Wikifavelas:Núcleo Piratininga de Comunicação

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco

Autoria: Núcleo Piratininga de Comunicação

 

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O Núcleo Piratininga de Comunicação, NPC, é uma escola de formação política com ênfase na comunicação e na história das lutas dos trabalhadores e das lutas sociais. É um centro independente e plural voltado para sindicatos, movimentos sociais e coletivos autônomos.

O NPC é constituído por um grupo de comunicadores, jornalistas, professores universitários, artistas gráficos, ilustradores e fotógrafos que trabalham com o objetivo de melhorar a comunicação, tanto de movimentos comunitários ou populares, quanto de sindicatos e outros coletivos. Temos realizado esta tarefa de forma ininterrupta há mais de 20 anos, principalmente através de cursos, palestras e seminários e produção de materiais de formação e informação.

Acreditamos que os trabalhadores e os setores populares precisam aperfeiçoar-se constantemente em sua comunicação para alcançar seu objetivo de construção de uma nova sociedade. Apresentamos a esses grupos sociais nossos conhecimentos adquiridos por meio da nossa formação específica e da nossa prática social.

As atividades do NPC remontam a 1992 e o acúmulo destas culminou na sua formalização jurídica em 1997, tornando-se uma organização civil sem fins lucrativos, legalmente constituída, com sede no Rio de Janeiro e atuação nacional. Temos uma estrutura jurídica formada por uma Diretoria e um Conselho de Membros do NPC em vários estados do País (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Ceará).

Capacitamos e promovemos a comunicação popular, em todo o território nacional, para grupos interessados em melhorar sua comunicação: do jornal impresso à Internet, da oratória ao uso do rádio e do vídeo.

Nosso objetivo central é melhorar a comunicação dos trabalhadores para construir um mundo com justiça e sem exclusão. O ponto de partida é a certeza de que sem comunicação não há possibilidade de os trabalhadores lutarem para alcançar a hegemonia política na sociedade.

Entre as atividades que desenvolvemos estão a edição de livros, cartilhas, jornais e revistas com temas de interesse da classe trabalhadora; a pesquisa, a edição e a produção, anual, de um livro-agenda temático; a realização do Curso de Comunicação Popular; a produção e realização do Festival da Comunicação Sindical e Popular; e o Curso Anual do NPC.

Temos forte ligação com os Sindicatos dos Professores das escolas públicas, professores das universidades públicas, servidores públicos em geral, engenheiros, metalúrgicos, eletricitários, trabalhadores da ciência e tecnologia, petroleiros, entre outros.

Assim como com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST); Movimento de Comunidades Populares (MCP), Rede de Comunidades Contra a Violência; Pastoral de Favelas do Rio de Janeiro, Cursinho Vito Giannotti (SP), Ocupação Vito Giannotti, com a comunicação popular em geral que se desenvolve em diversas favelas do Rio de Janeiro e com a imprensa alternativa produzida no Brasil, como o Jornal Popular, de Brasília; o Brasil de Fato, do Rio e de Curitiba; o jornal Vias de Fato, do Maranhão, o jornal Terra Sem Males, de Curitiba e o jornal nacional, produzido em Feira de Santana (BA), Vozes das Comunidades. E, obviamente, os produzidos no Rio de Janeiro. Recentemente nos aproximamos e estamos estabelecendo parceria com a Abraço (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias).

Muitos são os que nos procuram para atuação em conjunto. Desde coletivos locais de comunicação popular, passando por núcleos de comunicação das universidades, a Comissões de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seção-RJ.

Outro forte grupo de apoio que temos é formado por intelectuais, como professores universitários da área de comunicação, sociologia e História que nos ajudam na formulação de políticas e ministrando aulas. Somo referência para eles pelo respeito que adquirimos no moimento sindical e popular.

Nossa participação nesses movimentos se dá sempre a partir da comunicação como ferramenta na luta dos mais desfavorecidos por seus direitos. Ou seja, os incentivamos a se organizar e ajudamos a divulgar suas questões, seja ecoando para a imprensa, seja através de publicações produzidas pelos próprios movimentos. O protagonismo é dos movimentos sociais.