Mulheres de Pedra (Rio de Janeiro – RJ)
Grupo existente há mais de 15 anos que valoriza o protagonismo das mulheres, especialmente negras, na construção de um outro mundo possível. Situado no bairro de Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir das redes oficiais da coletiva.
Sobre[editar | editar código-fonte]
As Mulheres de Pedra existem há mais de dez anos, uma iniciativa nascida de uma ideia de Dora Romana, artista plástica póstuma, e da energia coletiva de diferentes mulheres. Nestes últimos 15 anos elas entrelaçaram o artístico, o social, o ambiental, o político e costuraram através das mais diversas atividades narrativas sobre suas ideias e suas visões de mundo.
O grupo reúne um capital humano sem precedentes, artistas plásticas, teatrólogas, professoras, cantoras, artesãs, donas de casa, costureiras, paisagistas, cozinheiras… E no desejo de explorar esse potencial em benefício do grupo, e da comunidade de Pedra de Guaratiba, elas contam suas histórias e visões de mundo através das Colchas de retalho temáticas.
Desde 2015, o trabalho e investigação estética e criação de linguagem audiovisual têm intensificado nossa pesquisa do feminino, do sagrado e da auto apresentação de corpas negras no cinema.
Mulheres de pedra - Apresentação
Propósitos[editar | editar código-fonte]
Missão: Proteção e preservação da memória cultural e socioambiental.
Visão: Artístico, Social, Ambiental, Político.
Valores: Empatia, Sororidade, Respeito.
Memória[editar | editar código-fonte]
A identidade
Se constrói, se transforma, se adapta.
Cada mulher um pedaço, ou um ‘retalho’, cada pedaço uma técnica, uma expressão, um sentimento, uma informação. A ‘Colcha de Retalhos’, ou painel artístico, tornou-se a obra que identifica por excelência as travessuras deste grupo com estilo próprio. Sentimentos alinhavados cuidadosamente ao redor de uma brincadeira muito séria, e também aos sorrisos e lágrimas derramadas, além de reflexões e aprendizados, uma poesia ocupa cada pedaço da Colcha de retalhos, refletindo os anseios e alegrias das Mulheres de Pedra. Há, principalmente, uma dedicação à promoção de autoria feminina negra, privilegiando bairros da zona oeste que sofrem as consequências da injustiça racial e ambiental. E pouco aparecem na cena cultural carioca, dita oficial.
O trabalho
Pedra de Guaratiba, antiga aldeia de pescadores, tem sido fortemente agredido pela poluição da Baía de Sepetiba e pelo pouco acesso a bens culturais na região. Uma região pecuária de características pacatas torna-se pouco a pouco uma região precária, realidade na qual pescadores e profissões derivadas da pesca vão pouco a pouco desaparecendo.
A comunidade
Com a migração de pessoas que buscam uma moradia a custo acessível num bairro do Rio de Janeiro calmo e agradável. Porém esse crescimento denota de mudanças nas características tradicionais da localidade, a calma e a serenidade correm risco. E também corre risco o ambiente bucólico de características arquiteturais simples. No bairro de Pedra de Guaratiba não existem salas de concerto, de cinema ou de teatro, e são escassas as estruturas de serviços culturais à disposição da população. Mulheres de Pedra mantém há 11 anos um espaço aberto à cultura e a arte, o Atelier Massas com Artes um local que abriga os encontros de Mulheres de Pedra, eventos, cursos e oficinas, shows e exposições, e também a costura, com compromisso socioambiental.
Arte como instrumento de preservação[editar | editar código-fonte]
É a proposta do Coletivo Mulheres de Pedra onde o grupo se expressa através do cinema, da música e de saraus.
O curta-metragem “Elekô”, produzido pelo coletivo e lançado em 2015, busca sintetizar em seis minutos, como a mulher negra se enxerga na história do Brasil, além seu protagonismo nos dias atuais.
Filme: Elekô[editar | editar código-fonte]
Redes Sociais e contato[editar | editar código-fonte]
Contato: leilamulheresdepedra@gmail.com