Movimentos - Drogas, Juventude e Favela

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Autoria: Movimentos - Drogas, Juventude e Favela.

O Movimentos é um grupo de jovens de várias favelas e periferias do Brasil que acredita que uma nova política de drogas é urgente. A juventude negra e favelada é a mais impactada pela violência, pelo estigma e pelo racismo gerados em nome da guerra às drogas. Por isso, o grupo acredita que não é possível construir alternativas sem discutir os impactos dessa guerra nas nossas vidas e sem pensar em soluções que nos incluam e nos deem oportunidades para superar décadas de políticas fracassadas.

Nossa trajetória[editar | editar código-fonte]

A história do Movimentos começa em 2016, quando uma oficina de três dias reuniu dez jovens de favelas e periferias do Rio de Janeiro, de Salvador e de São Paulo para debater política de drogas. Desde então, temos trabalhado para formar uma juventude capaz de discutir o tema com propriedade, a partir da vivência e da experiência das favelas.

O começo de tudo[editar | editar código-fonte]

2016

Durante três dias, jovens de diferentes favelas e periferias do Brasil se reuniram na Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para discutir política de drogas. Eles participaram de atividades para aprender mais sobre o tema e para começar a construir propostas. No final, ficou uma certeza: o Movimentos não podia terminar ali.

O processo de formação[editar | editar código-fonte]

2016-2017

Desde então, o Movimentos se reúne para continuar seu processo de formação no tema de política de drogas. Durante esse processo, o grupo se reuniu com especialistas do Brasil e de outros países e começou a participar de espaços de discussão para falar sobre drogas a partir da perspectiva da juventude das favelas. Estudamos muito para poder falar sobre drogas com propriedade, a partir das nossas vivências.

A construção da cartilha[editar | editar código-fonte]

2016-2017

Durante o processo de formação, percebemos que faltava um material construído por e para as favelas. Foi assim que idealizamos nossa cartilha, que ficou pronta depois de muito trabalho coletivo. A cartilha é uma ferramenta para ampliar a discussão e abrir o debate sobre drogas dentro e a partir das favelas.

Para baixar a cartilha, clique aqui.

O lançamento[editar | editar código-fonte]

2016-2017

Depois de muito trabalho, finalmente colocamos nosso bloco na rua. Com a cartilha, o site e as redes no ar, podemos ampliar nossa voz para que sejamos ouvidos por mais e mais gente. E para celebrar essa conquista, organizamos dois eventos de lançamento: no Rio de Janeiro, um debate com Djamila RibeiroDouglas Belchior e Flávia Oliveira; e em São Paulo, um evento com o Dr. Carl Hart, neurocientista da Columbia University.

1° Movimente-se[editar | editar código-fonte]

2017

No final de 2017, organizamos um grande encontro nacional com 25 jovens ativistas de diferentes favelas e periferias do Brasil, a fim de criar propostas concretas para mudar as atuais políticas de drogas. Durante quatro dias, os ativistas compartilharam suas experiências sobre os impactos da guerra às drogas em suas vidas e criaram ferramentas que poderiam ajudar a impulsionar esse debate dentro das favelas e periferias, e de nossa própria perspectiva.

Ocupando o debate e pensando no futuro[editar | editar código-fonte]

2018-Presente

Desde que o Movimentos foi criado, recebemos convites para palestras em seminários nacionais e internacionais, debates e programas de TV e rádio. Também organizamos workshops, palestras e eventos culturais em diferentes favelas do Rio de Janeiro. . Ao ocupar espaços dentro e fora das favelas, ajudamos a ampliar o debate sobre políticas de drogas do ponto de vista daqueles que são os mais afetados pela guerra às drogas.