Tia Ira Rezadeira: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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[[Arquivo:Vovó Maria Joana e Clara Nunes .jpg|miniaturadaimagem|Vovó Maria Joana e Clara Nunes, no Morro da Serrinha, em 1980. Domínio Público ]]  
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Considerado um dos quilombos urbanos do Rio, a Serrinha é o mais forte território jongueiro da cidade. O [https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jongo jongo], herança ancestral dos grupos bantos de Angola, costa atlântica sul da África Ocidental, chegou ao Rio com negros escravizados nas fazendas de café do Vale do Paraíba, entre os séculos 16 ao 19. Vovó Maria Joana, seu filho Mestre Darcy do Jongo, Tia Maria do Jongo e Tia Eulália mantiveram a tradição viva por mais de quarenta anos na comunidade.
Considerado um dos quilombos urbanos do Rio, a Serrinha é o mais forte território jongueiro da cidade. O [https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jongo jongo], herança ancestral dos grupos bantos de Angola, costa atlântica sul da África Ocidental, chegou ao Rio com negros escravizados nas fazendas de café do Vale do Paraíba, entre os séculos 16 ao 19. Vovó Maria Joana, seu filho, Mestre Darcy do Jongo, Tia Maria do Jongo e Tia Eulália mantiveram a tradição viva por mais de quarenta anos na comunidade.

Edição das 17h58min de 3 de abril de 2024

Iraci Cardoso dos Santos (31/03/1937), popularmente conhecida como Tia Ira Rezadeira, é uma mulher preta, rezadeira, jongueira, sambista, parteira e uma das matriarcas e representantes, vivas, mais antigas da Umbanda e do Jongo na cidade do Rio de Janeiro. Tia Ira nasceu no Morro da Serrinha, em Madureira, Zona Norte, subúrbio do Rio de Janeiro, onde vive até hoje e no qual teve, e continua tendo, importância fundamental para a comunidade. Tia Ira também é uma das fundadoras da escola de samba mirim Império do Futuro.

Tia Ira em seu quarto de santo durante festa anual realizada no dia 13 de maio, em homenagem aos pretos e pretas-velhas.













Tia Ira é sucessora do legado de Maria Joana Monteiro, conhecida como Vovó Maria Joana Rezadeira (1902-1986), que migrou do interior de Valença, região escravagista do Vale do Café fluminense, para a Serrinha. Vovó Maria Joana foi mãe espiritual de Umbanda, líder comunitária, parteira, jongueira, rezadeira e uma das fundadoras da GRES Império Serrano.

Vovó Maria Joana e Clara Nunes, no Morro da Serrinha, em 1980. Domínio Público

Considerado um dos quilombos urbanos do Rio, a Serrinha é o mais forte território jongueiro da cidade. O jongo, herança ancestral dos grupos bantos de Angola, costa atlântica sul da África Ocidental, chegou ao Rio com negros escravizados nas fazendas de café do Vale do Paraíba, entre os séculos 16 ao 19. Vovó Maria Joana, seu filho, Mestre Darcy do Jongo, Tia Maria do Jongo e Tia Eulália mantiveram a tradição viva por mais de quarenta anos na comunidade.