Paulo Cândido (entrevista): mudanças entre as edições
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A entrevista faz parte da pesquisa: “Memória, propriedade e moradia: os usos políticos do passado como luta pelo direito á cidade em uma favela de Duque de Caxias” desenvolvida pela UERJ-FEBEF - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense. O Material de pesquisa foi gentilmente cedido ao Dicionário de Favelas Marielle Franco em sua íntegra. | A entrevista faz parte da pesquisa: “Memória, propriedade e moradia: os usos políticos do passado como luta pelo direito á cidade em uma favela de Duque de Caxias” desenvolvida pela UERJ-FEBEF - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense. O Material de pesquisa foi gentilmente cedido ao Dicionário de Favelas Marielle Franco em sua íntegra. | ||
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== Resumo da Entrevista == | == Resumo da Entrevista == | ||
Paulo cresceu no Rio de Janeiro, em Vaz Lobo, mas mudou-se para a Vila Operária aos 14 anos. Sua infância foi cheia de brincadeiras de rua, principalmente futebol. Ele ajudou a construir a casa da sua família, participando ativamente, inclusive removendo um barranco do terreno. | |||
Antes de se mudar para a Vila Operária, Paulo viveu na Paulicéia e passava as férias na casa da sua tia. Após a morte da mãe, ele morou com parentes em Vaz Lobo até o pai se casar novamente. Sua convivência com a madrasta foi positiva, tornando-se uma figura materna para ele. | |||
Na Vila Operária, a vida era simples, com a família colaborando em tarefas domésticas. Paulo destacou desafios no fornecimento de água, principalmente nos últimos 15 anos, e lembrou de usar um poço na época mencionada por Kátia. O transporte era feito principalmente a pé, mesmo havendo a opção de ônibus, e Paulo frequentava a casa da tia em Vaz Lobo. | |||
Ao longo dos anos, a Vila Operária passou por mudanças. No início, era um lugar espaçoso com atividades comunitárias, como esportes e festas. Paulo mencionou um morador, Mauricio, que organizava esses eventos. | |||
Na adolescência, Paulo começou o ensino médio no Dulce Petri no Beira Mar, mas interrompeu para seguir a carreira militar como cozinheiro na Marinha, onde permaneceu até 2014. Ele viajou para diferentes lugares devido à sua carreira e acabou envolvido na administração e coordenação das atividades na cozinha. | |||
Paulo também compartilhou que a comunicação sobre o futuro entre os jovens na Vila Operária era limitada, e as perspectivas variavam. Poucos tinham planos definidos, mas sua experiência na carreira militar foi positiva, apesar da falta de interesse geral. | |||
A entrevista abrangeu diversos aspectos da vida de Paulo na Vila Operária, desde sua infância até a vida militar e a abertura de um bar na comunidade durante a pandemia. Mostrou a evolução da comunidade ao longo do tempo e as experiências pessoais de Paulo, oferecendo uma visão abrangente da sua vida. | |||
== Entrevista na Íntegra == | == Entrevista na Íntegra == | ||
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Edição das 16h06min de 12 de dezembro de 2023
A entrevista faz parte da pesquisa: “Memória, propriedade e moradia: os usos políticos do passado como luta pelo direito á cidade em uma favela de Duque de Caxias” desenvolvida pela UERJ-FEBEF - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense. O Material de pesquisa foi gentilmente cedido ao Dicionário de Favelas Marielle Franco em sua íntegra.
Resumo da Entrevista
Paulo cresceu no Rio de Janeiro, em Vaz Lobo, mas mudou-se para a Vila Operária aos 14 anos. Sua infância foi cheia de brincadeiras de rua, principalmente futebol. Ele ajudou a construir a casa da sua família, participando ativamente, inclusive removendo um barranco do terreno.
Antes de se mudar para a Vila Operária, Paulo viveu na Paulicéia e passava as férias na casa da sua tia. Após a morte da mãe, ele morou com parentes em Vaz Lobo até o pai se casar novamente. Sua convivência com a madrasta foi positiva, tornando-se uma figura materna para ele.
Na Vila Operária, a vida era simples, com a família colaborando em tarefas domésticas. Paulo destacou desafios no fornecimento de água, principalmente nos últimos 15 anos, e lembrou de usar um poço na época mencionada por Kátia. O transporte era feito principalmente a pé, mesmo havendo a opção de ônibus, e Paulo frequentava a casa da tia em Vaz Lobo.
Ao longo dos anos, a Vila Operária passou por mudanças. No início, era um lugar espaçoso com atividades comunitárias, como esportes e festas. Paulo mencionou um morador, Mauricio, que organizava esses eventos.
Na adolescência, Paulo começou o ensino médio no Dulce Petri no Beira Mar, mas interrompeu para seguir a carreira militar como cozinheiro na Marinha, onde permaneceu até 2014. Ele viajou para diferentes lugares devido à sua carreira e acabou envolvido na administração e coordenação das atividades na cozinha.
Paulo também compartilhou que a comunicação sobre o futuro entre os jovens na Vila Operária era limitada, e as perspectivas variavam. Poucos tinham planos definidos, mas sua experiência na carreira militar foi positiva, apesar da falta de interesse geral.
A entrevista abrangeu diversos aspectos da vida de Paulo na Vila Operária, desde sua infância até a vida militar e a abertura de um bar na comunidade durante a pandemia. Mostrou a evolução da comunidade ao longo do tempo e as experiências pessoais de Paulo, oferecendo uma visão abrangente da sua vida.