Atinúké – Sobre o Pensamento de Mulheres Negras: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
(editando)
(Sem diferença)

Edição das 09h46min de 17 de abril de 2022

Verbete produzido pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir das redes oficiais da coletiva.

Atinúké – Sobre o Pensamento de Mulheres Negras (Porto Alegre – RS)

'Atinuké’ - Grupo de estudos sobre o pensamento de mulheres negras. O nome do grupo é da língua Iorubá, e significa ‘Aquela que merece carinho desde a gestação’

Sobre

Sobre - Atinúké


Origem do termo: nígero-congolesa. Foi designado para Tatiana Machado ao ser iniciada no Batuque. Assim como a história e a cultura da matriz africana de valorização dos legados, a semente das Atinúkés germinou; sua luta criou raízes africanas em Porto Alegre, e a sua influência fez florescer o Grupo de Estudos sobre o Pensamento de Mulheres Negras Atinúké e, posteriormente, o Coletivo Atinúké.

Este grupo foi cuidadosamente idealizado por Fernanda Oliveira, Giane Vargas Escobar e Nina Fola, tendo como fio condutor a energia de movimento e compartilhamento legada a nós pela nossa 'Atinuké’ primeira, Tatiana Renata Machado. Muito mais que uma religião, uma forma de viver assentada na matriz africana, a partir do espaço do terreiro e permeando toda a forma de ser e estar no mundo. Desta forma, valorizamos nossas e nossos antepassados e os valores ancestrais legados/compartilhados e mesmo os negados que nos chegam através de nossas irmãs.

A seleção da primeira composição do grupo se deu via inscrição, de 30 mulheres negras para participar do grupo, em agosto de 2016. A idealização foi abraçada por aquelas que querem romper com as amarras que nos aprisionam e querem construir um mundo capaz de equilibrar pluralidade e justiça social sem negar a negritude em suas múltiplas formas. Para tal, compartilhamos escritas de mulheres negras sobre assuntos que refletem/compõem as nossas existências – são também nossas e significam o nós por nós enquanto filosofia que nos ilumina-, buscamos contemplar pensamentos – e ações - para além da cultura estritamente escrita e/ou acadêmica, abarcando poesias, músicas, dança, expressões visuais e formas de conhecimentos outras conduzidas sempre em diálogo com os pressupostos civilizatórios da Matriz Africana.

O grupo de mulheres negras se reúne a cada 21 dias, em Porto Alegre, no Espaço Escola Africanamente – Ponto de Cultura. Desenvolvemos ainda atividades abertas no referido espaço, compondo as do Ponto de Cultura e em parceria com outros espaços, como o Centro de Referência do Negro – Nilo Feijó.