Museu Sankofa Memória e História da Rocinha

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Revisão de 20h33min de 8 de agosto de 2022 por Gabriel (discussão | contribs)
Informações retiradas das redes do Museu.
Este grupo foi contemplado pela Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à COVID19 nas Favelas do Rio de Janeiro, promovido pela Fiocruz[1].
Logo do Museu.
Logo do Museu.

O Museu da Rocinha – Sankofa – Memória e História é um modelo de museu comunitário fundamentado na relação entre o espaço, o tempo e a memória, atuando diretamente entre os grupos sociais que ali vivem.

Sobre

O Museu da Rocinha é um museu itinerante que percorre os becos e ruas da favela, expondo um acervo composto por fotos, documentos, objetos e filmes sobre a história e o cotidiano da favela.

Essa metodologia, uma relação direta entre a prática museológica e a prática social, faz com que os moradores compartilhem suas memórias através de depoimentos ou doação de objetos ao museu, cujo acervo está em contínua construção.

A partir disto, o Sankofa visa o conhecimento do passado e cultura da Rocinha, sempre através do olhar de quem conhece a comunidade.

O trabalho está diretamente ligado a autoestima dos moradores, possibilitando a mudança de postura e fortalecimento de suas raízes culturais e afetivas.

História

A ideia de manter a memória e a história da Rocinha viva remota aos anos 70 com a criação de um grupo, formado inicialmente por sete moradores. Nos anos 90 há a tentativa de se criar o Núcleo de Memória e História. O Núcleo não foi adiante porem reascendeu a preocupação para o direito da Memória e História da comunidade.

O grupo pró-museu da Rocinha surgiu em 2008 após a realização do Fórum Cultural da Rocinha, em 2007, que contou com a participação de diversos representantes de instituições e atores locais.

Em 2011 o grupo pró-museu da Rocinha foi considerado pelo Programa Pontos de Memória/Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) como Ponto de Memória.

O significado de "Sankofa"

Autoria: Antônio Carlos Firmino.

O Museu Sankofa Memória e História da Rocinha parte deste principio assim com é o seu símbolo "SANKOFA" que tem como representação um pássaro mítico onde ele tem os pés para frente e cabeça para trás significando para construir o presente e futuro temos olhar o passado, assim o Museu Sankofa veem sendo construído hoje nossa ações são um percurso onde contamos as memórias e histórias locais contextualizando com a cidade do Rio de Janeiro.

Principais ações

  • Recolhimento de documentos e fotografias antigas da Rocinha;
  • Digitalização do material recebido pelos moradores;
  • Realização periódica de eventos como “Chás de Museu” e intervenções urbanas e artísticas sobre Educação e Saúde;
  • Estudos de organização do acervo.

Acervo

O acervo, em construção, possui objetos, fotos e filmes que retratam o cotidiano dos moradores da Rocinha e a história da ocupação da favela.

Latas d’água que remetem ao tempo em que era preciso percorrer quilômetros a pé para matar a sede, modelos de brinquedos que passaram de geração para geração, como pipas e carrinhos de rolimã, maquete do modelo de barraco de pau a pique, predominante nos anos 40.

Atualmente parte de seu acervo e equipamento fica em uma sala no prédio da Região Administrativa da Rocinha.  Outra parte do acervo, que reúne coleções de entrevistas/histórias de vida, fotografias, recortes de jornais, folhetos, desenhos, cartas e manuscritos, jornais comunitários, mapas, projetos de instituições públicas, relatórios técnicos, notas sobre as reuniões do movimento para a reorganização da FAFERJ - Federação das Associações de Favela do Rio de Janeiro e da Pastoral  pertence LABOEP-UFF.

Redes sociais

Ver também

Referências gerais

  1. https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-divulga-resultado-da-chamada-publica-para-apoio-acoes-emergenciais-de-enfrentamento#:~:text=A%20Fiocruz%20tem%20a%20satisfa%C3%A7%C3%A3o,a%20popula%C3%A7%C3%B5es%20em%20favelas%20fluminenses.