Padre Olinto: mudanças entre as edições
(Criou página com 'Morro do Borel Prof. Olinto Antônio Pegoraro, responsável pela formação de gerações de filósofos na PUC-Rio, na UFRJ e na UERJ, onde atuava no...') |
Sem resumo de edição |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
[[Morro_do_Borel|Morro do Borel]] Prof. Olinto Antônio Pegoraro, responsável pela formação de gerações de filósofos na PUC-Rio, na UFRJ e na UERJ, onde atuava nos últimos anos | |||
[[Morro_do_Borel|Morro do Borel]] | |||
Prof. Olinto Antônio Pegoraro, responsável pela formação de gerações de filósofos na PUC-Rio, na UFRJ e na UERJ, onde atuava nos últimos anos, foi pároco na capela Nossa Senhora das Graças, que ajudou a construir no alto do Morro do Borel e da capela São Sebastião, na Chácara do Céu. Teve papel importante nas lutas dos/das moradores/moradoras do Morro do Borel e sempre foi atuante na defesa das causas da favela. | |||
Padre Olinto Pegoraro chegou ao Borel em 1975 com o intuito de atuar junto às massas e “colaborar” com sua conscientização política. A partir de então, manteve uma “convivência tática” com a associação de moradores. Para isso, subiu o morro e deu início à construção de uma capela dentro da favela. Ela serviria como ponto de apoio principal à sua atuação junto aos moradores. | |||
Como padre, participou da organização do Borel e da Chácara do Céu. Teve importante papel em auxiliar a comunicação entre os moradores dos dois territórios. "Eu comecei aqui e, nessa época, o povo não se comunicava. Comecei em 1975, rezando missas embaixo da árvore [...]. A formação do povo é fundamental, a saúde. Nós sempre tivemos um postinho de saúde funcionando por aqui [...]. Temos muitas histórias. A do Cruzeiro, por exemplo. Quando montamos, o cimento estava fresco e caiu e ficou quebrado. Depois consertamos, mas deu uma ventania e caiu de novo. Depois, consertamos mais uma vez, e vieram os militares e cortaram [...]. | |||
Também é importante recordar a enchente de 1988. Aqui desabaram muitas casas e todo mundo ia se refugiar na Igreja, que era pequena [...]. Conseguimos então um dinheiro e fizemos 38 casinhas. Não eram casas boas, mas um quarto e um banheiro, para tirar a pessoa da chuva. E esse dinheiro foi a Fundação Marcelo Cândia que deu [...]. Foi importante mobilizar a comunidade [...]. Outro fato importante foi aquela estrada da travessa Piedade. Era de barro, era um atalho para subir do Borel para a Chácara do Céu. Fizemos nos fins de semana, aos sábados e domingos. Foi uma estrada redentora." | |||
Por ocasião de um artigo publicado em jornal a favor do uso de métodos contraceptivos, é expulso da Igreja Católica. | |||
| |||
[https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/11/29/brasil/38.html https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/11/29/brasil/38.html] |
Edição das 11h42min de 18 de dezembro de 2019
Prof. Olinto Antônio Pegoraro, responsável pela formação de gerações de filósofos na PUC-Rio, na UFRJ e na UERJ, onde atuava nos últimos anos, foi pároco na capela Nossa Senhora das Graças, que ajudou a construir no alto do Morro do Borel e da capela São Sebastião, na Chácara do Céu. Teve papel importante nas lutas dos/das moradores/moradoras do Morro do Borel e sempre foi atuante na defesa das causas da favela.
Padre Olinto Pegoraro chegou ao Borel em 1975 com o intuito de atuar junto às massas e “colaborar” com sua conscientização política. A partir de então, manteve uma “convivência tática” com a associação de moradores. Para isso, subiu o morro e deu início à construção de uma capela dentro da favela. Ela serviria como ponto de apoio principal à sua atuação junto aos moradores.
Como padre, participou da organização do Borel e da Chácara do Céu. Teve importante papel em auxiliar a comunicação entre os moradores dos dois territórios. "Eu comecei aqui e, nessa época, o povo não se comunicava. Comecei em 1975, rezando missas embaixo da árvore [...]. A formação do povo é fundamental, a saúde. Nós sempre tivemos um postinho de saúde funcionando por aqui [...]. Temos muitas histórias. A do Cruzeiro, por exemplo. Quando montamos, o cimento estava fresco e caiu e ficou quebrado. Depois consertamos, mas deu uma ventania e caiu de novo. Depois, consertamos mais uma vez, e vieram os militares e cortaram [...].
Também é importante recordar a enchente de 1988. Aqui desabaram muitas casas e todo mundo ia se refugiar na Igreja, que era pequena [...]. Conseguimos então um dinheiro e fizemos 38 casinhas. Não eram casas boas, mas um quarto e um banheiro, para tirar a pessoa da chuva. E esse dinheiro foi a Fundação Marcelo Cândia que deu [...]. Foi importante mobilizar a comunidade [...]. Outro fato importante foi aquela estrada da travessa Piedade. Era de barro, era um atalho para subir do Borel para a Chácara do Céu. Fizemos nos fins de semana, aos sábados e domingos. Foi uma estrada redentora."
Por ocasião de um artigo publicado em jornal a favor do uso de métodos contraceptivos, é expulso da Igreja Católica.