Santa Etelvina
Santa Etelvina é um bairro do município brasileiro de Manaus, capital do estado do Amazonas. Localiza-se na Zona Norte da cidade. De acordo com estimativas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (SEDECTI), sua população era de 36.043 habitantes em 2022.
Autoria: Informações do verbete reproduzidas, pela Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a partir da Wikipedia (ver Referências).
Surgimento[editar | editar código-fonte]
O bairro Santa Etelvina, antes conhecido apenas como quilômetro 16 da Am-010, estrada que liga Manaus a Itacoatiara, surgiu com a iniciativa de caseiros da região. Em 1979, vários grupos de pessoas do interior do Amazonas vieram para trabalhar em Manaus e, ao contrario de que muitos dizem, Santa Etelvina não foi fruto de invasão, mas sim de um loteamento. Em pouco tempo, o local que parecia distante da cidade, reservado apenas para grandes sítios particulares, foi sendo habitado. Nasciam também os primeiros caminhos que viriam a se tornar ruas já com um nome de batismo de Santa Etelvina. O levantamento das primeiras casas tornou inevitável o crescimento da região. A partir daí, a terra foi dividida em duas áreas distintas. Uma parte pertencia a Bayma Diniz, e a outra parte era de um proprietário conhecido pelos moradores somente como Osmar. A mesma área servia para retirada de areia e barro, comercializados na construção civil no bairro e em vários pontos da cidade.
As terras próximas à igreja de Santa Etelvina, conhecidas popularmente como "ferro de engomar" eram devolutas até então. A antiga moradora Elizabete Beltrão, a Dona Zita, também reclamava a posse das terras, afirmando já que cultivava hortaliças no local há algum tempo. Ela mesma dividiu as terras entre algumas famílias, e foi no local que os caseiros resolveram iniciar o bairro. Foi a partir desse momento que o citado Osmar começou a reivindicar, e dizer que as terras lhe pertenciam. Segundo os moradores mais antigos, toda a área do conhecido "ferro de engomar" foi cercada, gerando um conflito com a polícia.
Conheça mais sobre o Santa Etelvina abaixo:
Em 1982, Dona Zita, seu Salviano Barbosa de Abreu, dona Odinéia, dona Geralda e alguns outros foram ao Instituto de Terras do Amazonas - ITERAM, para descobrir de quem eram as terras. Lá eles foram informados de que poderiam começar a construir as casas.
Os moradores começaram a construir casinhas singelas de madeira e logo a situação da área conhecida por uns como Vila Paxiuba e por outros como Vila Santa Etelvina (havia a grande área chamada de vila rica que se localizava entre as avenidas 7 de Maio e a Nossa Senhora de Fatima), foi regularizada. Segundo o Diário Oficial, Santa Etelvina foi oficializada à categoria de bairro em 1984. Com a liberação da área, aproximadamente 150 famílias tiveram o direito de construir casa.
Religiosidade[editar | editar código-fonte]
Em homenagem à Santa padroeira do bairro, os moradores resolveram construir uma igreja para que fosse batizada com o seu nome. Porém não conseguiram apoio da igreja católica porque, apesar de ser considerada santa pela fé popular, ela não é canonizada pela igreja, não sendo oficialmente santa. Mesmo assim, os moradores não desistiram, sem muitos recursos e ajuda, eles ergueram a Igreja de Santa Etelvina. Segundo populares, o padre Juliano teria dito que "galinha criava dente, mas essa igreja não sairia". Esse mesmo padre, arrependido e muito emocionado, realizou a primeira missa. Como Santa Etelvina não é canonizada, não pode ser a padroeira do bairro.
A solução encontrada foi colocar o nome de Santa Etelvina, referindo-se à igreja do bairro. A padroeira do bairro é Nossa Senhora do Imaculado Coração de Maria. Existem ainda outras quatro igrejas católicas no bairro: Imaculado Coração de Maria, Nossa Senhora da Conceição, Santo Antônio e Nossa Senhora de Fátima. Com o desenvolvimento do bairro iniciou uma proliferação de novas doutrinas cristãs, com o crescimento de templos das igrejas evangélicas, que vão surgindo e se criando neste ambiente de gente sofrida que procura conforto e esperança, e encontram nas congregações protestantes.
Há rumores no bairro também quanto à existência de um centro de Umbanda, um terreiro, mas como é grande o preconceito com os adeptos da Umbanda e do Candomblé, eles permanecem anônimos.
Bairro com três comunidades[editar | editar código-fonte]
Dividido em três comunidades (Vera Cruz, 14 Bis e Monte Alegre) e vários conjuntos habitacional anexados ao bairro de Santa Etelvina, o bairro tem uma boa estrutura e é considerado pelos moradores um bom lugar para viver. Porém, os problemas ainda existem.
Com o aumento da população, o bairro cresce de forma absurda economicamente e populacional, a demanda de estudantes também cresceu e as escolas se multiplicam a cada ano no bairro. Ainda referente aos serviços de utilidade pública, o bairro possui duas delegacias: o 12º Distrito Policial e a de Combate às Galeras. O mesmo também possui o maior shopping da região norte do Brasil. O transporte coletivo cada dia que passa dá uma melhorada e já a planos da construção de um terminal de ônibus no bairro chamado de t6 de. Quanto ao lazer, o bairro não possui praças mas tem clubes e casas noturnas. inclusive grandes centros de compras com cinema etc. Há também festas e o festival folclórico de Santa Etelvina que é realizado em junho, além dos arraiais que acontecem nas comunidades e escolas, quando fazem festas de formandos e outras atividades escolares.
Possui também o CCA (Centro de Capacitação de Atletas), onde há quadra, campo e piscina para atividades esportivas para a população do bairro e adjacências. A atividade comercial do bairro concentra-se principalmente no Loteamento na área que era conhecia como Villa Rica onde há o centro profissionalizante grupo sucesso e digital da Amazonia na 7 de maio. Encontram-se lá mercados, padarias, drogarias, restaurantes, lojas de materiais de construção. A maioria do comércio é feita de estabelecimentos de pequenos e médio portes.
Localização[editar | editar código-fonte]
O bairro de Santa Etelvina tem a superfície de 917.98 hectares e está localizado na Zona Norte de Manaus. Faz fronteira com os bairros da Cidade Nova, Monte das Oliveiras, Terra Nova e Tarumã.
Integram o bairro: os conjuntos Cidadão Manauara I, Parque Cidadão XII e Residencial Deus é Fiel; os loteamentos Rio Piorini I a IV (parcialmente), Agnus Dei, Jardim Raquel, Jardim Fortaleza 1 e Jardim Santa Tereza, além de alguns poucos condomínios ali situados.
Quanto ao transporte, Santa Etelvina é servido pela empresa de ônibus Grupo Eucatur Urbano e Açaí transporte Com as linhas 029,030, 041,044,307,315 e 560.