Cidade Multicêntrica: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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  '''Autoria:''' Adair Rocha<ref>Adair Rocha é professor da PUC-Rio e da UERJ, diretor do Departamento Cultural da UERJ e autor de 'Cidade Cerzida'.</ref> &nbsp;
  Autoria: Adair Rocha<ref>Adair Rocha é professor da PUC-Rio e da UERJ, diretor do Departamento Cultural da UERJ e autor de 'Cidade Cerzida'.</ref>  
<p style="text-align: justify;">Da cidade partida à cerzida, passando pelas diversas expressões da literatura e &nbsp;do imaginário da cidade, estamos na direção da ampliação do significado de cidadania.&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">Nosso ponto focal se amplia a cada dia, na medida da organicidade que quebra os grilhões bidimensionais, quando centro e periferia já não dá conta da potência que emerge de cada território. Na pluralidade e na diversidade da significação multicêntrica da cidade, quando potência e fragilidade atingem todos os seus polos.</p> <p style="text-align: justify;">A perspectiva multicêntrica torna mais evidente o caráter cidadão das favelas e periferias. Na evidência das ausências e incompletudes da atuação dos Estados e dos governos, como ocorreu nesse tempo histórico da pandemia do Covid19.&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">Nesse caso, a desigualdade social, o não atendimento sanitário e o não provimento de alimentos, escancara os limites orçamentários e administrativos. &nbsp;Sobressai nesses territórios, o poder da articulação dos grupos locais com as instituições e movimentos da sociedade e da cidade. Quando se aproxima direito e ACESSO, constata-se o óbvio: Favela é Cidade, Racismo é pandemia, Cultura é significação e Comunicação é Comunitária e em rede.</p>
Da cidade partida à cerzida, passando pelas diversas expressões da literatura e &nbsp;do imaginário da cidade, estamos na direção da ampliação do significado de cidadania.&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">Nosso ponto focal se amplia a cada dia, na medida da organicidade que quebra os grilhões bidimensionais, quando centro e periferia já não dá conta da potência que emerge de cada território. Na pluralidade e na diversidade da significação multicêntrica da cidade, quando potência e fragilidade atingem todos os seus polos.</p> <p style="text-align: justify;">A perspectiva multicêntrica torna mais evidente o caráter cidadão das favelas e periferias. Na evidência das ausências e incompletudes da atuação dos Estados e dos governos, como ocorreu nesse tempo histórico da pandemia do Covid19.&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">Nesse caso, a desigualdade social, o não atendimento sanitário e o não provimento de alimentos, escancara os limites orçamentários e administrativos. &nbsp;Sobressai nesses territórios, o poder da articulação dos grupos locais com as instituições e movimentos da sociedade e da cidade. Quando se aproxima direito e ACESSO, constata-se o óbvio: Favela é Cidade, Racismo é pandemia, Cultura é significação e Comunicação é Comunitária e em rede.


== Notas e referências ==
 
[[Category:Temática - Sociabilidade]][[Category:Direitos]][[Category:Direito à cidade]][[Category:Racismo]][[Category:Diversidade]]
[[Categoria:Temática - Sociabilidade]]
[[Categoria:Direitos]]
[[Categoria:Direito à cidade]]
[[Categoria:Diversidade]]
[[Categoria:Racismo]]

Edição atual tal como às 09h07min de 17 de junho de 2024

Autoria: Adair Rocha[1] 

Da cidade partida à cerzida, passando pelas diversas expressões da literatura e  do imaginário da cidade, estamos na direção da ampliação do significado de cidadania. 

Nosso ponto focal se amplia a cada dia, na medida da organicidade que quebra os grilhões bidimensionais, quando centro e periferia já não dá conta da potência que emerge de cada território. Na pluralidade e na diversidade da significação multicêntrica da cidade, quando potência e fragilidade atingem todos os seus polos.

A perspectiva multicêntrica torna mais evidente o caráter cidadão das favelas e periferias. Na evidência das ausências e incompletudes da atuação dos Estados e dos governos, como ocorreu nesse tempo histórico da pandemia do Covid19. 

Nesse caso, a desigualdade social, o não atendimento sanitário e o não provimento de alimentos, escancara os limites orçamentários e administrativos.  Sobressai nesses territórios, o poder da articulação dos grupos locais com as instituições e movimentos da sociedade e da cidade. Quando se aproxima direito e ACESSO, constata-se o óbvio: Favela é Cidade, Racismo é pandemia, Cultura é significação e Comunicação é Comunitária e em rede.

  1. Adair Rocha é professor da PUC-Rio e da UERJ, diretor do Departamento Cultural da UERJ e autor de 'Cidade Cerzida'.