiro, os ex-combatentes não foram considerados herois e não receberam seus soldos como era prometido. Com isso, eles se instalaram na encosta do morro e passaram a chama-lo de Morro da Favela, fazendo assim uma analogia com os morros que circundavam Canudos e que eram repletos de arvores espinhentas, conhecidas no nordeste pelo nome de "favelas".

Mais tarde o termo favela, utilizado para classificar habitações precarias em areas de morro, foi ficando tão genérico que novamente passaram a chamar o Morro da Favela de Morro da Providência.

A ocupação do Morro da Prividência se intensificou a partir da politicas higienista do final do século XVIII, quando o prefeito Barata Ribeiro decide remover os cortiços, considerados improprios, da area portuaria de grande importância para a economia da época. Muitos desses moradores removidos instalaram-se na encosta do Morro da Providência, proxima ao local dos antigos cortiços.

Região Portuaria


Dados gerais: (Censo 2010)

- IDHM: 0,643 = Médio    (no bairro Santo Cristo o IDHM é de 0,746 = Alto) - Densidade Demográfica: 14.626 hab/km² = densidade muito alta    (no Santo Cristo = 5.897hab/km²)

- População: 51,08% mulheres / 48,92% homens

- % pobres 2010:  17,46%    (x6 Santo Cristo = 3,68%)
- Renda per capita mensal:  R$534     (Santo Cristo = R$843)
- Extrema pobreza: Aumentação da população em situação de extrema pobreza no Morro da Providência entre 2000-2010.

- Taxa analfabetismo: 9,43%   (RJ= 3,31% e Santo Cristo = 2,81%)

- Creches: 1
- Escolas Municipais: 0

Redes sociais

 

O começo

Em 2011, ainda estudante, a atriz e produtora cultural Cintia Sant’Anna, lançou o informativo mensal “Entre o Céu e a Favela”, com uma tiragem de 250 exemplares, que só foi possível a partir da contemplação do projeto num edital da Agência de Redes para Juventude. O informativo tinha agenda cultural, História e reportagens sobre “gente que faz”, personagens “em ação”, no Morro da Providência. Com ajuda de amigos e apoiadores e voluntários, o projeto foi se mantendo com muita dificuldade. Nessa fase a equipe que participou do informativo foi; o psicólogo Diego Santos, como coordenador geral; a jornalista Gláucia Marinho, como designer; Jeferson Pedro era o jornalista responsável; a logo foi desenvolvida por Galo e Paz Berti era colunista.

Cintia na sede do projeto..jpg

Em 2015, Cíntia, apoiada por suas parceiras; a atriz, Mônica Saturnino e a produtora Sarah Alonso, que adaptaram a ideia do informativo para uma plataforma digital; o portal e inseriram o “Entre e o Céu e a Favela, o Portal” no edital Favela Criativa. Esse edital contemplava projetos já existentes em ação nas comunidades e o projeto Entre o Céu e a Favela foi contemplado.

Em 2016, a verba do edital foi liberada, entretanto com apenas 50% do valor esperado para a manutenção de todo o projeto. Mas, sendo fundamental para o início do renascimento do informativo, agora como portal. Junto com o portal nasce o coletivo, formado por projetos do Morro da Providência. Em Janeiro de 2017 nasce o portal e o coletivo Entre o Céu e a Favela.