Ratão Diniz (fotógrafo): mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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'''Ratão Diniz''' é fotógrafo formado pela ''Escola de Fotógrafos Populares'' e até o ano de 2014 foi integrante da agência Imagens do Povo, fundada pelo fotodocumentarista João Roberto Ripper. Vem documentando desde 2007 o projeto Revelando os Brasis, realizado pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e Petrobras. Em paralelo, desenvolve uma alentada documentação fotográfica sobre o cenário do graffiti; que lhe rendeu, inclusive, uma exposição no Centro Cultural Correios, durante o FotoRio 2009.


Autor: '''Ratão Diniz'''  
Além destes projetos é fotógrafo oficial da Semana de Música Antiga da Universidade Federal de Minas Gerais, e vem documentando as favelas do Rio de Janeiro com o objetivo de mostrar essas áreas a partir da ótica do seu próprio morador, através olhar cúmplice, solidário e engajado.
<p style="text-align: right;">''Todo material disponível no presente verbete foi retirado do [https://www.rataodiniz.com.br/ site oficial&nbsp;do fotógrafo Ratão Diniz].'' &nbsp;</p>  
Autoria: Ratão Diniz<ref group="Notas">Todo material disponível no presente verbete foi retirado do [https://www.rataodiniz.com.br/ site oficial&nbsp;do fotógrafo Ratão Diniz]. &nbsp;</ref>
== Biografia ==
 
<p style="text-align: justify;">'''Ratão Diniz''', fotógrafo formado pela ''Escola de Fotógrafos Populares'' e até o ano de 2014 foi integrante da agência Imagens do Povo, fundada pelo fotodocumentarista João Roberto Ripper. Vem documentando desde 2007 o projeto Revelando os Brasis, realizado pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e Petrobras. Em paralelo, desenvolve uma alentada documentação fotográfica sobre o cenário do graffiti; que lhe rendeu, inclusive, uma exposição no Centro Cultural Correios, durante o FotoRio 2009. Além destes projetos é fotógrafo oficial da Semana de Música Antiga da Universidade Federal de Minas Gerais, e vem documentando as favelas do Rio de Janeiro com o objetivo de mostrar essas áreas a partir da ótica do seu próprio morador, através olhar cúmplice, solidário e engajado. A documentação sobre a arte do graffiti no Brasil possibilitou em 2012 a realizar uma residência artística no projeto Rio Occupation London (Londres/UK), e neste mesmo ano participou da exposição “Ginga da Vida" na Sede da Aliança Francesa em Paris. Além destes projetos, já participou de inúmeras mostras fotográficas no Brasil, a mais recente Travessias 2 – Arte Contemporânea na Maré, uma exposição que reúne obras de artistas renomados do país, a mais recente Uga, Uga, Há Há Há - Da Lama ao Bloco, um recorte poético dos últimos 7 anos na história do tradicional Bloco da Lama de Paraty, e também expôs seu trabalho no exterior e tendo seu trabalho publicado em diversos livros e periódicos.</p>  
== Projetos ==
<p style="text-align: justify;">A documentação sobre a arte do graffiti no Brasil possibilitou em 2012 a realizar uma residência artística no projeto Rio Occupation London (Londres/UK), e neste mesmo ano participou da exposição “Ginga da Vida" na Sede da Aliança Francesa em Paris. Além destes projetos, já participou de inúmeras mostras fotográficas no Brasil, a mais recente Travessias 2 – Arte Contemporânea na Maré, uma exposição que reúne obras de artistas renomados do país, a mais recente Uga, Uga, Há Há Há - Da Lama ao Bloco, um recorte poético dos últimos 7 anos na história do tradicional Bloco da Lama de Paraty, e também expôs seu trabalho no exterior e tendo seu trabalho publicado em diversos livros e periódicos.</p>  
== Sobre o trabalho ==
== Sobre o trabalho ==


O fotógrafo possui um trabalho muito importante sobre temas como cultura nas favelas e periferias, com destaque aos ensaios sobre grafitti, manifestações culturais e religiosas das favelas e memória. Para acessar uma parte do seu trabalho, basta acessar o site, na [https://www.rataodiniz.com.br/ensaios/ seção de ensaios]. Destacamos aqui a produção sobre Favela, que é abordada em um de seus ensaios.&nbsp;
O fotógrafo possui um trabalho muito importante sobre temas como cultura nas favelas e periferias, com destaque aos ensaios sobre grafitti, manifestações culturais e religiosas das favelas e memória. Para acessar uma parte do seu trabalho, basta acessar o site, na de histórias que eu conto<ref group="Notas">https://www.rataodiniz.com.br/historias-que-eu-conto/</ref>. Destacamos aqui a produção sobre Favela, que é abordada em um de seus ensaios.&nbsp;


=== A Favela é Cidade&nbsp;&nbsp; ===
=== A Favela é Cidade&nbsp;&nbsp; ===
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Nasci na Nova Holanda, uma das comunidades que compõem o conjunto de favelas da Maré. A favela é um espaço cheio de contrastes: conflitos e amizades, gargalhadas e choros, alegrias e tristezas… Historicamente a grande mídia desconsidera as relações do querer-bem que nós, moradores, temos um com o outro, priorizando a difusão de uma visão estigmatizante de violência e carência sobre a favela e os favelados. No desejo de querer contar a minha versão das histórias vividas (por mim e meus companheiros favelados), entendi o quanto a fotografia é uma ferramenta poderosa. Então, desde 2004, fotografo os espaços populares a partir da ótica de um morador, oferecendo um contrapondo ao imaginário popular criado sobre as periferias, difundido pela mídia hegemônica. Ainda assim, este foi o caminho que sempre desejei: fazer com que a favela se veja – e se reconheça - em minhas fotografias, e que esses trabalhos possam retornar a ela a fim de contribuir na construção da nossa identidade como morador de favela, transmitindo a certeza de que somos parte integrante da cidade e fortalecendo o entendimento de uma cidade que olha pra favela como parte dela, ao invés de marginalizá-la.&nbsp;
Nasci na Nova Holanda, uma das comunidades que compõem o [[Complexo da Maré|conjunto de favelas da Maré]]. A favela é um espaço cheio de contrastes: conflitos e amizades, gargalhadas e choros, alegrias e tristezas… Historicamente a grande mídia desconsidera as relações do querer-bem que nós, moradores, temos um com o outro, priorizando a difusão de uma visão estigmatizante de violência e carência sobre a favela e os favelados. No desejo de querer contar a minha versão das histórias vividas (por mim e meus companheiros favelados), entendi o quanto a fotografia é uma ferramenta poderosa. Então, desde 2004, fotografo os espaços populares a partir da ótica de um morador, oferecendo um contrapondo ao imaginário popular criado sobre as periferias, difundido pela mídia hegemônica. Ainda assim, este foi o caminho que sempre desejei: fazer com que a favela se veja – e se reconheça - em minhas fotografias, e que esses trabalhos possam retornar a ela a fim de contribuir na construção da nossa identidade como morador de favela, transmitindo a certeza de que somos parte integrante da cidade e fortalecendo o entendimento de uma cidade que olha pra favela como parte dela, ao invés de marginalizá-la.&nbsp;
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&nbsp; [[File:Ratão Diniz.png|thumb|center|900px|Imagem da página|link=https://www.rataodiniz.com.br/historias-que-eu-conto/favela-1]]
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=== Folia de Reis - Pertinentes do Santa Marta&nbsp; ===
=== Folia de Reis - Pertinentes do Santa Marta&nbsp; ===


Na Zona Sul, a&nbsp;'''Folia Penitentes do Santa Marta'''&nbsp;é responsável por celebrar a fé junto aos devotos do morro Santa Marta há mais de 60 anos e que teve o grande mestre Zé Diniz à frente desse reisado a muitos anos, e hoje seu filho, José Henrique Silva – conhecido como Mestre Riquinho, assumi essa importantíssima função para manter viva essa tradição no morro. A Penitentes inicia sua jornada no dia 25 de dezembro se apresentando na própria comunidade Santa Marta e outras favelas cariocas como Rocinha, Cidade de Deus, Tavares Bastos, Chapéu Mangueira ... &nbsp;que recebem com alegria e fé o grupo de mais de meio século de vida. </article> </section>
Na Zona Sul, a&nbsp;'''[[Folia de Reis - Os Penitentes do Santa Marta|Folia Penitentes do Santa Marta]]'''&nbsp;é responsável por celebrar a fé junto aos devotos do [[Santa Marta Favela|morro Santa Marta]] há mais de 60 anos e que teve o grande mestre Zé Diniz à frente desse reisado a muitos anos, e hoje seu filho, José Henrique Silva – conhecido como Mestre Riquinho, assumi essa importantíssima função para manter viva essa tradição no morro. A Penitentes inicia sua jornada no dia 25 de dezembro se apresentando na própria comunidade Santa Marta e outras favelas cariocas como Rocinha, Cidade de Deus, Tavares Bastos, Chapéu Mangueira ... &nbsp;que recebem com alegria e fé o grupo de mais de meio século de vida.  
 
== Ver também ==
*[[Folia_de_Reis_-_Os_Penitentes_do_Santa_Marta|Folia de Reis]]
*[[Imagens do Coronavírus e as Favelas]]
*[[Galeria de fotos de favelas]]


*Ver também: [[Folia_de_Reis_-_Os_Penitentes_do_Santa_Marta|Folia de Reis]]


[[Category:Temática - Cultura]] [[Category:Temática - Personalidades]] [[Category:Fotografias]] [[Category:Fotógrafo]]
<references group="Notas"/>
[[Category:Temática - Cultura]]
[[Category:Temática - Mídia e Comunicação]]
[[Category:Fotografias]][[Category:Fotógrafo]]
[[Categoria:Rio de Janeiro]]

Edição atual tal como às 18h21min de 19 de junho de 2024

Ratão Diniz é fotógrafo formado pela Escola de Fotógrafos Populares e até o ano de 2014 foi integrante da agência Imagens do Povo, fundada pelo fotodocumentarista João Roberto Ripper. Vem documentando desde 2007 o projeto Revelando os Brasis, realizado pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e Petrobras. Em paralelo, desenvolve uma alentada documentação fotográfica sobre o cenário do graffiti; que lhe rendeu, inclusive, uma exposição no Centro Cultural Correios, durante o FotoRio 2009.

Além destes projetos é fotógrafo oficial da Semana de Música Antiga da Universidade Federal de Minas Gerais, e vem documentando as favelas do Rio de Janeiro com o objetivo de mostrar essas áreas a partir da ótica do seu próprio morador, através olhar cúmplice, solidário e engajado.

Autoria: Ratão Diniz[Notas 1]

Projetos[editar | editar código-fonte]

A documentação sobre a arte do graffiti no Brasil possibilitou em 2012 a realizar uma residência artística no projeto Rio Occupation London (Londres/UK), e neste mesmo ano participou da exposição “Ginga da Vida" na Sede da Aliança Francesa em Paris. Além destes projetos, já participou de inúmeras mostras fotográficas no Brasil, a mais recente Travessias 2 – Arte Contemporânea na Maré, uma exposição que reúne obras de artistas renomados do país, a mais recente Uga, Uga, Há Há Há - Da Lama ao Bloco, um recorte poético dos últimos 7 anos na história do tradicional Bloco da Lama de Paraty, e também expôs seu trabalho no exterior e tendo seu trabalho publicado em diversos livros e periódicos.

Sobre o trabalho[editar | editar código-fonte]

O fotógrafo possui um trabalho muito importante sobre temas como cultura nas favelas e periferias, com destaque aos ensaios sobre grafitti, manifestações culturais e religiosas das favelas e memória. Para acessar uma parte do seu trabalho, basta acessar o site, na de histórias que eu conto[Notas 2]. Destacamos aqui a produção sobre Favela, que é abordada em um de seus ensaios. 

A Favela é Cidade  [editar | editar código-fonte]

Nasci na Nova Holanda, uma das comunidades que compõem o conjunto de favelas da Maré. A favela é um espaço cheio de contrastes: conflitos e amizades, gargalhadas e choros, alegrias e tristezas… Historicamente a grande mídia desconsidera as relações do querer-bem que nós, moradores, temos um com o outro, priorizando a difusão de uma visão estigmatizante de violência e carência sobre a favela e os favelados. No desejo de querer contar a minha versão das histórias vividas (por mim e meus companheiros favelados), entendi o quanto a fotografia é uma ferramenta poderosa. Então, desde 2004, fotografo os espaços populares a partir da ótica de um morador, oferecendo um contrapondo ao imaginário popular criado sobre as periferias, difundido pela mídia hegemônica. Ainda assim, este foi o caminho que sempre desejei: fazer com que a favela se veja – e se reconheça - em minhas fotografias, e que esses trabalhos possam retornar a ela a fim de contribuir na construção da nossa identidade como morador de favela, transmitindo a certeza de que somos parte integrante da cidade e fortalecendo o entendimento de uma cidade que olha pra favela como parte dela, ao invés de marginalizá-la. 

 

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Folia de Reis - Pertinentes do Santa Marta [editar | editar código-fonte]

Na Zona Sul, a Folia Penitentes do Santa Marta é responsável por celebrar a fé junto aos devotos do morro Santa Marta há mais de 60 anos e que teve o grande mestre Zé Diniz à frente desse reisado a muitos anos, e hoje seu filho, José Henrique Silva – conhecido como Mestre Riquinho, assumi essa importantíssima função para manter viva essa tradição no morro. A Penitentes inicia sua jornada no dia 25 de dezembro se apresentando na própria comunidade Santa Marta e outras favelas cariocas como Rocinha, Cidade de Deus, Tavares Bastos, Chapéu Mangueira ...  que recebem com alegria e fé o grupo de mais de meio século de vida.

Ver também[editar | editar código-fonte]


  1. Todo material disponível no presente verbete foi retirado do site oficial do fotógrafo Ratão Diniz.  
  2. https://www.rataodiniz.com.br/historias-que-eu-conto/