Marielle Franco: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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     Marielle Franco, mulher negra e cria da Maré, nasceu em 27 de Julho de 1979, no Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Filha de Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva Neto, ambos de origem nordestina, da Cidade de Alagoa Grande, na Paraíba. Irmã mais velha de Aniele Franco, companheira de Mônica Benício. Foi mãe aos 19 anos, de sua única filha Luyara Santos, mas em seguida contrariou as mesmas estatísticas, retomando os estudos. Cursou a primeira turma de pré-vestibular comunitário no Centro de Ações Solidárias da Maré (CEASM).
     === Marielle Franco, mulher negra e cria da Maré, nasceu em 27 de Julho de 1979, no Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Filha de Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva Neto, ambos de origem nordestina, da Cidade de Alagoa Grande, na Paraíba. Irmã mais velha de Aniele Franco, companheira de Mônica Benício. Foi mãe aos 19 anos, de sua única filha Luyara Santos, mas em seguida contrariou as mesmas estatísticas, retomando os estudos. Cursou a primeira turma de pré-vestibular comunitário no Centro de Ações Solidárias da Maré (CEASM).
     Em 2002, ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde cursou Ciências Sociais com uma bolsa integral obtida pelo Programa Universidade para Todos (Prouni).Tornou-se mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde defendeu a dissertação intitulada "UPP - A redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro".
     Em 2002, ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde cursou Ciências Sociais com uma bolsa integral obtida pelo Programa Universidade para Todos (Prouni).Tornou-se mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde defendeu a dissertação intitulada "UPP - A redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro".
     Em 2006, participou da campanha que elegeu Marcelo Freixo a deputado estadual do Rio de Janeiro. No ano seguinte, começou a atuar como assessora parlamentar, articulando sempre com movimentos populares. Um exemplo foi sua atuação durante o processo de aprovação da Lei 5543/2009, conhecida como Lei Funk é Cultura, que define o funk como movimento cultural e musical de caráter popular. Em seguida, se tornou coordenadora da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
     Em 2006, participou da campanha que elegeu Marcelo Freixo a deputado estadual do Rio de Janeiro. No ano seguinte, começou a atuar como assessora parlamentar, articulando sempre com movimentos populares. Um exemplo foi sua atuação durante o processo de aprovação da Lei 5543/2009, conhecida como Lei Funk é Cultura, que define o funk como movimento cultural e musical de caráter popular. Em seguida, se tornou coordenadora da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
     Dez anos depois, em 2016, candidatou-se à Vereadora do Rio de Janeiro. Foi eleita com
     Dez anos depois, em 2016, candidatou-se à Vereadora do Rio de Janeiro. Foi eleita com 46.502 votos, a quinta parlamentar mais votada. Desde a campanha eleitoral, o modo como compreendia a interseccionalidade entre as opressões de gênero, raça e classe ficaram evidentes, consolidando os eixos prioritários de seu mandato: gênero, negritude e favela.
46.502 votos, a quinta parlamentar mais votada. Desde a campanha eleitoral, o modo como compreendia a interseccionalidade entre as opressões de gênero, raça e classe ficaram evidentes, consolidando os eixos prioritários de seu mandato: gênero, negritude e favela.
     Na Câmara Municipal, em um ano e três meses de mandato, concretizou uma política feminista, em defesa da população negra, LGBT e de favelas, como é possível acompanhar em sua atuação e nos 16 projetos de lei apresentados. Presidiu a Comissão Permanente de Defesa da Mulher e integrou uma Comissão Especial de acompanhamento da intervenção federal no Rio de Janeiro.
     Na Câmara Municipal, em um ano e três meses de mandato, concretizou uma política
     Marielle Franco teve sua vida interrompida, mas sua trajetória de mulher negra, bissexual, em um relacionamento lésbico com o amor de sua vida, como ela mesma dizia, feminista e cria da favela, pautas que carregava em seu corpo e impressa na sua atuação política, continuará ecoando. ===<big><big>Texto grande</big></big>
feminista, em defesa da população negra, LGBT e de favelas, como é possível acompanhar em sua atuação e nos 16 projetos de lei apresentados. Presidiu a Comissão Permanente de Defesa da Mulher e integrou uma Comissão Especial de acompanhamento da intervenção federal no Rio de Janeiro.
     Marielle Franco teve sua vida interrompida, mas sua trajetória de mulher negra, bissexual, em um relacionamento lésbico com o amor de sua vida, como ela mesma dizia, feminista e cria da favela, pautas que carregava em seu corpo e impressa na sua atuação política, continuará ecoando.


Autora: Pâmella Passos e Iara Amora
Autora: Pâmella Passos e Iara Amora

Edição das 20h21min de 26 de outubro de 2018

   === Marielle Franco, mulher negra e cria da Maré, nasceu em 27 de Julho de 1979, no Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Filha de Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva Neto, ambos de origem nordestina, da Cidade de Alagoa Grande, na Paraíba. Irmã mais velha de Aniele Franco, companheira de Mônica Benício. Foi mãe aos 19 anos, de sua única filha Luyara Santos, mas em seguida contrariou as mesmas estatísticas, retomando os estudos. Cursou a primeira turma de pré-vestibular comunitário no Centro de Ações Solidárias da Maré (CEASM).
   Em 2002, ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde cursou Ciências Sociais com uma bolsa integral obtida pelo Programa Universidade para Todos (Prouni).Tornou-se mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde defendeu a dissertação intitulada "UPP - A redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro".
   Em 2006, participou da campanha que elegeu Marcelo Freixo a deputado estadual do Rio de Janeiro. No ano seguinte, começou a atuar como assessora parlamentar, articulando sempre com movimentos populares. Um exemplo foi sua atuação durante o processo de aprovação da Lei 5543/2009, conhecida como Lei Funk é Cultura, que define o funk como movimento cultural e musical de caráter popular. Em seguida, se tornou coordenadora da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
   Dez anos depois, em 2016, candidatou-se à Vereadora do Rio de Janeiro. Foi eleita com 46.502 votos, a quinta parlamentar mais votada. Desde a campanha eleitoral, o modo como compreendia a interseccionalidade entre as opressões de gênero, raça e classe ficaram evidentes, consolidando os eixos prioritários de seu mandato: gênero, negritude e favela.
   Na Câmara Municipal, em um ano e três meses de mandato, concretizou uma política feminista, em defesa da população negra, LGBT e de favelas, como é possível acompanhar em sua atuação e nos 16 projetos de lei apresentados. Presidiu a Comissão Permanente de Defesa da Mulher e integrou uma Comissão Especial de acompanhamento da intervenção federal no Rio de Janeiro.
   Marielle Franco teve sua vida interrompida, mas sua trajetória de mulher negra, bissexual, em um relacionamento lésbico com o amor de sua vida, como ela mesma dizia, feminista e cria da favela, pautas que carregava em seu corpo e impressa na sua atuação política, continuará ecoando. ===Texto grande

Autora: Pâmella Passos e Iara Amora