Rede de Instituições do Borel: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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"Indo na contracorrente daquela visão que afirmava a centralidade da polícia, a Rede acionava mais uma vez o discurso dos direitos, ressaltando que a “construção da paz” e a “integração das favelas” não se dariam pelo caminho que vinha sendo imposto pelos policiais. Ao mesmo tempo, afirmavam que, se havia de fato uma nova forma de presença do Estado nas favelas, as formas historicamente reconhecidas de fazer política nessas localidades também deveriam se modificar. Com esse discurso, se colocavam como um novo ator que queria ser levado em consideração no diálogo com as diferentes esferas do governo – “queremos conversar como gente grande”. Neste sentido, disputavam com as tradicionais associações de moradores o papel da mediação com o poder público."(ROCHA, Lia. et al.,2018, p. 223)
"Indo na contracorrente daquela visão que afirmava a centralidade da polícia, a Rede acionava mais uma vez o discurso dos direitos, ressaltando que a “construção da paz” e a “integração das favelas” não se dariam pelo caminho que vinha sendo imposto pelos policiais. Ao mesmo tempo, afirmavam que, se havia de fato uma nova forma de presença do Estado nas favelas, as formas historicamente reconhecidas de fazer política nessas localidades também deveriam se modificar. Com esse discurso, se colocavam como um novo ator que queria ser levado em consideração no diálogo com as diferentes esferas do governo – “queremos conversar como gente grande”. Neste sentido, disputavam com as tradicionais associações de moradores o papel da mediação com o poder público."(ROCHA, Lia. et al.,2018, p. 223)
A Rede conduziu os seus trabalhos até o ano de 2015, quando as mobilizações foram diminuindo e também os investimentos nas favelas ocupadas pela Polícia Militar. Durante todo o período de sua existência a Rede foi ator importante na elaboração de políticas públicas para o território do Borel, tendo participado ativamente da criação do Plano de Inclusão de Favelas, mobilizado pelo Fórum Nacional, que desenvolveu uma série de projetos que incluiam o Morro do Borel e outras favelas cariocas.


<br/> Organizações Participantes Ações Desenvolvidas Publicações&nbsp;
<br/> Organizações Participantes Ações Desenvolvidas Publicações&nbsp;

Edição das 13h05min de 17 de dezembro de 2019

Inicialmente chamada de Rede Social Borel,  o coletivo, fruto da união de diversas organizações sociais presentes no território do Borel, surgiu em 2010.   

Inicialmente, num contexto de relações entre pessoas que se conheciam e que desenvolviam alguma ação no território. Essa ligação social ao longo do tempo foi construindo uma identidade de grupo através da troca de ideias esporádicas sobre como  promover o Desenvolvimento Local. A comunicação, a cooperação mútua, a luta pela melhoria da qualidade de vida comunitária, a facilidade de diálogo entre o grupo, a forte representação institucional e a percepção coletiva de um cenário oportuno levou-se naturalmente a considerar uma formação mais organizada de atuação.

"Indo na contracorrente daquela visão que afirmava a centralidade da polícia, a Rede acionava mais uma vez o discurso dos direitos, ressaltando que a “construção da paz” e a “integração das favelas” não se dariam pelo caminho que vinha sendo imposto pelos policiais. Ao mesmo tempo, afirmavam que, se havia de fato uma nova forma de presença do Estado nas favelas, as formas historicamente reconhecidas de fazer política nessas localidades também deveriam se modificar. Com esse discurso, se colocavam como um novo ator que queria ser levado em consideração no diálogo com as diferentes esferas do governo – “queremos conversar como gente grande”. Neste sentido, disputavam com as tradicionais associações de moradores o papel da mediação com o poder público."(ROCHA, Lia. et al.,2018, p. 223)

A Rede conduziu os seus trabalhos até o ano de 2015, quando as mobilizações foram diminuindo e também os investimentos nas favelas ocupadas pela Polícia Militar. Durante todo o período de sua existência a Rede foi ator importante na elaboração de políticas públicas para o território do Borel, tendo participado ativamente da criação do Plano de Inclusão de Favelas, mobilizado pelo Fórum Nacional, que desenvolveu uma série de projetos que incluiam o Morro do Borel e outras favelas cariocas.


Organizações Participantes Ações Desenvolvidas Publicações 

Morro do Borel

Ocupa Borel

Referências

ROCHA, Lia et al. Crítica e Controle Social nas margens da cidade. in: Revista de @ntropologia da UFSCar, 10 (1), jan./jun. 2018, pp. 216-237.