ONG África - agência facilitadora para investimentos culturais

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco


A ÁFRICA também conhecida como Agência Facilitadora Para Investimentos Culturais, foi fundada em 2006 por voluntários do Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, com o objetivo de promover o desenvolvimento humano, social, cultural, econômico e educacional nas comunidades. A organização se dedica a apoiar crianças, jovens, mulheres e idosos em situação de vulnerabilidade social, promovendo direitos humanos, igualdade racial e de gênero. Eles realizam diversos projetos, incluindo reforço escolar, curso de pré-vestibular e uma biblioteca comunitária, com foco na cultura e educação.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Este grupo foi contemplado pela Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à COVID19 nas Favelas do Rio de Janeiro, promovido pela Fiocruz[1].

História[editar | editar código-fonte]

A Agência Facilitadora para Investimentos Culturais (ÁFRICA) vem facilitando ações beneficentes no Morro de Mangueira há 15  anos.

“Falar da ÁFRICA sem falar do seu idealizador e fundador, nosso saudoso líder [./Https://wikifavelas.com.br/index.php/Jorge%20dos%20Santos%20Arruda%20-%20Arruda%3Fveaction%3Dedit Jorge Arruda], é impossível. Arruda como era conhecido por todos, foi fundador do Partido dos Trabalhadores e uma das principais lideranças comunitárias da Mangueira. Ele ajudou a fundar diversas ONGs e Cooperativas e foi Presidente da Associação de Moradores da Candelária, onde teve no trabalho social sua principal marca”. Jéferson Alves Francisco, atual presidente em sua fala na abertura do Seminário 90X Favela, realizado pela Fiocruz, na Quadra da Mangueira.

Arruda faleceu em 2010 deixando um legado de ativismo social e cultural no Morro da Mangueira e em diversas comunidades da nossa cidade.

Estamos hoje à frente da ÁFRICA, dando continuidade ao seu legado e desde de então trabalhamos para mantermos viva a mesma filosofia de sua fundação, que é dar oportunidades de transformação à vida da nossa gente, usando como ferramenta a arte e a cultura. Temos total certeza que mudamos e ainda vamos mudar ainda mais a vida e a realidade de muita gente pelos projetos sociais que oferecemos.

A ÁFRICA[editar | editar código-fonte]

A ÁFRICA – Agência Facilitadora para Investimentos Culturais, fundada em 13 de maio de 1988, no Morro de Mangueira, Rio de Janeiro, e uma organização civil sem fins lucrativos dedicada ao fortalecimento cultural, social e econômico do Quilombo de Mangueira e de outras comunidades periféricas.

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Logo oficial da Agência Facilitadora para Investimentos Culturais - ÁFRICA

Com um compromisso ativo no combate ao racismo estrutural e na preservação da memo ria afro-brasileira, a instituição promove iniciativas que abrangem cultura, empreendedorismo, economia solidária, segurança alimentar e formação profissional. Projetos como a Cozinha Solidária, o Museu a Céu Aberto de Mangueira (MuCéu) e Mangueira Resiliente consolidam seu impacto na comunidade.

A ÁFRICA fomenta a valorização da arte urbana, a inclusa o digital e a autonomia dos territórios populares, ale m de atuar na formulação de políticas públicas de igualdade racial. Sediada na Rua General Bento Ribeiro, nº 01, no Morro do Telégrafo, a organização mantem uma atuação nacional, sendo referência em inovação e resistência cultural.

Atualmente ocupa a vice-presidência do Conselho Estadual de Políticas de Juventude do Rio de Janeiro e integra a Rede Mangueira, fórum autogestionado de instituições que atuam no território.

Diretoria[editar | editar código-fonte]

Presidente: Jéferson Alves Vice-presidente: Noemia de Melo Diretor Financeiro: Ronaldo Tavares Secretaria Executiva: Daniele Galdino

Conselho Fiscal[editar | editar código-fonte]

Antônia Maria da Silva Rodrigo Celestino da Silva Vinicius Vieira Fortunato

Missão[editar | editar código-fonte]

Promover o fortalecimento da economia criativa, do desenvolvimento cultural e da inclusão social através da captação de investimentos, da articulação de parcerias e da implementação de projetos que valorizem a diversidade cultural e potencializem talentos nos territórios populares, com especial atenção às comunidades tradicionais e periféricas e ao Quilombo Mangueira.

Valores[editar | editar código-fonte]

1. Compromisso com a transformação social: Atuar para a redução das desigualdades e para a promoção da cidadania cultural plena.

2. Valorização da diversidade: Respeitar e fortalecer as múltiplas expressões culturais, étnicas, geracionais e territoriais.

3. Ética e transparência: Assegurar a integridade em todos os processos internos e externos, com responsabilidade na gestão dos recursos.

4. Inovação e criatividade: Estimular soluções inovadoras que gerem impacto positivo e emancipação social e econômica.

5. Sustentabilidade: Promover práticas sustentáveis ambientalmente, socialmente e economicamente em todas as ações.

6. Coletividade e participação: Incentivar a construção coletiva, a gestão democrática e o protagonismo dos territórios.

7. Excelência e qualidade: Buscar sempre os melhores resultados, com profissionalismo, rigor técnico e compromisso com a melhoria contínua.

Visão[editar | editar código-fonte]

Ser referência na promoção de oportunidades para artistas, produtores, coletivos e iniciativas culturais, consolidando redes de apoio e inovação que transformem o cenário cultural e socioeconômico das comunidades, especialmente da Mangueira e territórios semelhantes.

Dados Gerais[editar | editar código-fonte]

ÁFRICA - Agência Facilitadora para Investimentos Culturais CNPJ: 08.748.655/0001-54 'INSCRIÇÃO MUNICIPAL:'Texto em negrito 0403162-8

SEDE: Rua General Bento Ribeiro, nº 01 – Morro do Telégrafo – Mangueira, Rio de Janeiro/RJ. CEP: 20.911-110

CONTATOS TELEFONE: (21) 98829-8223 EMAIL: africaagenciaa@gmail.com

Projetos[editar | editar código-fonte]

Promovemos por meio de programas sociais, ações com foco em temas de relevância ao contexto atual. Nossos cursos são voltados ao desenvolvimento de habilidades, capacidades e valores de pessoas e organizações, em ambientes de aprendizagem que valorizam a diversidade e a troca de conhecimentos, promovendo debates, visando conscientizar e sensibilizar nossos protagonistas para uma melhor compreensão dos desafios da sociedade atual, com estímulo a participação, a disseminação de experiências e práticas inovadoras.

Reforço Escolar João & Maria[editar | editar código-fonte]

O programa de reforço João & Maria atende jovens em idade escolar moradores da Comunidade da Mangueira que estão matriculados em uma das escolas públicas locais. Os alunos são supervisionados por profissionais treinados que oferecem programas e atividades diárias estruturadas. No projeto João & Maria oferecemos um lugar positivo para as crianças, onde os alunos do projeto podem explorar seus talentos e habilidades em um ambiente de apoio com o potencial de transformar sua visão sobre a vida, criando uma cultura de oportunidades e sucesso. Com aulas de reforço escolar que respeitam as potencialidades e o ritmo de cada criança e adolescente, o projeto João & Maria funciona no contraturno escolar com aulas de apoio à educação formal e oficinas que buscam potencializar o desenvolvimento cultural dos alunos.

Curso de Pré-Vestibular[editar | editar código-fonte]

Universidade Para Todos é curso de pré-vestibular oferecido pelos alunos da UERJ em parceria com a ÁFRICA. Jovens da rede pública de ensino tem a oportunidade de participar do curso de pré-vestibular, pelo qual recebem preparo para as provas de vestibular e uma oportunidade para seguirem seus sonhos de seguir uma carreira acadêmica. O projeto mobiliza voluntários de diferentes áreas para a realização de um conjunto de palestras e oficinas que promovem discussões e debates, estimulando a abertura de novos horizontes profissionais.

Biblioteca Comunitária Jorge Arruda[editar | editar código-fonte]

A Biblioteca Comunitária Jorge Arruda tem como objetivo ampliar o repertório literário da Comunidade da Mangueira, contribuir para que os frequentadores se tornem leitores autônomos. Visamos estimular a relação prazerosa com o livro e estimular o acesso aos bens culturais. Valorizamos a leitura como instrumento para o desenvolvimento crítico.

Museu a Céu Aberto de Mangueira[editar | editar código-fonte]

O Museu a Céu Aberto de Mangueira é uma iniciativa cultural, educativa e de preservação da memória social, criada para valorizar a história e a identidade da comunidade do Morro de Mangueira, no Rio de Janeiro. Sem um edifício físico tradicional, o Museu se estrutura diretamente no território, por meio de placas, murais, intervenções artísticas e roteiros de memória que percorrem pontos simbólicos da favela.

Sua concepção está ligada à valorização da história popular, do samba, da resistência negra e da luta por direitos sociais, reconhecendo a Mangueira como um espaço histórico vivo e em permanente transformação. As obras expostas abordam temas como a formação da comunidade, as origens da Estação Primeira de Mangueira, a trajetória de figuras ilustres como Cartola, Dona Neuma e Nelson Sargento, Jorge Arruda, Evelyn Bastos e Bira Show, além de momentos importantes de mobilização e luta da população local.

“O projeto do Museu foi pensado também como ferramenta de educação patrimonial, aproximando os moradores de sua própria história e incentivando a apropriação do espaço urbano como lugar de memória.” Pablo Brandão um dos idealizadores do Museu à Céu Aberto de Mangueira.

Sua importância transcende a dimensão cultural, inserindo-se em um esforço maior de valorização das favelas como centros produtores de cultura, memória e identidade, rompendo com estigmas e promovendo o reconhecimento da contribuição da Mangueira para a história brasileira.

O Museu a Céu Aberto de Mangueira foi criado em 2023, fruto do produto entregue pela Estação Primeira de Mangueira a sociedade Fluminense, referente ao Edital 2: Não Deixe o Samba Morrer da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro. Sendo uma iniciativa da Vice-presidência Financeira da Mangueira, ocupada então por Pablo Brandão e contou com o apoio da Vice-presidência Cultural, através da Vice-presidente Adair Machado, da Vice-presidência de Projetos Especiais, Rafaela Bastos, da Vice-presidência Social, Claudiene Gonçalves e da Vice-presidência de Patrimônio, Demilson Pança o Bebê e da incansável colaboração de Renato Moço, diretor cultural da agremiação.

Atualmente o Museu a Céu Aberto de Mangueira, o MuCéu é gerido por um consórcio de instituições localizadas na comunidade que se organizam através da Rede Mangueira, fórum autogestionado formado por instituições da sociedade civil, representantes dos órgãos e projetos públicos desenvolvidos no território e lideranças comunitárias da qual a ÁFRICA é uma das participantes.

Cozinha Solidária Dona Zica[editar | editar código-fonte]

A "Cozinha Solidária" e uma iniciativa da ÁFRICA, localizada na comunidade da Mangueira, no Morro do Telégrafo, onde se localiza a sede da instituição. O Morro do Telégrafo é uma das localidades que compõem o Complexo de Mangueira, no Rio de Janeiro. Funciona através do apoio da Gastromotiva e o Ministério do Desenvolvimento Econômico e Social.

São servidas refeições gratuitas para moradores da comunidade. As entregas ocorrem regularmente as segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 12h, com a distribuição de 125 refeições por dia. Além de fornecer alimentação de qualidade, a iniciativa promove solidariedade e apoio aos residentes locais.

Redes sociais[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]


  1. https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-divulga-resultado-da-chamada-publica-para-apoio-acoes-emergenciais-de-enfrentamento#:~:text=A%20Fiocruz%20tem%20a%20satisfa%C3%A7%C3%A3o,a%20popula%C3%A7%C3%B5es%20em%20favelas%20fluminenses.