Colabora - Contra o apagão de informações

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Contra apagão de informações, favelas produzem seus próprios dados. Comunidades faveladas do Rio de Janeiro se organizam para produzir informações e garantir mais qualidade na implementação de políticas públicas.

Autoria: Jaqueline Suarez
Morador com a carta de saneamento da Maré. Foto Patrick Marinho/Data Labe

Produção de dados nas favelas, contra o apagão de informações.[editar | editar código-fonte]

Comunidades faveladas do Rio se organizam para produzir informações e garantir mais qualidade na implementação de políticas públicas.

Na última década, o número de unidades de ensino na Maré, Zona Norte do Rio, mais do que dobrou. Atualmente, são 46 instituições, da pré-escola ao ensino médio, distribuídas nas 16 comunidades que compõem o conjunto de favelas, onde vivem cerca de 140 mil pessoas.

A ampliação da oferta de vagas é fruto de uma luta antiga de moradores e organizações locais, que ganhou força com a apresentação de dados precisos sobre o cenário educacional na Maré.

“Quando a gente foi falar com o poder público, levamos dados consolidados. É diferente de você dizer que precisa de escola. Precisa de quantas escolas? Escolas de qual segmento? Em qual lugar?”, explica Everton Pereira, atualmente coordenador do eixo Direito à Saúde da Redes da Maré.

Motivo pelo qual os moradores decidiram criar o seu próprio censo.

Censo Populacional da Maré[editar | editar código-fonte]

Everton (no centro da foto) foi coordenador da equipe de campo do Censo Maré. Foto/Redes da Maré

Os dados detalhados sobre o acesso à educação foram levantados pelo Censo Populacional da Maré, que bateu à porta das 48 mil casas do conjunto de favelas. A pesquisa mostrou que havia muitas crianças e adolescentes fora da escola, uma situação que não era visível nas “estatísticas oficiais”.

A produção dos dados foi fundamental para identificar o problema e direcionar a busca por soluções. Além de reivindicar junto ao poder público a construção de novas unidades de ensino, a Redes da Maré também conseguiu articular com parceiros outras ações, como o projeto “Nenhum a Menos”, uma iniciativa de busca ativa que visa combater a evasão escolar.

Morador do Parque União, Everton passou pelo pré-vestibular comunitário da Redes da Maré, ingressou no curso de Geografia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e retornou para trabalhar no censo que, em 2011, começava a ser desenhado. O pontapé inicial foi um mapeamento de todas as ruas e becos da Maré, registrando os endereços em um banco de dados. Com a cartografia atualizada, foi possível realizar os estudos mais complexos, como o Censo de Empreendimentos, que identificou pouco mais de 3 mil comércios no território, e o Censo Populacional da Maré, que trouxe informações sobre o perfil dos moradores, empregabilidade, acesso a serviços públicos, como saúde, educação, água e saneamento, entre outros.

O Censo Maré é uma referência para as organizações que atuam com produção de dados. Diferente das pesquisas por amostragem, que escutam uma fração representativa da população para refletir todo o conjunto, a premissa de um levantamento censitário é coletar informações de todas as famílias, como ocorre no Censo do IBGE, que está em curso no país atualmente, por exemplo. O desenvolvimento do Censo Maré levou sete anos, considerando o período de início da coleta das informações até o lançamento do relatório final, em 2019. Um projeto dessa magnitude, realizado com recursos limitados, enfrentou desafios. A equipe de recenseadores era formada apenas por moradores da Maré, que passavam por uma formação antes de ir a campo. Sem equipamento eletrônico, foi necessário utilizar formulários de papel, o que demandou etapas adicionais de conferência e digitalização das informações. A rotatividade dos recenseadores foi outro desafio.

“A gente não tinha grana para remunerar bem o pessoal, então era difícil manter a equipe de campo”, lembra Everton.

O Censo não foi o primeiro trabalho de geração de dados realizado pela Redes da Maré. A produção de conhecimento é um dos quatro pilares que norteiam o trabalho da organização, que nasceu a partir da mobilização de moradores na década de 1980.

“Todos os projetos vão produzir dados. Tem que articular com território, com parceiros, produzir dados para incidir politicamente”, destaca Everton.

São dezenas de publicações que investigam e levantam informações do território sobre temas variados do cotidiano das favelas e de seus moradores. Everton enumera:

“Vamos lançar um boletim sobre as violências armadas.

No eixo Saúde, tem três pesquisas em andamento sobre a vacina da Covid-19 na Maré. Também vamos começar uma pesquisa sobre a qualidade do ar, estamos levantando dados sobre a poluição atmosférica e os níveis de ruído”. Dados são fundamentais para dimensionar a oferta de serviços e estão na base de políticas públicas. Antes de sofrerem com a ausência ou ineficiência das instituições públicas, as periferias sofrem com um apagão de informações. Dados desatualizados ou informações que não condizem com a realidade. Números e estatísticas produzidos de fora para dentro, de cima para baixo, também servem para reforçar estereótipos e perpetuar desigualdades. “Se não tem dado, o problema não existe”, resume Kayo Moura, que integra a equipe de pesquisa do LabJaca, um laboratório de pesquisa, formação e produção de dados e narrativas, localizado no Jacarezinho, Zona Norte do Rio.

LabJaca - O nascimento do Laboratório de Pesquisa[editar | editar código-fonte]

Jaca contra o Corona. Foto Bruno Sousa-LabJaca

O LabJaca nasceu em 2020, no contexto de escalada da pandemia de Covid-19 e de seus impactos sociais e econômicos nas favelas. Naquele momento, muitas organizações se movimentavam para garantir a circulação de informações sobre a doença e, principalmente, a doação de alimentos para famílias que perderam sua renda. Assim, nasceu a campanha “Jaca Contra o Corona”, que atendeu cerca de três mil famílias.

“Era uma campanha de distribuição de cesta básica e aí rolou a ideia de rodar um questionário para ver quem eram as pessoas que estavam recebendo as cestas”, conta Kayo.

O LabJaca foi fundado por cinco jovens negros moradores do Jacarezinho. Aos pouquinhos a equipe foi crescendo até chegar na atual formação com onze pessoas. Kayo passou a integrar a equipe há um ano, como reforço ao núcleo responsável pela elaboração das pesquisas. Ele é formado em Relações Internacionais, tem mestrado em Ciência Política e, atualmente, cursa uma segunda graduação em Estatística. A formação da equipe, sobretudo do núcleo de pesquisa, é bastante robusta, mas o diferencial do LabJaca, na visão de Kayo, é o DNA da favela de ponta a ponta da geração de dados. “Se você só tem favela como um objeto, você estuda, sai de lá e conversa com os seus pares sobre os resultados. Agora se a favela é sua família, se são seus semelhantes, você quer falar com eles, seus pares, sobre os resultados”.

Além da produção dos dados, a proposta do LabJaca também envolve a comunicação das pesquisas. Comunicar de um jeito criativo e acessível são premissas que orientam o trabalho nas mídias sociais e, também, no Jacarezinho. Para fazer os resultados chegarem ao morador, a equipe pensa estratégias de divulgação que ocupem o espaço físico, com banners, grafites e lambe-lambes nos postes da favela.

Nem sempre os dados que dão origem aos estudos são inéditos. Por vezes, dados já produzidos rendem análises profundas sobre questões vitais para a favela e seus moradores. Um exemplo disso é a pesquisa “Custo das Operações Policiais”, que comparou os recursos públicos gastos com armamento bélico e com políticas sociais. O valor de um fuzil, por exemplo, seria suficiente para garantir alimentação e material escolar para um aluno da rede pública durante um ano. O estudo foi publicado em junho de 2021, um mês após a chacina do Jacarezinho, que deixou 28 pessoas mortas.

Quando a gente começou em 2018, com esse número de WhatsApp que as pessoas mandavam as queixas de saneamento básico, vimos que só um número não adianta. A gente tem que ter toda uma mobilização e tem que ser algo constante

No começo deste ano, o laboratório lançou uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar uma nova pesquisa, que pretende investigar como a vida da população do Jacarezinho foi impactada pela pandemia. “A gente vai fazer uma amostra probabilística, estatisticamente representativa da população do Jacarezinho. Com isso, vamos poder projetar os dados para a população do Jacarezinho como um todo. Em termos metodológicos é a pesquisa quantitativa mais robusta, é a primeira que vamos poder fazer inferência”, detalha Kayo, que complementa: “a gente vai bater na casa das pessoas como o censo faz, mas como é uma amostra, a gente não vai fazer em todas as casas. Serão só em algumas”.

A etapa de campo dessa pesquisa ainda não começou. Além dos próprios integrantes do laboratório, a equipe que irá coletar as informações ganhará um reforço de moradores do Jacarezinho, que serão contratados para atuar como recenseadores. Ter moradores atuando na construção da pesquisa alarga a frente de impacto desse trabalho no território. Existe um ganho de renda, de formação e de experiência profissional. Há, ainda, um impacto indireto na autoestima das pessoas e da favela. Como Kayo enfatiza, “traz a narrativa do favelado como protagonista na produção de conhecimento”. Essa visão também é compartilhada pela Redes da Maré e pelo Data Labe.

Data Labe[editar | editar código-fonte]


Fundado em 2016, o Data Labe é outra instituição sediada na Maré, que une geração de dados e jornalismo. É também formada por um grupo bem jovem e, majoritariamente, negro. A mobilização comunitária é o elemento que dá vida ao principal projeto de dados do Data Labe, o Cocôzap. “Quando a gente começou em 2018, com esse número de WhatsApp que as pessoas mandavam as queixas de saneamento básico, vimos que só um número não adianta. A gente tem que ter toda uma mobilização e tem que ser algo constante”, avalia Vinicius Lopes, morador do Conjunto Esperança, que participa do projeto há quase dois anos. O Cocôzap realiza um mapeamento das condições de abastecimento de água, saneamento básico e coleta de resíduos nas 16 favelas da Maré. Os braços dessa equipe ganham distância por meio da atuação dos moradores, que enviam denúncias para o número de WhatsApp do projeto.

Por três anos, o Cocôzap contou apenas com a mobilização espontânea. No ano passado, o projeto entrou numa nova fase, com o programa de embaixadores. São quatro pessoas que recebem uma bolsa auxílio e residem em diferentes localidades da Maré. Os embaixadores caminham pelo território para mapear e acompanhar os problemas monitorados pelo Cocôzap.  

O programa trouxe grandes resultados, como destaca Vinicius:

“foi a primeira vez que a gente conseguiu cobrir a Maré inteira. Passamos em cada rua e conseguimos, de fato, mapear”.

Entre maio e setembro de 2021, período de atuação dos embaixadores, foram registradas 229 queixas. Mais da metade (122) sobre problemas de esgoto.

Desde a década de 1970, moradores e instituições da Maré pautam a luta pelo saneamento básico. O Cocôzap, como a própria equipe destaca, é mais um capítulo dessa mobilização. Saneamento básico é um direito que todo cidadão deveria acessar. Na prática, especialmente para quem vive em periferias, a violação desse direito é cotidiana. Os dados oficiais nem sempre contam essa história. Ausência de informações, dados desatualizados e cenários que não existem para além dos documentos. Segundo o último Censo do IBGE, de 2010, a maior parte do Conjunto de Favelas da Maré não tem esgoto a céu aberto, problema responsável pelo maior número de denúncias recebidas pelo Cocôzap no ano passado. Na Avenida Canal, por exemplo, a presença de esgoto em valas é pequena e com pouca frequência, segundo o Censo do IBGE. No entanto, não é preciso conhecer o local pessoalmente para saber que a realidade é outra. “É só abrir o Google Maps, aparece o valão ali pra quem quiser ver”, observa Vinicius.

São os dados oficiais que, costumeiramente, fornecem insumos para as políticas públicas. A necessidade de incidir politicamente, questionando e contrapondo as informações e discussões sobre saneamento, na visão de Victoria Oliveira, é o que dá sentido ao trabalho do Cocôzap. Ela e Vinicius se dividem na coordenação do projeto. Victoria conta que em setembro, eles participaram de uma audiência pública de revisão do plano municipal de saneamento básico do Rio. “Eles apresentaram dados que não coincidiam com a realidade. Eram uns dados super desatualizados da década de 1980, 1990 da Cedae”. Vinicius e Victoria questionaram a validade dos dados e apresentaram os levantamentos do Cocôzap.

“Eles aceitaram os nossos dados para compor esse relatório. Isso mostra como esse trabalho realmente é importante em termos de políticas públicas, como realmente pode incidir ”, finaliza.

Os desafios para a geração de dados nas favelas[editar | editar código-fonte]

Comunicação da pesquisa “Custo das operações policiais” realizada pelo LabJaca. Foto Reprodução

Ano passado, o Cocôzap ficou entre os finalistas de um prêmio nacional do Banco do Brasil, que seleciona e premia tecnologias sociais de impacto. Um feito expressivo para uma iniciativa que surgiu há apenas quatro anos.

“No início era um projeto um pouco intermitente, até por falta de recurso. Só no início de 2020, quando o Data Labe consegue um financiamento, que o Cocôzap se torna um projeto fixo”, relata Vinicius.

O grande sonho da equipe é extrapolar os limites da Maré, replicando a tecnologia do Cocôzap em outras comunidades. Levantar recursos para continuar e ampliar o trabalho é um desafio compartilhado pelas três organizações. Não é o único. Mas talvez seja o mais imediato.

“A gente tem poucas pessoas para a quantidade de coisas que fazemos. Com pouca grana já conseguimos fazer bastante coisa, mas não tenho dúvidas de que a instituição conseguiria fazer mais se tivesse mais recurso”, avalia Everton.

A sobrevivência financeira da Redes da Maré é garantida por atores diversos. Parcerias, editais, leis de incentivos e doações particulares são as principais fontes. Projetos como o pré-vestibular comunitário, por exemplo, têm apoio de padrinhos, que ajudam a custear o ensino dos estudantes.

Já o LabJaca, até o momento, realizou duas campanhas de financiamento coletivo. A primeira com o objetivo de garantir uma estrutura mínima ao laboratório, com a compra de equipamentos, por exemplo. A outra, realizada este ano, teve como meta levantar recursos para a realização de uma pesquisa específica, voltada a avaliar os impactos da Covid-19 no território. A equipe do LabJaca não é remunerada. Os integrantes têm ocupações paralelas ao laboratório. “Isso limita, porque às vezes a gente quer fazer uma pesquisa grande e não tem perna. A gente quer fazer uma divulgação de determinada forma e não tem verba”, explica Kayo.

O financiamento é uma das formas de apoio, mas não é a única. Mobilizar pessoas, articular pontes com parceiros e gerar visibilidade também faz a diferença para as organizações das favelas.

Ficar atento às redes sociais é o primeiro passo na visão de Kayo:

“quando abrir uma campanha, doe, compartilhe, peça aos amigos. Fora desse período de campanha, ajuda muito compartilhar nosso material, porque isso garante que as pessoas conheçam e acreditem no nosso trabalho, ajuda a chegar em outros parceiros também”.

O conhecimento produzido por essas organizações quantifica e qualifica violações comuns em favelas e periferias. Chama atenção das pessoas para o que acontece dentro do território, algo que nem sempre é bem-visto.

“Quando você pesquisa segurança pública, às vezes, a polícia te entende como inimigo”, reflete Kayo.

O LabJaca é uma das organizações que compõem o Observatório Cidade Integrada, grupo que monitora as ações do programa estadual de ocupação policial, instaurado no Jacarezinho, Manguinhos e Muzema, em janeiro deste ano.

Em maio, a polícia destruiu um memorial feito no Jacarezinho para marcar um ano da operação que vitimou 28 pessoas, evento considerado a maior chacina da história do Rio de Janeiro. O memorial fazia parte de um conjunto de atividades organizadas pelo Observatório Cidade Integrada, que tinha objetivo de chamar atenção à violência empregada pelo Estado nas favelas. Dias após ser derrubado, o memorial foi reconstruído. Integrantes do LabJaca, que participavam do evento, tiveram seus rostos filmados. Os vídeos, segundo Kayo, circularam em grupos extremistas no WhatsApp e Telegram, com informações falsas sobre eles.

Nas favelas, a violência é face mais visível das políticas de segurança pública. Isso afeta o morador, o funcionamento de serviços e, também, o trabalho das organizações locais. Há algumas semanas, uma reunião do Cocôzap precisou ser cancelada por conta de uma operação policial. O blindado da Polícia Militar, conhecido no Rio como caveirão, estava a poucos metros do local onde seria o encontro. Esse tipo de ocorrência é bastante comum nas favelas da cidade. “Isso limita o nosso trabalho”, resume Victoria.

Situação semelhante aconteceu na produção da pesquisa “Justiça Hídrica e Energética nas Favelas”, organizada pela Rede Favela Sustentável em conjunto com mais oito organizações, entre elas o Data Labe e o LabJaca. Lançada em setembro, a pesquisa trouxe informações importantes sobre o acesso à água e à energia elétrica nas favelas. Os dados mostram, por exemplo, que 31% dos entrevistados sofrem com falta d´água, pelo menos, uma vez por semana. Em relação à energia, 32% contaram que, nos últimos três meses, houve, ao menos, um episódio de falta de luz que durou mais de 24 horas. O estudo, que ouviu mais de 1.100 famílias residentes em 15 comunidades, sofreu atrasos na coleta das informações em campo por conta de operações policiais constantes. No Jacarezinho, a pesquisa ficou parada por quase uma semana. Já no Complexo de Favelas da Penha o atraso foi superior a 15 dias.

“Está tudo errado, mas as coisas estão funcionando, porque é para estar desse jeito. Nossa missão é tentar fazer parar de funcionar desse jeito que sempre viola certas pessoas. Eu acho que esse trabalho de gerar dados, de contar outras histórias vai de encontro a isso. Vai ao encontro de traçar novas narrativas, traçar novos futuros imagináveis, novas perspectivas”, opina Vinícius. Victoria complementa: “tem que ser do território para o território mesmo, porque essa geração de dados tida como oficial, na verdade, não retrata a realidade”.

Favela gerando dados é um movimento intimamente ligado à autoestima do morador e ao reconhecimento da periferia enquanto potência na produção de conhecimento. “É ter a oportunidade de ser nosso próprio porta-voz, mostrar a favela enquanto potência e não como carência. A gente pode produzir conhecimento, produzir dados, discutir, ser intelectual”, finaliza Everton.

Jaqueline Suarez

Jaqueline Suarez é carioca, nascida e criada no Fallet, favela na zona central da cidade. É jornalista e comunicadora popular, com mestrado na área de comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Passou pela redação da Record e foi editora do RioOnWatch. Atualmente trabalha na intersecção entre comunicação e educação, integrando a equipe da Fundação Roberto Marinho.

Fontes[editar | editar código-fonte]

Projeto Colabora