Guerra aos pretos - Relatório sobre drogas e armas na Baixada Fluminense
A Iniciativa Direito a Memória e Justiça Racial construiu um relatório [1]inédito na Baixada Fluminense sobre Apreensão de Drogas e Armas a partir da liminar expedida a pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin no dia 06 de junho de 2020 – que suspendia operações policiais durante o período de isolamento social em todo o território do Rio de Janeiro, que ainda está em vigência.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir da rede: Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial (IDMJR)
Sobre[editar | editar código-fonte]
Ao longo de quase 2 anos da implementação da liminar que impede as operações policiais no território fluminense, identificamos um total de 1566 operações policiais ocorridas apenas na Baixada Fluminense. Essas operações policiais resultaram em 167 pessoas assassinadas, 364 pessoas feridas e/ou baleadas e 916 pessoas presas.
Objetivo do relatório[editar | editar código-fonte]
Mas o grande objetivo do relatório era apresentar que o discurso de guerra às drogas utilizado pelo Estado para realização das operações não se sustenta, pois os dados sobre apreensão de drogar e armas só vem diminuindo, logo comprovamos mais uma vez que trata – se de guerra aos pretos e/ou pobres.
Entre 2019 à 2022, ocorreu uma queda de 45% nos registros de apreensão de armas na Baixada Fluminense, justamente no mesmo período que ocorre a consolidação do poder das frações de milícias na região. Por conseguinte, os registros de apreensão de fuzil também diminuíram, uma queda de 24%.
Dados oficiais do Estado[editar | editar código-fonte]
Segundo os dados oficiais do Estado, ocorreu uma diminuição de 59% nos registros de apreensão de drogas na Baixada Fluminense entre os anos de 2019 à 2022.[3]
O relatório também apresenta outros dados como do encarceramento em massa e análises deste e de outros dados em interface com o avanço de frações de milícias na Baixada Fluminense.
Além de apresentar recomendações para o enfrentamento a este genocídio.
Relatório completo[editar | editar código-fonte]