Garagem das Letras

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

A biblioteca viva Garagem das Letras fica na Rua Dionéia número 11, na Rocinha, e foi fundada em 2015 com a missão de ampliar o direito à literatura dos moradores da Rocinha. Somos um dos pontos de leitura premiados pelo Ministério da Cultura em 2023.

Autoria: Garagem das Letras
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Sobre[editar | editar código-fonte]

Segundo a UNICEF, os direitos humanos são normas que reconhecem e protegem a dignidade de todos. Esses direitos regem o modo como deveríamos conviver em sociedade, também falam de como é nossa relação com o Estado e as obrigações que o Estado tem em relação às pessoas. Falar sobre direitos humanos é saber que: aquilo que é indispensável para nós é indispensável para o outro.

As pessoas não negarão que todos têm direito a certos bens básicos para a vida como água, alimento, casa e educação. Mas será que pensam que o seu semelhante pode ter também direito à literatura? A literatura é uma manifestação universal de todos os humanos. Não há povo que possa viver sem algum tipo de ficção.

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A ficção está em cada um de nós, seja na anedota de botequim, no funk, nos quadrinhos, no jornal, na música popular, no rap, nos pensamentos soltos dentro do busão ou no samba carnavalesco. Se ninguém pode passar na vida sem ficção, a literatura aparece como uma necessidade universal e que precisa ser satisfeita. A satisfação da literatura torna-se portanto um direito.

A luta pelos direitos humanos passa pela luta pelo direito à literatura. Numa sociedade justa há o respeito aos direitos humanos e o acesso à literatura passa a ser um direito inalienável. Nós da Garagem das Letras atuamos para permitir que os moradores da Rocinha tenham acesso a literatura como um direito básico.

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Uma biblioteca viva[editar | editar código-fonte]

Para nós uma biblioteca deve ser viva. Um lugar de circulação não apenas de livros, mas de ideias, saberes, práticas, informações e conhecimentos.

Por isso, a Biblioteca Comunitária Garagem das Letras busca por meio de atividades semanais criar pontes de mediação na Rocinha entre o livro e o leitor. Com isso buscamos ampliar o acesso ao livro e a leitura na Rocinha, incentivar e promover a leitura, a formação de público e a difusão de conhecimento.

As atividades são voltadas para diferentes públicos e idades de acordo com as especificações de cada participante.

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Nossa atividades abordam diferentes temas como: educação antirracista, ações contra a misoginia e homofobia, valorização da memória local, direitos das crianças e dos jovens, e formas narrativas diversas. Nossas atividades são feitas de forma circular em torno do livro e da leitura.

Nossas atividades[editar | editar código-fonte]

● Caixa de doação de livros (Ação permanente)

● Livro vivo (contação de histórias)

● Clube de Leitura (Quinzenalmente um grupo mediado por um escritor se reúne para ler um livro)

● Cine Livro (semanal: às quartas-feiras é exibido um filme inspirado em livros)

● Ação esquecer os livros pela Rocinha (semestral: duas vezes ao ano livros são deixados em pontos de grande circulação na favela para que os moradores possam pegá-los)

● Brinquedoteca (semanal: sempre às terças-feiras as crianças entram em contato com brinquedos e brincadeiras de outras épocas )

● Sexta-Lúdica (Semanalmente sempre às sextas-feiras os participantes são convidados a explorar o mundo lúdico)

● Papo das meninas (ação mensal onde mulheres da Rocinha se reúnem aos sábados na biblioteca para debater temas e trocar aprendizados)

● Empréstimos de livros (Ação permanente feita pelo software BibLivre)

Ver também[editar | editar código-fonte]