Chacina do Senador Camará - 3 de abril de 2008
Chacina do Senador Camará é uma operação ocorrida em 3 de abril de 2008 nas favelas da Coreia e Vila Aliança promovida pela Polícia Civil e que vitimou 10 pessoas. De acordo com o chefe da polícia civil, operação foi feita para coibir tráfico de drogas. Segundo Hospital Albert Schweitzer, para onde as vítimas foram levadas, seriam 11 vítimas.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Este trabalho é uma pareceria entre os grupos GENI/UFF, Radar Saúde Favela e CASA (IESP/UERJ) juntamente com o Dicionário de Favelas Marielle Franco.
Sobre[editar | editar código-fonte]
Em entrevista coletiva, a Polícia Civil confirmou que dez pessoas morreram durante uma operação nesta quinta feira (3), nas favelas Vila Aliança e Coréia, na Zona Oeste do Rio. Segundo a polícia, todos os mortos seriam criminosos. Sete pessoas foram detidas, seis ficaram presas e uma foi liberada. Grande quantidade de drogas, armas e munição foi apreendida.
A ação foi realizada pelas delegacias de Combate às Drogas (DCOD), de Repressão a Armas e Explosivos (DRAE) e de Homicídios da Baixada Fluminense (DH-Baixada), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Segundo o Hospital Albert Schweitzer, para onde as vítimas foram levadas, seria 11 o número de mortos.
Tráfico de drogas[editar | editar código-fonte]
O chefe da polícia civil, Gilberto Ribeiro, afirmou a operação foi feita para coibir o tráfico de drogas no local. Um outro objetivo da ação, segundo a policia, era encontrar Márcio da Silva Lima, conhecido como Tola, um dos principais integrantes do tráfico de drogas na região.
“Foi uma operação planejada. É da característica daqueles criminosos reagir e nós temos o dever de combater. Vamos cumprir nossa função”, disse o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.
O delegado da Core, Rodrigo Oliveira, contou que a ação começou na favela Vila Aliança e depois os policiais se deslocaram para favela da Coréia.
O traficante Tola conseguiu fugir. "Quando aparecemos na Avenida Brasil, todos sabem que estamos indo para essas favelas, da tempo para eles fugirem," disse Oliveira. De acordo com o delegado dois helicópteros foram usados na ação que contou com cerca de 150 homens.
Em uma localidade da favela foi encontrada uma caixa de morteiros, usados para avisar a chegada da polícia. Foram apreendidos também três fuzis, um deles de uso do Exército, cinco pistolas, três revólveres, oito rádio transmissores, uma granada, três metralhadoras, grande quantidade de maconha e cocaína e oito galões de cheirinho da loló.
A última operação realizada pela polícia no local deixou doze pessoas mortas. Entre os mortos estava uma criança de 4 anos. Pelo menos 300 policiais participam da ação.