Unidos da Ponte (escola de samba)

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Brasão G.R.E.S. Unidos da Ponte

Unidos da Ponte é uma escola de samba fundada em 3 de novembro de 1952 em São João do Meriti que participa dos desfiles de carnaval da cidade do Rio de Janeiro. Suas cores são azul, índigo e branco.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de informações extraídas da Wikipédia.

Introdução[editar | editar código-fonte]

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Ponte é uma escola de samba de São João de Meriti, que participa do carnaval carioca. Foi fundada em 3 de novembro de 1952 e suas cores são o azul marinho, índigo e branco. Durante sua história, já teve suas atividades tanto em São Mateus quanto no Centro da Cidade de São João de Meriti, bem como no bairro da Pavuna, na cidade do Rio de Janeiro. 

A agremiação já participou do Grupo Especial algumas vezes, mas disputou os grupos menores durante quase duas décadas, sem grande destaque. Originária de São Mateus, já realizou seus ensaios no Centro de São João e no bairro carioca da Pavuna. No dia 8 de novembro de 2014, reinaugurou sua quadra em São Mateus. Após vencer a Série B em 2018, a Ponte fez seu retorno aos desfiles na Marquês de Sapucaí no carnaval de 2019. 

 

História[editar | editar código-fonte]

A cada ano, a agremiação teve movimentações super importantes, sempre conectada com a população do seu território. Fundada em 1952 pelas famílias Macário e Oliveira, desfilou no município de São João de Meriti nos anos de 1954, 1955 e 1956, sagrando-se campeã desses desfiles. 

  • Em 1957, por iniciativa de sua presidente Carmelita Brasil, a primeira mulher a dirigir uma escola de samba, a escola registrou seus estatutos filiando-se à AESCRJ. A partir de 1959, passou a desfilar na cidade do Rio de Janeiro. De 1959 a 1964 os enredos e sambas-de-enredo foram de autoria de Carmelita Brasil.
  • No ano de 1979, Édson Tessier foi eleito presidente. Com a colaboração de antigos dirigentes e com ajuda de novos adeptos, imprimiu um ritmo dinâmico à agremiação. Transferiu a quadra do bairro de São Mateus para o centro do município e conseguiu levar a escola ao grupo principal em 1983, pela primeira vez. Em 1984, a escola foi rebaixada; e em 1985, com o título do Grupo 1-B, voltou ao grupo principal em 1986, posição em que se manteve até 1989.
  • Em 1992, ainda com Tessier como presidente, a escola foi vice-campeã do então Grupo 1, e voltou ao Grupo Especial no ano seguinte até 1996, totalizando assim 10 participações nesse grupo.
  • Em 1995, exaltando o estado do Paraná, a escola trouxe alas de índios e de imigrantes (portugueses, alemães, poloneses, italianos, ucranianos, holandeses, sírio-libaneses, suíços, ingleses, israelenses, africanos e japoneses) que imitando a gralha, fecundaram os campos do Estado, recobrindo-os com o verde das plantações de trigo, algodão, café e soja. A bateria vestida de tropeiros foi o destaque. Comandadas por Mestre Pelé, ex-Beija-Flor, os ritmistas ajudaram a escola a conquistar o estandarte de ouro de melhor bateria.
  • No Grupo A, amargou em 1999 o primeiro rebaixamento para o Grupo B, o que foi algo inusitado pois naquele ano a escola seria rebaixada duas vezes seguidas no mesmo ano: algumas semana antes do Carnaval a Ponte conseguiu uma liminar que a autorizava a desfilar no Grupo Especial, o que fez a AESCRJ promover a Cabuçu para ocupar o seu lugar.
  • Porém, poucos dias antes do desfile a liminar foi derrubada e a escola teve que ser a última desfilar no Grupo A. Com uma escola a mais do que o previsto, o desfile, inicialmente previsto para a noite, foi realizado sob o sol forte das 8 da manhã, o que prejudicou bastante e fez a escola acabar rebaixada de novo.
  • A Ponte ainda voltou ao Segundo Grupo no ano seguinte, mas em 2003, foi novamente rebaixada para o terceiro grupo. Em 2004, homenageou o centenário do tradicional America Football Club (clube favorito do presidente Tessier), no enredo "America cem anos de paixão"; já em 2005, a no mesmo grupo, a Unidos da Ponte reeditou seu enredo "E eles verão a Deus", de 1983, ano em que a escola desfilou pela primeira vez no desfile principal.
  • Em 2006, sob a presidência de Sidnei Carriuolo Antônio, a escola apostou em uma nova reedição, agora no seu enredo de 1992, "Da Cor do Pecado", que lhe rendera o acesso ao Especial de 1993. Mas, ao contrário do sucesso de 14 anos antes, a Unidos da Ponte enfrentou diversos problemas em seu desfile, com pouquíssimas alegorias e alas e seus componentes atrasados, amargando assim a última posição no Grupo B, sendo assim rebaixada para o Grupo C.
  • Depois dessa queda, Édson Tessier retornou ao comando da escola. Naquela época, estava sediada já no município do Rio de janeiro, no bairro da Pavuna. Édson Tessier levou a sede da escola novamente para bairro de origem. Em 2007, obteve a quarta colocação.
  • Em 2010, apresentou o enredo sobre a história do fotográfo Augusto Malta, terminando na 9º colocação.
  • No ano de 2011, a agremiação apostou no enredo Orixás do carnavalesco Ricardo Paulino, uma releitura do enredo de 1973. Nesse ano, não promoveu eliminatória de samba enredo, mas encomendou uma composição aos compositores Grillo, Peniche e Fernandão. Trouxe também novo casal de mestre-sala e porta-bandeira: Diego Oliveira e Stefany, terminando na 11ª colocação
  • Em 2012, a Ponte reeditou o enredo "Vida que te quero viva", de 1989, efetivando como intérprete, Anderson da Vila.
  • Em 2013, com novo retorno de Édson Tessier à presidência perdeu 2 pontos em obrigatoriedades. Ainda durante o Carnaval 2013, a escola perdeu sua quadra, no bairro de São Mateus. tendo que fazer ensaio no Social Clube Meriti, aonde também ensaia a Matriz de São João. Após o Carnaval, a Unidos da Ponte voltou a ter uma mulher como presidente, com a eleição de Dayse Martins. Uma vez eleita, a nova presidente anunciou a contratação do intérprete Lico Monteiro, que estava na Caprichosos. Meses depois, no entanto, Dayse foi substituída na presidência pelo compositor da Beija-Flor, Serginho Aguiar.
  • A apresentação da nova equipe, além do novo presidente e enredo foi no dia 23 de Setembro de 2013, no Centro Cultural Meritiense. Em 14 de Dezembro realizou a sua escolha de samba-enredo, com a apresentação da rainha e princesa da bateria. Há poucas semanas do desfile, Lico Monteiro se desligou da função de intérprete principal, alegando atraso no salário.
  • O ano de 2015 marcou a volta da escola à sua quadra tradicional, no bairro de São Mateus. O presidente Serginho acabou sendo retirado do cargo antes do fim do mandato, e Gustavo Barros assumiu a presidência da escola, tendo Tião Pinheiro como vice. Já com o preparo carnaval da escola em andamento, a nova diretoria promoveu diversas mudanças nos segmentos. Em janeiro, duas semanas antes do Carnaval, a carnavalesca Fernanda Raisa se desligou da escola, alegando ter sido assediada sexualmente e posteriormente ameaçada pelo presidente de honra. Com o enredo "Africanidades: Do continente negro à pequena África... Nossa identidade cultural" a escola obteve o 9° lugar. Para o carnaval de 2017, a escola renovou com seu intérprete Lico Monteiro e com seu carnavalesco André Wonder, que irá desenvolver o enredo "Roberto Ribeiro, O Menino Rei" que homenageará o cantor e compositor no vigésimo aniversário de morte.
  • Em 2018, com o enredo “Romance de Xangô: A dança do fogo” de autoria do carnavalesco Lucas Milato, de apenas 21 anos, a escola sagrou-se campeã da Série B, garantindo assim seu retorno a Série A e a Marquês de Sapucaí depois de um jejum que durou 12 anos.
  • Para o carnaval de 2019, que marcou seu retorno a Sapucaí, a Unidos da Ponte optou por reeditar o enredo "Oferendas", apresentado originalmente pela escola em 1984. O desenvolvimento ficou a cargo da dupla de jovens carnavalescos Guilherme Diniz e Rodrigo Marques. Com uma aguerrida apresentação, apesar de sofrer com o forte temporal que castigou a cidade do Rio de Janeiro na sexta-feira de carnaval, a Ponte conseguiu a permanência na Série A obtendo o 10° lugar.
  • Visando o carnaval de 2020, a Ponte contrata o carnavalesco Lucas Milato, que retorna após ter assinado o desfile que deu a escola o título da Série B em 2018. O enredo será "Elos da Eternidade" que vai abordar sobre a relação da humanidade com a eternidade.

Desfile da Unidos da Ponte no Carnaval de 2023[editar | editar código-fonte]

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