Movimento Independente Mães de Maio

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Movimento Independente Mães de Maio é um movimento que realiza atividades formativas, produção literária e construção coletiva em torno de um Memorial Histórico-Estético feito por mães, familiares, amigos e amigas das vítimas da violência na cidade de São Paulo.

Autoria: Movimento Independente Mães de Maio.
Fotografia
Fotografia

Sobre[editar | editar código-fonte]

No período entre os dias 12 a 20 de maio de 2006, São Paulo viveu uma onda concentrada de violência. Dezenas de prisões se rebelaram simultaneamente, centenas de pessoas foram assassinadas e a maior metrópole da América Latina foi paralisada, no que foi mundialmente divulgado pela imprensa como “os ataques do PCC” [abreviação de Primeiro Comando da Capital, grupo acusado de liderar presos e presas e coordenar ações criminosas]. Ocorre que, mesmo depois de nove anos, ainda não é possível saber o que de fato aconteceu durante aqueles dias. Entre centenas de casos não investigados, há jovens desaparecidos, com indícios de terem sido enterrados em valas comuns. Até hoje não há sequer um relatório oficial que tente explicar e dar uma resposta minimamente satisfatória à sociedade sobre os acontecimentos de “Maio de 2006”.

Atividades principais[editar | editar código-fonte]

  • Atividades formativas, com intervenção poética, de hip-hop e audiovisual, sobre os 10 anos dos Crimes de Maio.
  • Reunião do material fotográfico, plástico e literário produzido durante as atividades de circulação pelos espaços populares.
  • Compilação e publicação do livro “10 Anos dos Crimes de Maio – A Marcha Fúnebre Prossegue”, com a participação dos familiares junto a outros artistas e ativistas convidados a escrever no final de 2016.

Objetivos e público alvo[editar | editar código-fonte]

Realizar atividades formativas, produção literária e construção coletiva em torno de um Memorial Histórico-Estético feito por mães, familiares, amigos e amigas das vítimas da violência na cidade de São Paulo, bem como os diversos interlocutores próximos a essa luta (movimentos sociais, organizações não-governamentais, instituições etc), para avançar na conscientização e elaboração histórica e estética, do luto à luta, visando assegurar o direito à memória, à verdade, à justiça, à reparação e à paz.

Ver também[editar | editar código-fonte]