Padre Olinto: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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[http://nucleodememoria.vrac.puc-rio.br/noticia/2019/01/falecimento-prof-olinto-pegoraro-professor-departamento Morro do Borel]  
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Prof. Olinto Antônio Pegoraro (F. 2019) , responsável pela formação de gerações de filósofos na PUC-Rio, na UFRJ e na UERJ, onde atuava nos últimos anos, foi pároco na capela Nossa Senhora das Graças, que ajudou a construir no alto do Morro do Borel e da capela São Sebastião, na Chácara do Céu. Teve papel importante nas lutas dos/das moradores/moradoras do Morro do Borel e sempre foi atuante na defesa das causas da favela.  
Prof. Olinto Antônio Pegoraro (F. 2019) , responsável pela formação de gerações de filósofos na PUC-Rio, na UFRJ e na UERJ, onde atuava nos últimos anos, foi pároco na capela Nossa Senhora das Graças, que ajudou a construir no alto do Morro do Borel e da capela São Sebastião, na Chácara do Céu. Teve papel importante nas lutas dos/das moradores/moradoras do Morro do Borel e sempre foi atuante na defesa das causas da favela.  

Edição das 11h49min de 23 de janeiro de 2020

Morro do Borel  

OlintoAntonioPegoraro.jpg

Prof. Olinto Antônio Pegoraro (F. 2019) , responsável pela formação de gerações de filósofos na PUC-Rio, na UFRJ e na UERJ, onde atuava nos últimos anos, foi pároco na capela Nossa Senhora das Graças, que ajudou a construir no alto do Morro do Borel e da capela São Sebastião, na Chácara do Céu. Teve papel importante nas lutas dos/das moradores/moradoras do Morro do Borel e sempre foi atuante na defesa das causas da favela.  

Padre Olinto Pegoraro chegou ao Borel em 1975 com o intuito de atuar junto às massas e “colaborar” com sua conscientização política. A partir de então, manteve uma “convivência tática” com a associação de moradores. Para isso, subiu o morro e deu início à construção de uma capela dentro da favela. Ela serviria como ponto de apoio principal à sua atuação junto aos moradores.

Como padre, participou da organização do Borel e da Chácara do Céu. Teve importante papel em auxiliar a comunicação entre os moradores dos dois territórios. "Eu comecei aqui e, nessa época, o povo não se comunicava. Comecei em 1975, rezando missas embaixo da árvore [...]. A formação do povo é fundamental, a saúde. Nós sempre tivemos um postinho de saúde funcionando por aqui [...]. Temos muitas histórias. A do Cruzeiro, por exemplo. Quando montamos, o cimento estava fresco e caiu e ficou quebrado. Depois consertamos, mas deu uma ventania e caiu de novo. Depois, consertamos mais uma vez, e vieram os militares e cortaram [...].

Também é importante recordar a enchente de 1988. Aqui desabaram muitas casas e todo mundo ia se refugiar na Igreja, que era pequena [...]. Conseguimos então um dinheiro e fizemos 38 casinhas. Não eram casas boas, mas um quarto e um banheiro, para tirar a pessoa da chuva. E esse dinheiro foi a Fundação Marcelo Cândia que deu [...]. Foi importante mobilizar a comunidade [...]. Outro fato importante foi aquela estrada da travessa Piedade. Era de barro, era um atalho para subir do Borel para a Chácara do Céu. Fizemos nos fins de semana, aos sábados e domingos. Foi uma estrada redentora."

Por ocasião de um artigo publicado em jornal a favor do uso de métodos contraceptivos, é expulso da Igreja Católica. 

Morreu no dia 26/01/2019 o Prof. Olinto Antônio Pegoraro, responsável pela formação de gerações de filósofos na PUC-Rio, na UFRJ e na UERJ, onde atuava nos últimos anos. A PUC-Rio se une às manifestações de pesar de instituições e de colegas e reconhece a importância da contribuição do Prof. Olinto para a filosofia no Brasil, em especial na área de Ética.

Nota da Anpof - Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia:

Faleceu na tarde deste sábado (26/01) o Prof. Olinto Pegoraro (UERJ), que foi presidente da Anpof de 1988 a 1990. Lamentamos a perda do professor e manifestamos nossa solidariedade à família, aos amigos e aos que conviveram academicamente com ele.

Prof. Renato Janine Ribeiro (USP):

Minha tristeza pela morte do amigo Olinto Pegoraro, de quem fui secretário executivo quando ele era presidente da ANPOF. Um homem de coração aberto, que perdoava ofensas, que tinha um trabalho social importante se não me engano no morro do Borel, em suma, uma pessoa preciosa. É triste ver sua vida ceifada por um atropelamento. Meu coração está com ele e os muitos que ele ajudou nesta vida.

Leonardo Boff:

Ontem, 26, faleceu um grande amigo e colega na UERJ, o prof. Olinto Pegoraro. Dedicou grande parte de sua vida acompanhando o povo do Borel, unindo pensamento com compromisso com os desvalidos.