Música Brega e Favela no Recife: o filme Amor, Plástico e Barulho (2015), de Renata Pinheiro

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Amor, Plástico e Barulho Renata Pinheiro ano 2015 duração 85 min local de produção PE/Brasil

FICHA TÉCNICA: Elenco: Nash Laila, Maeve Jinkings, Samuel Vieira, Leo Pyrata, Rodrigo García, Paulo Michelotto, Dedesso, Everton Gomes, Jennyfer Caldas e Rodrigo Riszla | Direção: Renata Pinheiro | Diretor assistente: Sergio Oliveira | Roteiro: Sergio Oliveira e Renata Pinheiro | Colaborador de roteiro: René Guerra e Ezequiel Pierri | Diretor de fotografia: Fernando Lockett | Direção de arte: Dani Vilela | Figurino: Joana Gatis | Maquiagem: Donna Meirelles | Produtor de elenco: Amanda Gabriel | Montagem: Eva Randolph | Sound / Sound design: Manuel de Andrés | Mixagem: Roberto Mignone | Trilha sonora: Dj Dolores E Yuri Queiroga | Produção executiva: Sergio Oliveira | Iván Granovsky | Produção: Aroma Filmes | Co-produção: Boulevard Filmes.

TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=uj0WifxU9KU

SINOPSE: Shelly, uma jovem dançarina que sonha se tornar cantora e Jaqueline uma experiente cantora que já emplacou alguns sucessos mas que amarga o declínio da sua carreira, são companheiras de uma mesma banda de música Brega – uma cena musical romântica e sensual da periferia brasileira. Inseridos em um show business de nightclubes e programas de tv local, onde tudo é descartável, como sucesso, amor e relações humanas, elas parecem formar uma única trajetória de vida, onde Shelly é o possível passado de Jaqueline que é o provável futuro de Shelly.

O filme Amor, Plástico e Barulho (Pinheiro, 2015) se passa em uma favela da zona sul da cidade do Recife e retrata a vivência espacial nesse lugar cercado por rio, praia, palafitas e construções informais. Os personagens circulam por esses espaços e paisagens que foram decisivos para as suas formações enquanto sujeitos, espaços que atuam de forma ativa na construção de suas identidades. Nas favelas do Recife, a música brega é quase onipresente. Sempre tocando em algum canto, as vezes em mais de um lugar e, por isso, os sons vão se sobrepondo a medida em que se adentra esse espaço, uma verdadeira ambiência sonora. Dessa forma, os personagens vivem o brega e pelo brega, seus corpos são moldados por essa música, seus sonhos construídos a partir de um desejo de ascensão social através da música e ao mesmo tempo esse gênero musical narra a realidade de muitos moradores de favelas, ao contar principalmente de maneira muito "brega" as suas histórias de amor.