A visão fora da realidade do crescimento preto em nossa sociedade periférica.
Tenho observado um termo muito utilizado nas redes sociais "PRETOS E PRETAS NO TOPO". Esta frase mesmo que queira trazer um significado de suma importância, trás muitas camadas para nossa reflexão e uma delas é o nosso enxergar subjetivo que cada indivíduo preto, vivência em sociedade. Trazendo como enfoque o morador de favela. Além de sermos atravessados pela violência rotineira da segurança pública do nosso Estado. Nos deparamos com a estrutura social que permeia de variáveis formas. A reflexão que trago aqui , não é como a sociedade nos enxerga, mas sim como nós nós enxergamos em sociedade. E este olhar como dito acima varia em cada indivíduo preto, que experiencia situações de violência familiar, ao qual posso citar, não só os maus tratos, e a violência física, mas também violência psicológica, violência verbal, estupros, dentre outros. O uso e abuso de álcool e outras drogas. A precariedade na moradia, falta de saneamento básico. O desemprego. A falta de alimentação de qualidade. A baixa escolaridade, além do não fornecimento do ensino de qualidade em algumas instituições públicas, quando não há a evasão destes adolescentes e jovens. São diversas camadas que muitas destas pessoas vivenciam , e que algumas minorias destas, não tem ideia de sua existência. Mesmo sendo morador de favela. A partir daí, é que podemos entender como alguns jovens, reproduzem o discurso, através do senão comum de "pretos no topo", "trabalhando tudo, você consegue chegar...", "vive desta forma porque quer, não se esforça...". Estes são alguns, que muito de nós, já ouvimos bastante. A partir deste contexto é que precisamos entender que a mudança vem de dentro pra fora, do micro ao macro. Como queremos que o mundo lá fora, nos reconheça, se a nossa gente, o nosso povo, não tem este olhar. É por isso que precisamos criar estratégias, para que a nossa comunidade possa ter um olhar mais generalista, empático e social. E que sim , quando chegarem ao topo, posso mostrar o porquê muito de nós ainda vivemos e ainda viverão na base ou melhor a margem de nossa sociedade. SILVA. Grace Kelly Lima da,