Pereirão

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

A Favela Pereirão, oficialmente conhecida como Vila Pereira da Silva, está situada entre os bairros de Laranjeiras e Santa Teresa, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco [1]
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Identificação da Favela[2][editar | editar código-fonte]

A Vila Pereira da Silva, mais conhecida como Pereirão, está localizada no bairro de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, sob a Região Administrativa de Botafogo. Seu principal acesso é pela Rua Pereira da Silva, 826, onde se estabelece como uma favela de médio porte, com mais de 500 domicílios cadastrados oficialmente.

Reconhecida oficialmente em 29 de maio de 1981, a favela apresenta características de um assentamento urbanizado isolado, ou seja, estruturada, mas separada do tecido urbano regular. Seu processo de urbanização foi impulsionado por programas como o Bairrinho, voltado à melhoria das condições habitacionais e infraestrutura urbana.

O território é legalmente amparado por diferentes normas, como:[editar | editar código-fonte]

  • Decreto nº 27.136, de 10/10/2006 – Reconhecimento de logradouros;
  • Lei nº 2.817, de 23/06/1999 – Classificação como Área de Especial Interesse Social (AEIS);
  • Decreto nº 30.609, de 15/04/2009 – Regras de uso e ocupação do solo.

Histórico[editar | editar código-fonte]

A ocupação da Vila Pereira da Silva remonta ao início do século XX, quando trabalhadores começaram a estabelecer-se na região, atraídos pela proximidade com áreas urbanas em desenvolvimento. Ao longo das décadas, a localidade consolidou-se, enfrentando desafios comuns às favelas cariocas, mas também desenvolvendo uma identidade própria marcada pela criatividade e resiliência.

População[editar | editar código-fonte]

A estimada de residentes é cerca de 5.000 habitantes, a favela destaca-se por iniciativas culturais e sociais que promovem a integração comunitária e a expressão artística.

Cultura e Lazer[3][editar | editar código-fonte]

O Projeto Morrinho, iniciado em 1997 por jovens moradores, é um dos marcos culturais da favela. Trata-se de uma maquete de 450 metros quadrados que reproduz, em miniatura, a vida nas favelas cariocas, utilizando tijolos e materiais recicláveis. O projeto ganhou reconhecimento internacional, servindo como ferramenta educativa e artística para desmistificar estereótipos sobre as favelas.

Além disso, a favela abriga o Favela Brass[4], uma escola de música gratuita fundada em 2013 pelo inglês Tom Ashe. A iniciativa oferece aulas de instrumentos de sopro para crianças e adolescentes, promovendo a inclusão social por meio da música. Em 2016, os alunos se apresentaram na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Vídeo Tom Ashe é britânico e fundou o Favela Brass em 2014 na comunidade do Pereirão

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

Localização Estratégica: Situada entre os bairros de Laranjeiras e Santa Teresa, a favela oferece vistas panorâmicas da cidade, atraindo turistas interessados em conhecer a realidade local e participar de atividades culturais.


Reconhecimento Internacional: O Projeto Morrinho já foi exibido em diversos países, incluindo participações na Bienal de Veneza, destacando-se como símbolo da criatividade e resistência das favelas cariocas.


Engajamento Comunitário: A associação de moradores desempenha papel ativo na promoção de melhorias e na organização de eventos que fortalecem a identidade local e a coesão social.

Ver também[editar | editar código-fonte]