Milícia

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Falar da origem do termo milícia, e de como se torna um problema público; problematizar a dificuldade de se definir conceitualmente o termo, discutindo suas semelhanças e diferenças com outras formas urbanas de organizações paramilitares que envolvem diretamente agentes ligados ao estado; demonstrar a relação da milícia com os territórios populares, notadamente favelas e periferias, e de como ela se realiza por meio do domínio militar, econômico e político. Valorizar também a questão da disputa pelo controle simbólico, que passa pela tentativa de se legitimar junto às populações dominadas, não apenas a partir do uso explícito da força, mas também por se colocar como fiadora da segurança do local, em especial em face dos grupos de traficantes, e da constante exposição aos enfrentamentos com as polícias. Valorizar também como a milícia constrange a vida associativa, deslocando a pauta de luta por direitos que, apesar de tudo, ainda subsiste em favelas ocupadas por grupos de traficantes. Caracterizar algumas de suas configurações mais típicas, e de como é um fenômeno que vem sofrendo novas mutações, sobretudo quando se considera sua expansão para áreas suburbanas não faveladas.

Autor: Marcelo Burgos