Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE)

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

A Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE) é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em maio de 2008.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir de informações retiradas das redes de comunicação oficiais do movimento.
Logo da Amotrans-PE.

Sobre[editar | editar código-fonte]

No ano de 2008 quando o Estado de Pernambuco ocupava o 5º lugar no Brasil em caso de assassinatos dessa população sob total descaso das autoridades públicas e contava com o silêncio cúmplice da imensa maioria dos pernambucanos, foi criada a organização não governamental Articulação e Movimento de Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans). Fundada por um grupo de 15 (quinze) LBT, sua estratégia era fortalecer as lideranças desse campo a fim de enfrentar a LBTfobia em Pernambuco.

O movimento[editar | editar código-fonte]

O objetivo geral da Amontrans é contribuir para a erradicação da discriminação contra transexuais e contra travestis por meio da promoção de ações no campo do reconhecimento dos Direitos Humanos, aplicando como estratégias a visibilidade desses sujeitos políticos e a denúncia de atos discriminatórios e negligentes cometidos por agentes públicos e privados.

Para tanto, contamos com o apoio da Associação Nacional de Travesti e Transexuais (Rede Antra) que fomentava a criação de instituições de defesa de pessoas trans na Região Nordeste do Brasil por meio do projeto TULIPA. Filiada à Rede Antra, a entidade atualmente tem atuação em todo estado de Pernambuco com foco na população de mulheres transexuais e de travestis.

A organização desfruta de legitimidade em diversos espaços afins ao segmento LGBT, entre eles: o Fórum de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis de Pernambuco (Fórum LGBT); a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA); Associação Brasileira de Estudo da Homocultura (ABEH); Fórum Nacional de Mulheres Negras Trans (Fonatrans); Articulação Brasileira de gays Lésbicas Travesti e Transexuais (ABGLT); Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) e Candaces; Conselho Estadual de Política LGBT; o Conselho Municipal de Saúde de Recife e; o Conselho Estadual de Saúde de Pernambuco.[1]

Propósitos[editar | editar código-fonte]

  • MISSÃO: Fortalecer as lideranças a fim de enfrentar a LBTfobia em Pernambuco.
  • VISÃO: Contribuir para a erradicação da discriminação contra transexuais e contra travestis.
  • VALORES: Sororidade, empatia, ética, respeito, cooperação, generosidade intelectual e do saber popular.

Iniciativas[editar | editar código-fonte]

Seminários e debates[editar | editar código-fonte]

O Amotrans-PE promove diversos encontros e debates sobre os direitos das pessoas trans e travestis. Ao longo do ano de 2015 o movimento construiu coletivamente o Estatuto de Pessoas Trans (documento baseado no Estatuto da Diversidade idealizado pela OAB nacional, com ações de combate à violência e que visam garantir a cidadania e os direitos humanos das mulheres travestis e transexuais especificamente). A partir disso, promoveram a II Jornada Pernambucana de Pessoas Trans com seminários e debates, dialogando com gestores de direitos humanos, assistentes sociais e outros profissionais de municípios da região metropolitana de Recife.[2]

Núcleo de Convivência Para Idosas Trans[editar | editar código-fonte]

Em 2022, foi inaugurado o Núcleo de Convivência para Pessoas Idosas Trans, fruto da parceria com a Gerência da Pessoa Idosa do Recife, iniciativa do Fundo municipal do Idoso:

Fotos[editar | editar código-fonte]

Núcleo da Terceira Idade.
Chapa eleita em 2020.
Inauguração do monumento das trans no Parque 13 Maio entregue pela prefeitura do Recife.

Redes sociais[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]