Atlas da Violência 2020 (pesquisa): mudanças entre as edições
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Edição atual tal como às 15h44min de 21 de agosto de 2023
O Atlas da Violência 2020 é produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)[Notas 1] em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)[Notas 2], sob a coordenação do pesquisador Daniel Cerqueira (DIEST/IPEA) e da pesquisadora Samira Bueno (FBSP).
O Atlas trabalha dados do Brasil inteiro, com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, e analisa a conjuntura da violência, os números e o perfil de homicídios, a violência contra jovens, mulheres, negros(as), LGBTQIA+, o cenário das armas de fogo, as mortes violentas e as políticas públicas de segurança.
Autoria: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Edição 2020[editar | editar código-fonte]
Nesta edição, o Atlas da Violência 2020 aponta alta de 26% nas mortes que ficaram sem esclarecimento e não entraram em estatísticas de homicídios em 2018. O número indica uma piora substancial na qualidade dos dados de mortalidade. Além disso, os dados demonstram que assassinatos de negros (pretos e pardos) cresceram 11,5% em 10 anos. Ao mesmo tempo, entre 2008 e 2018, período avaliado, a taxa entre não-negros (brancos, amarelos e indígenas) fez o caminho inverso, apresentando queda de 12,9%.
Outra evidência do racismo estrutural na realidade brasileira dos dados e mortes é que, na década examinada, constatou-se uma redução de 11,7% na taxa de feminicídios de vítimas não-negras, ao mesmo tempo em que a relativa a vítimas negras subiu 12,4%.
No que diz respeito à juventude, ao todo, 30.873 jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos foram mortos, quantidade que equivale a 53,3% dos registros. No intervalo de 2008 a 2018, observou-se um aumento de 13,3% na taxa de jovens mortos, que passou de 53,3 homicídios a cada 100 mil jovens para 60,4. Os homicídios foram a principal causa dos óbitos da juventude masculina, representando 55,6% das mortes de jovens entre 15 e 19 anos; 52,3% entre o grupo com faixa etária de 20 a 24 anos; e 43,7% daqueles com idade entre 25 e 29 anos.
Para saber mais: Agência Brasil.
Publicação completa[editar | editar código-fonte]