Fórum Permanente das Mulheres de Manaus
O Fórum Permanente das Mulheres de Manaus é um movimento social formado em 2006, em Manaus, capital do estado do Amazonas. O movimento se define como uma articulação para a garantia dos direitos da mulheres e o desenvolvimento de políticas públicas para esse segmento populacional.
Autoria: Marcelo Reis.
Fórum Permanente das Mulheres de Manaus[editar | editar código-fonte]
Segundo a Pesquisa Nacional sobre o Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes (Pestraf) realizada em 2002, no Brasil, 31% das 241 rotas nacionais e internacionais de tráfico de pessoas atravessam a região de Manaus. Essa prática criminosa está ligada à exploração sexual de meninas, adolescentes e mulheres. Vários fatores contribuem para essa situação, incluindo a vasta extensão geográfica da região e a falta de fiscalização adequada na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Além disso, a falta de estudos e pesquisas sobre o tema, a falta de informação sobre a exploração sexual e o tráfico de pessoas no Amazonas, bem como a escassez de políticas públicas para combater o problema, agravam ainda mais a situação.
A partir desse contexto, foi formada a FMM. O projeto tinha como finalidade estabelecer uma rede de cooperação entre organizações governamentais e não governamentais, com o propósito de prevenir, prestar assistência e combater a exploração sexual de meninas, adolescentes e mulheres. Foram estabelecidas parcerias com diversas instituições, como por exemplo com as Cáritas Arquidiocesana de Manaus, Casa Mamãe Margarida, Núcleo de Pesquisa sobre Relações de Gênero do Estado do Amazonas (Universidade Federal do Amazonas), Rede de Educação Cidadã (Talher Nacional) e Serviço de Ação e Reflexão Social. Como resultado das ações empreendidas, foi possível estabelecer comissões de combate ao tráfico de pessoas tanto na Câmara de Manaus quanto na Assembleia Legislativa do Amazonas. Além disso, foram criados postos de atendimento às vítimas de tráfico em Manaus e Parintin.
A associação também se destaca pela organização de passeatas na cidade, como no Dia Internacional das Mulheres e, mais especificamente, na Vigília Justiça por Thainará, em reação ao feminicídio de Thainara Barbosa Silva.