Suelene Ferreira Santos (Entrevista): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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  Autora: [https://wikifavelas.com.br/index.php/Usu%C3%A1ria:Juliana.Garrido Juliana Garrido]
  Autoria: Suelene e Vera Lúcia (entrevistadas) [https://wikifavelas.com.br/index.php/Usu%C3%A1ria:Juliana.Garrido Juliana Garrido (entrevistadora)]


== Projeto ==
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Luciene e sua irmã, Vera Lúcia, relembram dos afazeres em casa, da divisão dos afazeres da casa, e lembram que uma das obrigações era buscar água, já que não havia encanação e nenhuma outra forma de saneamento, pavimentação e iluminação. Elas afirmaram acompanhar a evolução da Vila Operária, a partir de um político chamado Zito, com iluminação e regularização das escadas da favela. Se percebe na entrevista a maneira cômica de lidar com a situação para aliviar a tensão de viver em um local com pouca infraestrutura.
Luciene e sua irmã, Vera Lúcia, relembram dos afazeres em casa, da divisão dos afazeres da casa, e lembram que uma das obrigações era buscar água, já que não havia encanação e nenhuma outra forma de saneamento, pavimentação e iluminação. Elas afirmaram acompanhar a evolução da Vila Operária, a partir de um político chamado Zito, com iluminação e regularização das escadas da favela. Se percebe na entrevista a maneira cômica de lidar com a situação para aliviar a tensão de viver em um local com pouca infraestrutura.


A escola também foi ponto chave para a criação e formação das irmãs, Suelene narra a forma que professores ajudavam na criação, no cuidado e correção, funcionando como um agente educador ativo. Suelene também conta que tinha vontade de cursar faculdade pois sempre gostou de estudar. Com conhecimento em contabilidade, administração e finanças. Incentivada pela mãe, Suelene fazia cursos complementares, como os cursos do Senac, além de sempre compartilhar ensinamentos valiosos relacionados a comportamentos que auxiliam os filhos no mercado de trabalho.Dona Anastácia Ferreira Santos, nascida na Bahia em 1953, sua mãe, trabalhava como doméstica e costureira, o que a garantiu o sustento da família.
A escola também foi ponto chave para a criação e formação das irmãs, Suelene narra a forma que professores ajudavam na criação, no cuidado e correção, funcionando como um agente educador ativo. Suelene também conta que tinha vontade de cursar faculdade pois sempre gostou de estudar. Com conhecimento em contabilidade, administração e finanças. Incentivada pela mãe, Suelene fazia cursos complementares, como os cursos do Senac, além de sempre compartilhar ensinamentos valiosos relacionados a comportamentos que auxiliam os filhos no mercado de trabalho. Dona Anastácia Ferreira Santos, nascida na Bahia em 1953, sua mãe, trabalhava como doméstica e costureira, o que a garantiu o sustento da família.


Com relação à Vila Operária, Suelene narra que seu Barbosa foi uma figura importante para as autoconstruções na comunidade. Zito, político, também auxiliou no desenvolvimento de VO. A relação da família com a Vila Operária era de enorme afeto, Dona Anastácia, por exemplo, não saiu da favela nem quando os filhos adultos compraram um apartamento em outros bairros. Em questão de escritura, Suelene conta que a regularização não deu em nada. Suelene afirma que a propriedade, para ela, é algo que é próprio de alguém, reafirma que a casa pertence a sua família pois todos foram criados ali, pagam os impostos, e se firmaram naquele local há muito tempo. Quando perguntadas sobre a relação com a Vila Operária, Vera e Suelene contam que aquele lugar é o que elas entendem como lar, já que toda a sua família mora no mesmo lugar.
Com relação à Vila Operária, Suelene narra que seu Barbosa foi uma figura importante para as autoconstruções na comunidade. Zito, político, também auxiliou no desenvolvimento de VO. A relação da família com a Vila Operária era de enorme afeto, Dona Anastácia, por exemplo, não saiu da favela nem quando os filhos adultos compraram um apartamento em outros bairros. Em questão de escritura, Suelene conta que a regularização não deu em nada. Suelene afirma que a propriedade, para ela, é algo que é próprio de alguém, reafirma que a casa pertence a sua família pois todos foram criados ali, pagam os impostos, e se firmaram naquele local há muito tempo. Quando perguntadas sobre a relação com a Vila Operária, Vera e Suelene contam que aquele lugar é o que elas entendem como lar, já que toda a sua família mora no mesmo lugar.

Edição das 13h29min de 19 de setembro de 2023

Autoria: Suelene e Vera Lúcia (entrevistadas) Juliana Garrido (entrevistadora)

Projeto

O presente verbete faz parte da pesquisa: “Memória, propriedade e moradia: os usos políticos do passado como luta pelo direito á cidade em uma favela de Duque de Caxias” desenvolvida pela UERJ-FEBEF -Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, coordenada por Mauro Amoroso, a pesquisa é composta por aluno da graduação, são eles: Juliana de Abreu, Paula Noronha, Juliana da Silva, Nathalia Knopp e André Amorim. A Vila Operária é uma favela localizada no Município de Duque de Caxias situada no 1° distrito na Baixada Fluminense. O processo de ocupação e formação da Favela ocorreu através de um processo continuo de luta dos moradores de uma forma politica e coletiva.

Resumo da entrevista

A entrevista com a filha de Dona Anastácia, Suelene, com a participação de sua irmã Vera Lúcia, narra a trajetória de uma entre as pioneiras na ocupação e construção da Vila Operária, mãe de ambas. Suelene, moradora nascida e criada na Vila Operária narra em seu depoimento suas vivências na favela situada em Duque de Caxias. Suelene inicia a entrevista relembrando a história de sua mãe, que veio para o Rio de Janeiro pois sabia que havia espaço para ocupação e encontrou ali uma alternativa para criar seus filhos. A entrevistada narra que foram as únicas da família a viver em outra cidade e da formação de laços onde foram criadas.

Suelene narra detalhes de sua infância, narrando a dificuldade encontrada no cotidiano dela e de sua irmã, Vera Lúcia. No entanto, a entrevistada também rememora momentos de lazer, como nos jogos de futebol com a confraternização entre a comunidade, como afirma a mesma. Cuidadas pela vizinha, as irmãs contam das brincadeiras e obrigações que aprenderam com a mãe. “Minha mãe foi pai, foi vó, foi tudo.” Elas retratam a mãe com muito carinho, relembrando do fato da mesma gostar de fotografias e em como Suelene não se identifica com essa característica. Elas também afirmam a simplicidade da felicidade ainda sob condições adversas de dificuldades. Infância regada a brincadeiras e corridas, e também muitas travessuras.

Luciene e sua irmã, Vera Lúcia, relembram dos afazeres em casa, da divisão dos afazeres da casa, e lembram que uma das obrigações era buscar água, já que não havia encanação e nenhuma outra forma de saneamento, pavimentação e iluminação. Elas afirmaram acompanhar a evolução da Vila Operária, a partir de um político chamado Zito, com iluminação e regularização das escadas da favela. Se percebe na entrevista a maneira cômica de lidar com a situação para aliviar a tensão de viver em um local com pouca infraestrutura.

A escola também foi ponto chave para a criação e formação das irmãs, Suelene narra a forma que professores ajudavam na criação, no cuidado e correção, funcionando como um agente educador ativo. Suelene também conta que tinha vontade de cursar faculdade pois sempre gostou de estudar. Com conhecimento em contabilidade, administração e finanças. Incentivada pela mãe, Suelene fazia cursos complementares, como os cursos do Senac, além de sempre compartilhar ensinamentos valiosos relacionados a comportamentos que auxiliam os filhos no mercado de trabalho. Dona Anastácia Ferreira Santos, nascida na Bahia em 1953, sua mãe, trabalhava como doméstica e costureira, o que a garantiu o sustento da família.

Com relação à Vila Operária, Suelene narra que seu Barbosa foi uma figura importante para as autoconstruções na comunidade. Zito, político, também auxiliou no desenvolvimento de VO. A relação da família com a Vila Operária era de enorme afeto, Dona Anastácia, por exemplo, não saiu da favela nem quando os filhos adultos compraram um apartamento em outros bairros. Em questão de escritura, Suelene conta que a regularização não deu em nada. Suelene afirma que a propriedade, para ela, é algo que é próprio de alguém, reafirma que a casa pertence a sua família pois todos foram criados ali, pagam os impostos, e se firmaram naquele local há muito tempo. Quando perguntadas sobre a relação com a Vila Operária, Vera e Suelene contam que aquele lugar é o que elas entendem como lar, já que toda a sua família mora no mesmo lugar.

A entrevista com a filha de Dona Anastácia, Suelene, com a participação de sua irmã Vera Lúcia, narra a trajetória de uma entre as pioneiras na ocupação e construção da Vila Operária e é cercada de carinho, afeto e histórias que nos permitem conhecer a história da família em questão, além de contribuir para o entendimento de como se deu a criação da favela de Vila Operária.