Memória Rocinha (projeto)

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Memória Rocinha é um projeto desenvolvido em parceria pelo Instituto Moreira Salles (IMS) e o Museu Sankofa Memória e História da Rocinha, com o objetivo de contribuir para a compreensão dos processos de transformação daquela paisagem social e urbana e do seu entorno ao longo de mais de um século de história. Desde 2014, profissionais das duas instituições compartilham informações e constroem conhecimentos numa espécie de laboratório de pesquisa-ação. Com o auxílio do acervo fotográfico do IMS, a equipe foi a campo para conectar Pontos de Vista entre passado e presente, produzindo novas fotografias e registrando em vídeo-relatos dos moradores e frequentadores.

Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais do projeto.
Memória Rocinha.

História[editar | editar código-fonte]

Iniciado em 2014, o projeto foi desenvolvido de forma participativa com o museu e começou a partir de uma pesquisa no acervo de 800 mil fotografias do IMS. A equipe encontrou mais de 100 imagens que registravam a Rocinha por quase um século, de 1860 a 1950, algumas delas de grandes nomes da fotografia brasileira, como Augusto Malta.

Após selecionar 23 imagens para o site, em sua maior parte vistas panorâmicas, a equipe do projeto foi a campo para produzir novas fotografias.

“O nosso objetivo foi recriar as fotos, a partir dos mesmos ângulos. Voltamos aos lugares, buscando fazer uma análise não só da transformação da paisagem da Rocinha e sua relação com a cidade do Rio de Janeiro, mas também unir fotografia e memória social. No entorno de cada foto, há pessoas que deram vida ao lugar, e aí fizemos entrevistas com os moradores, que resultaram em vídeos, disponibilizados no site”, contou Ana Luiza de Abreu, coordenadora adjunta do projeto Memória Rocinha.

A conexão entre o passado e o presente pode ser visualizada em imagens e informações sobre as origens da Rocinha, suas transformações, formas de ocupação e identidade comunitária.

“O projeto é multidisciplinar, une fotografia, geografia e história. Além das fotos e dos vídeos com os moradores contando suas memórias, nós consideramos que seria interessante uma cartografia social. Criamos uma camada de mapas, um georreferenciamento. Quem acessar pode visualizar a complexidade que é a Rocinha, o que não é captado pelo Google Street View e por outras ferramentas”, explicou a coordenadora.

A ideia é que o site seja interativo e colaborativo, com o acréscimo de novas imagens e informações, trabalho que será incentivado pelo Museu Sankofa, criado em 2007. “Além de moradores atuais, tem gente que já morou e não reside mais na Rocinha e que pode contribuir”, aposta Fernando Ermiro, coordenador do museu.

Fonte[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]