Nelson Triunfo - Pai do Hip-Hop: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Autoria: Curso Pré-vestibular do CEASM.


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Nelson Gonçalves Campos Filho, mais conhecido como Nelson Triunfo, é uma peça-chave da construção do movimento da cultura de rua, do breaking e do Hip-Hop nacional como um todo. Começou sua carreira em 1972, quando deixou o sertão de Pernambuco para ganhar o Brasil e o mundo com seu estilo único de dançar e seu enorme Black Power, que virou sua marca registrada.
Nelson Gonçalves Campos Filho, mais conhecido como Nelson Triunfo, é uma peça-chave da construção do movimento da cultura de rua, do breaking e do Hip-Hop nacional como um todo. Começou sua carreira em 1972, quando deixou o sertão de Pernambuco para ganhar o Brasil e o mundo com seu estilo único de dançar e seu enorme Black Power, que virou sua marca registrada.
== História ==
== História ==
Inspirado pelas referências dos Estados Unidos, no começo dos anos 1980, percebeu que era o momento de sua arte ocupar o espaço urbano. Esse momento foi essencial para tirar a dança de rua da clandestinidade e fazer com que fosse admirada pela sociedade. A partir daí, Nelson começa a organizar rodas de dança na região central de São Paulo. Tornou-se referência do breaking brasileiro, com um estilo de dança que renova as características dos anos 1970. As coreografias simulam movimentos mecânicos dos robôs, incluindo o deslize com os pés para trás – conhecido como moonwalk e popularizado por Michael Jackson, além de rodopios rápidos com o corpo no chão.<br><br>Em 1985, ainda com todos os medos e incertezas que ficaram desde a Ditadura Militar, foi quando Nelson começou a trabalhar os projetos sociais. Pioneiro na utilização do Hip-Hop como um instrumento de educação e inserção social, através de oficinas, palestras, debates e outras atividades com crianças e adolescentes, foi um dos responsáveis pelo surgimento da Casa do Hip-Hop de Diadema, em 1999, como fruto de suas iniciativas anteriores e nas quais está envolvido até hoje.<br>
Inspirado pelas referências dos Estados Unidos, no começo dos anos 1980, percebeu que era o momento de sua arte ocupar o espaço urbano. Esse momento foi essencial para tirar a dança de rua da clandestinidade e fazer com que fosse admirada pela sociedade. A partir daí, Nelson começa a organizar rodas de dança na região central de São Paulo. Tornou-se referência do breaking brasileiro, com um estilo de dança que renova as características dos anos 1970. As coreografias simulam movimentos mecânicos dos robôs, incluindo o deslize com os pés para trás – conhecido como moonwalk e popularizado por Michael Jackson, além de rodopios rápidos com o corpo no chão.<br><br>Em 1985, ainda com todos os medos e incertezas que ficaram desde a Ditadura Militar, foi quando Nelson começou a trabalhar os projetos sociais. Pioneiro na utilização do Hip-Hop como um instrumento de educação e inserção social, através de oficinas, palestras, debates e outras atividades com crianças e adolescentes, foi um dos responsáveis pelo surgimento da Casa do Hip-Hop de Diadema, em 1999, como fruto de suas iniciativas anteriores e nas quais está envolvido até hoje.<br>{{#evu:https://www.youtube.com/watch?v=oTxTunZFNTc}}


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<br>Em mais de 40 anos de trajetória, já dançou com Tim Maia, Tony Tornado, Sandra de Sá, foi condecorado por James Brown, fez peças de teatro, participações em filmes nacionais como “A Marvada Carne” (1984) e “Uma Onda no Ar” (2002), além da abertura da novela "Partido Alto" (1984). Toda essa história está contada em sua biografia, "Nelson Triunfo - Do Sertão ao Hip-Hop", e no documentário "Triunfo", ambos lançados em 2014.<br><br>Símbolo de resistência e questionamento de padrões e costumes, essa lenda carrega em sua trajetória de vida um importante exemplo dos fenômenos culturais, sociais e políticos que caracterizam a história da diáspora africana em solo brasileiro.
== Vídeo ==
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Edição das 11h01min de 2 de outubro de 2021

Autoria: Curso Pré-vestibular do CEASM.

Publicado originalmente pelo Curso Pré-vestibular do CEASM.

Nelson Triunfo

Sobre

Nelson Gonçalves Campos Filho, mais conhecido como Nelson Triunfo, é uma peça-chave da construção do movimento da cultura de rua, do breaking e do Hip-Hop nacional como um todo. Começou sua carreira em 1972, quando deixou o sertão de Pernambuco para ganhar o Brasil e o mundo com seu estilo único de dançar e seu enorme Black Power, que virou sua marca registrada.

História

Inspirado pelas referências dos Estados Unidos, no começo dos anos 1980, percebeu que era o momento de sua arte ocupar o espaço urbano. Esse momento foi essencial para tirar a dança de rua da clandestinidade e fazer com que fosse admirada pela sociedade. A partir daí, Nelson começa a organizar rodas de dança na região central de São Paulo. Tornou-se referência do breaking brasileiro, com um estilo de dança que renova as características dos anos 1970. As coreografias simulam movimentos mecânicos dos robôs, incluindo o deslize com os pés para trás – conhecido como moonwalk e popularizado por Michael Jackson, além de rodopios rápidos com o corpo no chão.

Em 1985, ainda com todos os medos e incertezas que ficaram desde a Ditadura Militar, foi quando Nelson começou a trabalhar os projetos sociais. Pioneiro na utilização do Hip-Hop como um instrumento de educação e inserção social, através de oficinas, palestras, debates e outras atividades com crianças e adolescentes, foi um dos responsáveis pelo surgimento da Casa do Hip-Hop de Diadema, em 1999, como fruto de suas iniciativas anteriores e nas quais está envolvido até hoje.


Em mais de 40 anos de trajetória, já dançou com Tim Maia, Tony Tornado, Sandra de Sá, foi condecorado por James Brown, fez peças de teatro, participações em filmes nacionais como “A Marvada Carne” (1984) e “Uma Onda no Ar” (2002), além da abertura da novela "Partido Alto" (1984). Toda essa história está contada em sua biografia, "Nelson Triunfo - Do Sertão ao Hip-Hop", e no documentário "Triunfo", ambos lançados em 2014.

Símbolo de resistência e questionamento de padrões e costumes, essa lenda carrega em sua trajetória de vida um importante exemplo dos fenômenos culturais, sociais e políticos que caracterizam a história da diáspora africana em solo brasileiro.

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