Ratão Diniz (fotógrafo): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Edição das 16h33min de 14 de julho de 2020

Autor: Ratão Diniz  

Todo material disponível no presente verbete foi retirado do site oficial do fotógrafo Ratão Diniz.  

Biografia

Ratão Diniz, fotógrafo formado pela Escola de Fotógrafos Populares e até o ano de 2014 foi integrante da agência Imagens do Povo, fundada pelo fotodocumentarista João Roberto Ripper. Vem documentando desde 2007 o projeto Revelando os Brasis, realizado pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e Petrobras. Em paralelo, desenvolve uma alentada documentação fotográfica sobre o cenário do graffiti; que lhe rendeu, inclusive, uma exposição no Centro Cultural Correios, durante o FotoRio 2009. Além destes projetos é fotógrafo oficial da Semana de Música Antiga da Universidade Federal de Minas Gerais, e vem documentando as favelas do Rio de Janeiro com o objetivo de mostrar essas áreas a partir da ótica do seu próprio morador, através olhar cúmplice, solidário e engajado. A documentação sobre a arte do graffiti no Brasil possibilitou em 2012 a realizar uma residência artística no projeto Rio Occupation London (Londres/UK), e neste mesmo ano participou da exposição “Ginga da Vida" na Sede da Aliança Francesa em Paris. Além destes projetos, já participou de inúmeras mostras fotográficas no Brasil, a mais recente Travessias 2 – Arte Contemporânea na Maré, uma exposição que reúne obras de artistas renomados do país, a mais recente Uga, Uga, Há Há Há - Da Lama ao Bloco, um recorte poético dos últimos 7 anos na história do tradicional Bloco da Lama de Paraty, e também expôs seu trabalho no exterior e tendo seu trabalho publicado em diversos livros e periódicos.

Sobre o trabalho

O fotógrafo possui um trabalho muito importante sobre temas como cultura nas favelas e periferias, com destaque aos ensaios sobre grafitti, manifestações culturais e religiosas das favelas e memória. Para acessar uma parte do seu trabalho, basta acessar o site, na de histórias que eu conto. Destacamos aqui a produção sobre Favela, que é abordada em um de seus ensaios. 

A Favela é Cidade  

Nasci na Nova Holanda, uma das comunidades que compõem o conjunto de favelas da Maré. A favela é um espaço cheio de contrastes: conflitos e amizades, gargalhadas e choros, alegrias e tristezas… Historicamente a grande mídia desconsidera as relações do querer-bem que nós, moradores, temos um com o outro, priorizando a difusão de uma visão estigmatizante de violência e carência sobre a favela e os favelados. No desejo de querer contar a minha versão das histórias vividas (por mim e meus companheiros favelados), entendi o quanto a fotografia é uma ferramenta poderosa. Então, desde 2004, fotografo os espaços populares a partir da ótica de um morador, oferecendo um contrapondo ao imaginário popular criado sobre as periferias, difundido pela mídia hegemônica. Ainda assim, este foi o caminho que sempre desejei: fazer com que a favela se veja – e se reconheça - em minhas fotografias, e que esses trabalhos possam retornar a ela a fim de contribuir na construção da nossa identidade como morador de favela, transmitindo a certeza de que somos parte integrante da cidade e fortalecendo o entendimento de uma cidade que olha pra favela como parte dela, ao invés de marginalizá-la. 

 

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Folia de Reis - Pertinentes do Santa Marta 

Na Zona Sul, a Folia Penitentes do Santa Marta é responsável por celebrar a fé junto aos devotos do morro Santa Marta há mais de 60 anos e que teve o grande mestre Zé Diniz à frente desse reisado a muitos anos, e hoje seu filho, José Henrique Silva – conhecido como Mestre Riquinho, assumi essa importantíssima função para manter viva essa tradição no morro. A Penitentes inicia sua jornada no dia 25 de dezembro se apresentando na própria comunidade Santa Marta e outras favelas cariocas como Rocinha, Cidade de Deus, Tavares Bastos, Chapéu Mangueira ...  que recebem com alegria e fé o grupo de mais de meio século de vida. </article> </section>