Monica Benício (PSOL/RJ) - Maré - RJ
Monica Benicio, é militante de direitos humanos e ativista LGBTI+. Arquiteta urbanista formada pela PUC-Rio, onde também se tornou mestra em Arquitetura, na área de "Violência e Direito à Cidade". Nascida e criada na favela da Maré, no Rio de Janeiro. Eleita vereadora com 22.919 votos, tem pautado sua atuação na promoção e defesa dos direitos das mulheres e no debate urbanístico com foco na inclusão social.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Este verbete faz parte do relatório "Favelados no parlamento", produzido pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Do Complexo da Maré, Mônica Benício cresceu imersa num contexto de violência rotineira, que só foi entender na chegada ao Ensino Superior. Arquiteta com pesquisa em Direito à Cidade, militante de Direitos Humanos, lésbica e feminista, ela agora coloca seu nome à disposição do Rio de Janeiro como candidata a vereadora. Seguindo a trilha de Marielle Franco, com quem esteve ao lado em todas as lutas, Mônica atende à urgência dos debates que pautam os direitos das mulheres e a melhoria das condições de vida nas favelas e comunidades.
Foi ao ingressar no pré-vestibular comunitário do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm) que modificou sua visão em relação à política, o que até então era algo distante e inacessível. Com o senso crítico aguçado e uma perspectiva social a partir dos territórios marginalizados, ingressa na PUC-Rio da Gávea. O impacto inicial entre as realidades econômicas despertou em Mônica o desejo de disputar a cidade e quebrar as restrições de qualidade de vida impostas aos 99% da população.
“Eu cresci numa comunidade onde a gente estava brincando no meio da rua e de repente tinha que se jogar no chão porque tava rolando tiro. Onde as vezes não conseguia chegar em casa, quase enfartava minha mãe, a gente entrava na casa de alguém ou na padaria pra esperar o tiroteio acabar. A minha vida inteira eu banalizei a violência. Eu achava que o que tinha dentro da favela era o normal e aí quando eu chego dentro da PUC que eu percebo que não.”
Conhecer ambientes frequentados pelas elites e a classe média despertou em Mônica não uma raiva, mas a indignação de querer aquelas condições para todo mundo. A luta é para que o que é oferecido a uma pequena parcela privilegiada da sociedade vire política pública permanente. Disputando espaços na política institucional para renovar o atual cenário machista, branco, racista, hétero e fundamentalista que vivem por brigar pela manutenção de seus privilégios e da estrutura excludente que construíram.
“Existem muitas formas de fazer política, a institucional é uma delas e não era minha pretensão, a minha forma de fazer política era na academia. Depois da execução da Marielle, meu ativismo ganha um outro momento. E à medida que eu vou fazendo a luta de justiça por Marielle, fui também entendendo novos desafios e assumindo novas responsabilidades.”
O crime político que levou a vida de Marielle Franco foi como um recado, de que o corpo e as lutas que a vereadora fazia e travava no Rio não eram bem-vindos no espaço da política institucional. A prisão de Lula e sua retirada do processo eleitoral endossa as investidas da direita fascista no Brasil, que culminaram no pior resultado possível das eleições de 2018. O susto final foi o exílio do então deputado Jean Willys ameaçado de morte por bolsonaristas.
“Essa política bolsonarista do ódio representa todo o retrocesso que durante anos os movimentos sociais vieram trabalhando pra ter garantia de direito. Hoje o que a gente vê é um avanço do conservadorismo, é preciso fazer um enfrentamento a essa política.”
Para Mônica política se faz em todos os espaços, sendo o espaço institucional um lugar de foco na disputa e, antes de mais nada, na ocupação por corpos marginalizados. Estar em lugares de tomada de decisão, fazendo política para a maior parte da população brasileira que é composta por mulheres, o povo preto e a comunidade LGBTQIAP+ é urgente.
Monica Benício - Apresentação[editar | editar código-fonte]
Mônica Benício - a luta pela democratização dos espaços no Rio[editar | editar código-fonte]
Leis aprovadas/Lutas[editar | editar código-fonte]
LEI Nº 7.291, DE 7 DE ABRIL DE 2022 | Institui o Programa Municipal de Enfrentamento ao Feminicídio. |
LEI Nº 7.276 DE 29 DE MARÇO DE 2022. | Inclui o Dia Municipal de Combate às Notícias Falsas (Fake News) no Calendário Oficial da Cidade consolidado pela Lei nº 5.146, de 2010. |
LEI Nº 7.050, DE 27 DE SETEMBRO DE 2021 | Inclui o Dia Marielle Franco de enfrentamento à violência política contra as mulheres no Calendário Oficial da Cidade consolidado pela Lei nº 5.146, de 2010. |
LEI Nº 6995 DE 13 DE JULHO DE 2021 | Inclui o Dia Municipal de Luta Contra a Violência nas Escolas no Calendário Oficial da Cidade consolidado pela Lei n° 5.146, de 2010. |
LEI Nº 7.044, DE 17 DE SETEMBRO DE 2021 | Dispõe sobre a concessão de pensão a mães, pais e responsáveis das vítimas do massacre da Escola Municipal Tasso da Silveira. |
LEI Nº 7.072, DE 18 DE OUTUBRO DE 2021 | Inclui o Dia Municipal de Luta pelo Fim do Feminicídio no Calendário Oficial da Cidade consolidado pela Lei nº 5.146, de 2010. |
LEI Nº 7.219 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2021 | Inclui o Dia Municipal da Dança Afro-Brasileira no Calendário Oficial da Cidade consolidado pela Lei nº 5.146, de 2010. |
LEI Nº 7.326, DE 28 DE ABRIL DE 2022 | Dispõe sobre o Programa de Apoio e Acolhimento de Pessoas LGBTQIA+ em situação de violência e/ou vulnerabilidade social e dá outras providências. |
LEI Nº 7.337, DE 4 DE MAIO DE 2022 | nente de conscientização e prevenção à violência nas escolas e dá outras providências. |
Fontes e Redes Sociais[editar | editar código-fonte]
Fontes:
http://www2.camara.rj.gov.br/vereadores/monica-benicio
https://monicabenicio.com.br/#quem
https://midianinja.org/vereadoresquequeremos/monicabenicio/
Redes Sociais
Facebook, clique aqui.
Instagram, clique aqui.
Twitter, clique aqui.
Youtube, clique aqui.