Mães da Favela On (projeto)

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

A Central Única das Favelas (CUFA) lançou, em setembro de 2020 em todo o Brasil, o programa “Mães da Favela ON”, iniciativa que distribuiu chips de telefonia para mães já cadastradas e atendidas pela organização, visando conectar 4,5 milhões de pessoas à internet. A proposta, que tem o intuito de promover a democratização digital nas comunidades, soma-se a uma série de medidas adotadas pela instituição, a fim de amenizar os impactos do avanço da pandemia da Covid-19. A ideia original foi conectar 4,5 milhões de moradores de comunidades de todo o país, através de parcerias com a TIM Brasil, Alô Social e Comunidade Door, entre outros. Para tanto, foram disponibilizados 20 pontos de Wi-Fi livre em 150 favelas de todo o Brasil, além da distribuição de 500 mil chips para mães da comunidade, alcançando cerca de cinco mil territórios brasileiros.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco 

Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais da Central Única de Favelas e sites de notícias (ver referências e Fontes).

Mãe tá on


Sobre[editar | editar código-fonte]

Inicialmente, o projeto foi lançado nos estados de São Paulo (favela de Heliópolis) e Rio de Janeiro (favela da Rocinha), em seguida, foi expandido para favelas nos 26 estados e no Distrito Federal. Na primeira fase, cada mãe contemplada, recebeu 1 chip da Tim e, durante 6 meses, teve direito ao uso do aplicativo WhatsApp, ligações para todo o Brasil e para qualquer operadora, 1 GB de Internet livre por mês, 24h de Internet controlada, ou seja, com acesso a conteúdos de educação, negócios e cultura, tendo a curadoria da UNESCO, facilitando, inclusive, o acesso ao ensino remoto, método utilizado pelas instituições de ensino.

De acordo com matéria da Agência Brasil EBC, o programa Mães da Favela ON "Trata-se de uma continuidade da iniciativa Mães da Favela, lançada em abril de 2020, após o início da pandemia de covid-19 no país. No Mães de Favela, é feita a distribuição de cestas básicas, físicas e digitais, nas mais de cinco mil favelas brasileiras onde a Cufa tem atuação. A seleção das mães é feita pelas lideranças regionais da instituição, de acordo com a priorização por necessidade".


Um dos fundadores da Cufa, Celso Athayde, comenta sobre o protagonismo da mulher na favela e a importância de existir projetos como o Mães da Favela ON.

“Muita vezes a gente levava o feijão e ela não tinha dinheiro para poder comprar o gás, para poder cozinhar esse feijão, então a gente entendeu que era muito importante também a gente levar para essas mães uma coisa chamada autonomia e isso realmente tem feito muita diferença”.

O projeto teve apelo especial em tempos de pandemia, já que a maioria dos serviços foi direcionada para o ambiente digital para promover o isolamento social. No entanto, o cenário também ressalta as desigualdades sociais, promovendo exclusão entre os que não têm condições de acesso à Internet.

Pesquisa do Instituto Data Favela mostra que 46% das crianças das comunidades que serão beneficiadas, e estão em idade escolar, não tem assistido as aulas durante a pandemia. Segundo o Instituto, 84% dos internautas de comunidades terminam o pacote de dados muito antes do programado.

Referências e fontes[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]