Teia de Comunicação Popular do Brasil

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Revisão de 13h39min de 30 de abril de 2019 por Sheila Jacob (discussão | contribs)

A Teia de Comunicação Popular do Brasil, idealizada pelo Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), busca identificar fios que se entrelaçam, tecendo, juntando e compondo uma rede de solidariedade entre diferentes experiências de comunicação contra-hegemônica, espalhadas pelo Brasil. Foi lançada no Fórum Social Mundial 2018, em Salvador.

O objetivo é produzir e compartilhar as histórias das lutas e da vida das trabalhadoras e dos trabalhadores do país. O povo, organizado em seus territórios, ainda carece muito de comunicação. A potencialidade política da internet ainda não chegou a muitos processos de resistência. Abriu-se um novo campo de possibilidades, mas também cheio de complexidades e com a tendência de apenas reproduzir a estrutura de dominação do capitalismo presente nos meios de comunicação de massa. Isso em conjunto com um profundo avanço do grande capital, do ataque a conquistas históricas dos trabalhadores, da crescente violência contra periferias, camponeses, povos e comunidades tradicionais, contra os direitos humanos e nossa frágil democracia.

O desafio e a proposta é fortalecer a comunicação daqueles que lutam por direitos, terra, moradia, trabalho, cultura, arte, respeito, dignidade, pelo meio ambiente e pela vida.

A Teia, nesse sentido, é uma estratégia para fazer com que tudo isso chegue da forma mais organizada possível à opinião pública e a todas e todos que querem um mundo melhor, mais justo e mais igualitário. Ela pode ser acessada por meio da plataforma http://teiapopular.org/

Compõem a Teia de Comunicação Popular do Brasil: Agência Abraço Brasil; Agência Tambor (MA); CDD Vive (RJ); Jornal A Notícia Por Quem Vive (RJ); Centro Sabiá (PE); Furo (PA); Jornal Abaixo Assinado (RJ); Jornalismo B (RS); NPC (RJ); Outras Palavras; Rádio Classista (CE); Terra Sem Males (PR); Vias de Fato (MA); Voz das Comunidades (BA); Vozes das Comunidades (RJ).

Consideramos a existência dessas diversas iniciativas alternativas para disputa da narrativa junto à sociedade, como coletivos populares e sindicatos, e a nossa responsabilidade como ativistas da comunicação popular há quase 25 anos - com contatos em todo o país -, nos vimos diante de uma conjuntura política assustadora para o campo social e instigados a criar a Teia da Comunicação Popular do Brasil.

Por Luisa Santiago. 

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