Estação Marítima da Gamboa: mudanças entre as edições
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(Em 1880, foi inaugurada a Estação Marítima da Gamboa, chamada também de pátio interno da Estação PEDRO II. Em 1928 foi aberto um novo pátio e servia como depósito da locomotiva. Era uma estação que ligava pelo Túnel Ferroviário Gamboa, a Estação Central do Brasil ao Cais do Porto. Entre esse percurso havia os escritórios da rede ferroviária, que futuramente viraria habitação não só para os funcionários, como para outros moradores.) |
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== Inauguração da Estação Marítima == | |||
Em 1880, foi inaugurada a Estação Marítima da Gamboa, chamada também de pátio interno da Estação PEDRO II. Em 1928 foi aberto um novo pátio e servia como depósito da locomotiva. Era uma estação que ligava pelo Túnel Ferroviário Gamboa, a Estação Central do Brasil ao Cais do Porto. Entre esse percurso havia os escritórios da rede ferroviária, que futuramente viraria habitação não só para os funcionários, como para outros moradores. | |||
== História == | |||
Nasceu então a Vila Marítima, que era dividida em duas áreas nesse grande pátio, um lado próximo ao túnel e o outro próximo ao Cemitério dos Ingleses. | |||
O último foi descaracterizado e posteriormente demolido tendo seus moradores ido morar em outros bairros e até Morro da Providência e adjacências, já o outro lado resiste até hoje (2019). Vila esta composta por casarões intactos da época de 1889-1928. | |||
[[Category:Gamboa]][[Category:Memória]][[Category:História de favela]][[Category:Urbanização]] | Como havia à época o tráfico de pessoas que foram trazidas e escravizadas de África para todo território brasileiro, inclusive a região portuária, um desses casarões tem histórias e relatos de antigos moradores herdeiros dos primeiros habitantes dessa vila, que contam relatos de antigos moradores, de que existia uma “Toca” (até o final dos anos 90 e início de 2000 ainda existia) e nela havia grilhões e correntes que eram utilizados para manter as pessoas escravizadas presas e torturá-las. | ||
Hoje não existe mais essa toca porque foi demolida e construído moradia no lugar; mas nos relatos eles contam que quando passavam por aquele local, ouvia-se gritos choros, barulhos dos grilhões, das correntes arrastando e vultos. | |||
== Urbanização == | |||
Após esses longos e longos anos, começa a urbanização da região e a população local foi crescendo absurdamente, os escritórios foram diminuindo até que foram transferidos para outro local. | |||
Essa Vila de casa existe exatamente no mesmo lugar de origem e com a transformação cultural e urbana ganhou no pátio, como vizinha à Vila Olímpica da Gamboa (V.O.G), e recente o prédio do Porto Maravilha e o Centro Integrado de Operação e Manutenção (CIOM) do Veículo Leve sobre Trilhos Carioca (VLT- Carioca) que revitalizou e reabriu o Túnel da Marítima, no qual é utilizado para o percurso do VLT carioca, outros veículos automotivos e conta com a passagem de pedestres. | |||
== Veja também == | |||
*[[Quilombo da Gamboa]] | |||
*[[Ocupação Gamboa]] | |||
[[Category:Gamboa]][[Category:Memória]][[Category:História de favela]][[Category:Urbanização]][[Category:Temática - Urbanização]] | |||
[[Categoria:Rio de Janeiro]] |
Edição atual tal como às 10h23min de 9 de julho de 2023
Autoria: Katia Helena Manhães, CAC Machado de Assis.
Inauguração da Estação Marítima[editar | editar código-fonte]
Em 1880, foi inaugurada a Estação Marítima da Gamboa, chamada também de pátio interno da Estação PEDRO II. Em 1928 foi aberto um novo pátio e servia como depósito da locomotiva. Era uma estação que ligava pelo Túnel Ferroviário Gamboa, a Estação Central do Brasil ao Cais do Porto. Entre esse percurso havia os escritórios da rede ferroviária, que futuramente viraria habitação não só para os funcionários, como para outros moradores.
História[editar | editar código-fonte]
Nasceu então a Vila Marítima, que era dividida em duas áreas nesse grande pátio, um lado próximo ao túnel e o outro próximo ao Cemitério dos Ingleses.
O último foi descaracterizado e posteriormente demolido tendo seus moradores ido morar em outros bairros e até Morro da Providência e adjacências, já o outro lado resiste até hoje (2019). Vila esta composta por casarões intactos da época de 1889-1928.
Como havia à época o tráfico de pessoas que foram trazidas e escravizadas de África para todo território brasileiro, inclusive a região portuária, um desses casarões tem histórias e relatos de antigos moradores herdeiros dos primeiros habitantes dessa vila, que contam relatos de antigos moradores, de que existia uma “Toca” (até o final dos anos 90 e início de 2000 ainda existia) e nela havia grilhões e correntes que eram utilizados para manter as pessoas escravizadas presas e torturá-las.
Hoje não existe mais essa toca porque foi demolida e construído moradia no lugar; mas nos relatos eles contam que quando passavam por aquele local, ouvia-se gritos choros, barulhos dos grilhões, das correntes arrastando e vultos.
Urbanização[editar | editar código-fonte]
Após esses longos e longos anos, começa a urbanização da região e a população local foi crescendo absurdamente, os escritórios foram diminuindo até que foram transferidos para outro local.
Essa Vila de casa existe exatamente no mesmo lugar de origem e com a transformação cultural e urbana ganhou no pátio, como vizinha à Vila Olímpica da Gamboa (V.O.G), e recente o prédio do Porto Maravilha e o Centro Integrado de Operação e Manutenção (CIOM) do Veículo Leve sobre Trilhos Carioca (VLT- Carioca) que revitalizou e reabriu o Túnel da Marítima, no qual é utilizado para o percurso do VLT carioca, outros veículos automotivos e conta com a passagem de pedestres.