Vilas Olímpicas

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir de redes de comunicação oficiais da prefeitura do Rio de Janeiro. 

Sobre[editar | editar código-fonte]

Há mais de 30 anos, o projeto Vilas Olímpicas é referência de iniciativa socioesportiva, que utiliza o esporte com a finalidade de ajudar a comunidade ao qual está localizada. 

Em meio a problemas sociais no Município do Rio de Janeiro os equipamentos esportivos foram instalados em locais que apresentavam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e baixo Índice de Desenvolvimento Social (IDS). 

Com o objetivo de diminuir a evasão escolar e gerar inclusão de portadores de deficiência, tornou-se de responsabilidade das Vilas Olímpicas fomentar o esporte e promover o lazer ativo para a população carioca, que tem acesso a diversas atividades e modalidades esportivas gratuitas. 

E a Subsecretaria de Esportes e Lazer do Rio (Subel) fica muito feliz em manter funcionando este projeto grandioso.

As Vilas funcionam de segunda à sexta-feira com atividades sistemáticas, de 8 às 17h. E sábados e domingos como área de lazer (atividades assistemáticas). 

Como acessar o serviço: 

  • Comparecer ao equipamento no qual tenha interesse em participar das atividades munido de:
    • Comprovante de residência;
    • Telefone;
    • Declaração escolar, caso estude;
    • RG;
    • Exame médico

Vilas Olímpicas e Inclusão Social[editar | editar código-fonte]

Inclusão social através do esporte: este é o objetivo das Vilas Olímpicas da Prefeitura do Rio. Aulas de várias modalidades esportivas e atividades de lazer são oferecidas a cerca de 75 mil pessoas em nove unidades, todas localizadas em áreas da cidade com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Para atingir plenamente seu objetivo, o programa atua também contra o preconceito da idade e da deficiência física. Os espaços das Vilas Olímpicas integram pessoas de diferentes idades e condições. Sob a coordenação de equipes de profissionais multidisciplinares, alunos de todas as idades praticam atletismo, natação, basquete, vôlei, futebol, lutas, balé e dança. Para a terceira idade, há atividades como caminhada, ginástica, alongamento, dança de salão, natação e hidroginástica.

Presente em todas as Vilas Olímpicas, o Projeto Atividades Físicas Adaptadas atende a alunos com algum tipo de deficiência, que têm acompanhamento de professores especializados e desenvolvem atividades socioculturais. Na Vila Olímpica da Maré, por exemplo, 126 pessoas com deficiências de graus leve a grave convivem com não deficientes e praticam atletismo, recreação, natação, psicomotricidade, ginástica e hidroginástica.

A professora Patrícia Cortes, que conduz o trabalho, explica: “O nosso lema é não recusar alunos. O objetivo é restabelecer a qualidade de vida das pessoas da terceira idade e com deficiência, promovendo bem-estar e qualidade de vida na realização do que a gente chama de atividades da vida diária (AVD), sempre dentro do limite de cada um”.

Um exemplo de convivência sem as barreiras do preconceito é Maria Alice Pereira, a Tia Maria, como é carinhosamente chamada por todos. Freqüentadora da Vila da Maré, ela, que acabou de completar 103 anos, se locomove em cadeira de rodas e participa da turma de pessoas idosas e com deficiência. “Procurei a Vila para me livrar de dores nas pernas e coluna, mas achei uma distração. Vendo os jovens cheios de disposição, tenho vontade de viver mais e mais”, disse ela.

Lídia Sayure, de 14 anos, treina caratê na Vila da Maré. Faixa-marrom na categoria infanto-juvenil, ela começou a lutar aos quatro anos e coleciona títulos: tetracampeã estadual e bicampeã brasileira. No fim de semana passado, disputou o Pan-Americano Infanto-Juvenil, em Santiago do Chile.

Lídia admitiu que sente-se nervosa quando tem a responsabilidade de representar o Brasil. “Mas entro no tatame com garra e determinação para ganhar”, disse. Para Valdinar de Sousa, técnico da jovem, “é um orgulho treinar uma atleta desse nível”.

Valdinar é professor das Vilas Olímpicas desde 2006. “É um trabalho social importantíssimo, principalmente por ser desenvolvido em áreas carentes, tendo como objetivo tirar as crianças da rua e dos perigos do tráfico e da violência, através do lazer e do esporte”, ressaltou.

Durante os fins de semana e feriados, as vilas se tornam uma opção de lazer para os moradores. Nesses dias são atendidas mais de 26 mil pessoas. Para se inscrever, os interessados devem ir à administração da Vila Olímpica e apresentar documento de identidade ou certidão de nascimento.

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Endereço das Vilas Olímpicas[editar | editar código-fonte]

Centro Esportivo Miécimo da Silva
Rua Olinda Ellis, 470 – Campo Grande

Vila Olímpica da Maré
Rua Tancredo Neves, s/nº – Maré

Vila Olímpica Mestre André
Esquina da Rua Marechal Falcão, s/nº - Padre Miguel

Vila Olímpica Clara Nunes
Rua Pedro Jório, s/nº - Fazenda Botafogo – Acari

Vila Olímpica Ary Carvalho
Rua Paulino do Sacramento, s/nº - Vila Kennedy

Vila Olímpica Carlos Castilho
Estrada do Itararé, 460 – Complexo do Alemão – Ramos

Vila Olímpica Oscar Schmidt
Rua do Matadouro, s/nº - Santa Cruz

Vila Olímpica da Gamboa
Rua União, s/nº – Gamboa

Fontes[editar | editar código-fonte]

  1. Prefeitura do Rio - Vilas Olímpicas
  2. Prefeitura do Rio - Vilas Olímpicas: um exemplo de inclusão social