Afroetnomatemática: mudanças entre as edições
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'''Resgatar a origem africana da matemática, valorizando sua história e aplicabilidade no ensino atual.''' | '''Resgatar a origem africana da matemática, valorizando sua história e aplicabilidade no ensino atual.''' | ||
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Reduzir o déficit educacional em matemática, criando práticas pedagógicas inclusivas e conectadas ao território. | Reduzir o déficit educacional em matemática, criando práticas pedagógicas inclusivas e conectadas ao território. | ||
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Trabalhar com formação continuada para educadores, desmantelando narrativas discriminatórias no ambiente escolar. | Trabalhar com formação continuada para educadores, desmantelando narrativas discriminatórias no ambiente escolar. | ||
Introduzir discussões políticas e sociais através da etnomatemática, promovendo o diálogo sobre temas como panafricanismo, evasão escolar e direito ao lazer na favela. | Introduzir discussões políticas e sociais através da etnomatemática, promovendo o diálogo sobre temas como panafricanismo, evasão escolar e direito ao lazer na favela. | ||
== Sobre o Idealizador: Diego Marcelino == | == Sobre o Idealizador: Diego Marcelino == | ||
'''''"O rolê da minha metodologia afroetnomatemática começa muito antes da sala de aula. Ela nasce da minha sensibilidade e percepção com minha própria história desde a infância, afinal de contas, nada vem de hoje. Tudo é Sankofa!"''''' | '''''"O rolê da minha metodologia afroetnomatemática começa muito antes da sala de aula. Ela nasce da minha sensibilidade e percepção com minha própria história desde a infância, afinal de contas, nada vem de hoje. Tudo é Sankofa!"''''' | ||
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Diego Marcelino dos Santos é formado em Matemática e especialista em Afroetnomatemática, com uma trajetória marcada pela sensibilidade e ação direta no território da Maré. | Diego Marcelino dos Santos é formado em Matemática e especialista em Afroetnomatemática, com uma trajetória marcada pela sensibilidade e ação direta no território da Maré. | ||
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Negro, pai de 3, companheiro da Fernanda e morador do Complexo de Favelas da Maré, Diego escolhe não falar a partir das dores, mas das potências afrocentradas, transformando sonhos em ações concretas que impactam a vida dos alunos. | Negro, pai de 3, companheiro da Fernanda e morador do Complexo de Favelas da Maré, Diego escolhe não falar a partir das dores, mas das potências afrocentradas, transformando sonhos em ações concretas que impactam a vida dos alunos. | ||
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O projeto realiza diversas atividades nas escolas públicas da Maré, com destaque para as Oficinas de Jogos Africanos de Lógica, que introduzem elementos matemáticos de maneira lúdica e conectada à cultura africana. | |||
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Colégio Estadual João Borges: Realização da primeira oficina com jogos como Shisima (Quênia), Mancala e Queah. | |||
EDI Moacyr de Góes: Segunda oficina com o jogo Tsoro Yematatu (Zimbábue), em parceria com @adelaide.r.desouza, que soube conduzir a discussão sobre (in)segurança pública e o direito de brincar na favela. | |||
As atividades não apenas ensinam lógica e raciocínio matemático, mas também incentivam o debate crítico sobre políticas públicas, garantindo que as crianças expressem suas opiniões e reflexões sobre o contexto em que vivem. | |||
== Metodologia e Impacto == | |||
Diego Marcelino dos Santos, articulador local da Maré e educador matemático, coordena as ações com foco no resgate cultural e na construção de um ensino mais inclusivo. | |||
As oficinas acolhem as crianças, valorizam suas identidades e desmantelam narrativas racistas que colocam a população negra em posições de subalternidade. | |||
O projeto introduz conceitos importantes como panafricanismo e promove a reflexão sobre evasão escolar, abrindo caminhos para uma educação que conecta história, cultura e território. | |||
== Lançamento e Expansão == | == Lançamento e Expansão == | ||
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2023: 93 oficinas realizadas, impactando 119 educadores e 240 estudantes. | |||
2024 (1º semestre): 100 oficinas realizadas, beneficiando 78 educadores e 267 estudantes. | |||
Energia, criatividade e engajamento: é isso que exala das crianças participantes, que, através das oficinas, reapropriam-se de espaços lúdicos, políticos e educacionais. | |||
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Recentemente, tivemos a honra de participar de uma entrevista com a jornalista @camilamonteiro.oficial para o programa @bomdiafavelatv, contando com a participação especial de @vitorrfelix. Durante a entrevista, abordamos a Afroetnomatemática, explicando sua importância no contexto escolar e como ela pode ser uma poderosa ferramenta de empoderamento para crianças e jovens negros e periféricos. | |||
Aproveitamos a oportunidade para divulgar o primeiro Fórum de Educação Matemática da Maré (FEMM), idealizado por Diego Marcelino em parceria com escolas públicas e organizações do Complexo da Maré. O primeiro encontro aberto ao público acontecerá na Academia da Luta Pela Paz, na favela da Nova Holanda, no dia 20 de fevereiro, às 15h. | |||
Para participar, é simples! Basta clicar no link disponível na bio e realizar a inscrição. Esperamos você para juntos construirmos um ensino de matemática mais inclusivo e transformador | |||
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E-mail: diegomarcelino0505@gmail.com | |||
Telefone: (21) 9 91047291 | |||
O fórum reúne educadores, estudantes, moradores e profissionais das áreas de educação e cultura, promovendo reflexões e estratégias práticas para superar os desafios no ensino da matemática. | |||
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Edição das 13h43min de 17 de dezembro de 2024
O Projeto Afroetnomatemática é uma iniciativa educacional e social fundada no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que promove uma abordagem pedagógica inclusiva e transformadora no ensino da matemática. Sob a coordenação do educador Diego Marcelino dos Santos, articulador local da Maré e especialista em afroetnomatemática, o projeto busca conectar a história africana com o aprendizado matemático, valorizando a identidade dos estudantes negros e promovendo debates políticos essenciais para o território.
Autoria: Equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco[1]
Sobre
O Projeto Afroetnomatemática surge em 2022 como uma resposta à exclusão sistemática das contribuições africanas na matemática e à violência simbólica enfrentada por crianças e jovens negros nos espaços escolares. A iniciativa propõe uma nova narrativa: resgatar o passado, trabalhar o presente e sonhar com um futuro mais justo e inclusivo.
Inspirada pelo conceito africano Sankofa – "voltar ao passado para ressignificar o presente" – a metodologia do projeto vai além da sala de aula, nascendo da percepção histórica e cultural das realidades negras. Através da etnomatemática, a proposta valoriza a potência afrocentrada, criando ferramentas pedagógicas que conectam o ensino da matemática às identidades, histórias e culturas das populações negras.
Mais do que uma abordagem pedagógica, a afroetnomatemática é um ato político e coletivo. Ela questiona estruturas discriminatórias, valoriza as vivências dos territórios periféricos e fortalece os laços comunitários, criando um ambiente onde educação, identidade e resistência caminham juntas.
Objetivos
Resgatar a origem africana da matemática, valorizando sua história e aplicabilidade no ensino atual.
Reduzir o déficit educacional em matemática, criando práticas pedagógicas inclusivas e conectadas ao território.
Fortalecer a autoestima de crianças e jovens negros e reconstruir sua relação com o aprendizado matemático.
Criar espaços de acolhimento, debate e protagonismo, destacando a potência dos territórios periféricos.
Trabalhar com formação continuada para educadores, desmantelando narrativas discriminatórias no ambiente escolar.
Introduzir discussões políticas e sociais através da etnomatemática, promovendo o diálogo sobre temas como panafricanismo, evasão escolar e direito ao lazer na favela.
Sobre o Idealizador: Diego Marcelino
"O rolê da minha metodologia afroetnomatemática começa muito antes da sala de aula. Ela nasce da minha sensibilidade e percepção com minha própria história desde a infância, afinal de contas, nada vem de hoje. Tudo é Sankofa!"
Diego Marcelino dos Santos é formado em Matemática e especialista em Afroetnomatemática, com uma trajetória marcada pela sensibilidade e ação direta no território da Maré.
Educador social e coordenador de rodas de conversas sobre masculinidades negras;
Pesquisador e desenvolvedor da metodologia Gamificação Sankofa e outros jogos matemáticos;
Idealizador do Laboratório de Afroetnomatemática do Colégio Veritas;
Facilitador de formações para educadores e mediador de práticas afrocentradas.
Negro, pai de 3, companheiro da Fernanda e morador do Complexo de Favelas da Maré, Diego escolhe não falar a partir das dores, mas das potências afrocentradas, transformando sonhos em ações concretas que impactam a vida dos alunos.
Trabalho em Desenvolvimento
O projeto realiza diversas atividades nas escolas públicas da Maré, com destaque para as Oficinas de Jogos Africanos de Lógica, que introduzem elementos matemáticos de maneira lúdica e conectada à cultura africana.
Oficinas Recentes
Colégio Estadual João Borges: Realização da primeira oficina com jogos como Shisima (Quênia), Mancala e Queah.
EDI Moacyr de Góes: Segunda oficina com o jogo Tsoro Yematatu (Zimbábue), em parceria com @adelaide.r.desouza, que soube conduzir a discussão sobre (in)segurança pública e o direito de brincar na favela.
As atividades não apenas ensinam lógica e raciocínio matemático, mas também incentivam o debate crítico sobre políticas públicas, garantindo que as crianças expressem suas opiniões e reflexões sobre o contexto em que vivem.
Metodologia e Impacto
Diego Marcelino dos Santos, articulador local da Maré e educador matemático, coordena as ações com foco no resgate cultural e na construção de um ensino mais inclusivo.
As oficinas acolhem as crianças, valorizam suas identidades e desmantelam narrativas racistas que colocam a população negra em posições de subalternidade.
O projeto introduz conceitos importantes como panafricanismo e promove a reflexão sobre evasão escolar, abrindo caminhos para uma educação que conecta história, cultura e território.
Lançamento e Expansão
Em 2024, será realizado o primeiro Fórum de Educação Matemática da Maré (FEMM), uma iniciativa do projeto Afroetnomatemática em parceria com escolas públicas e organizações sociais.
Detalhes do Fórum:
Periodicidade: Encontros públicos mensais, na terceira terça-feira, das 15h às 17h.
Locais: Organizações parceiras como Luta Pela Paz, CEASM, Redes da Maré, UNIFAVELA e escolas locais.
Inscrições: Abertas via link (a ser divulgado).
Resultados Expressivos
2023: 93 oficinas realizadas, impactando 119 educadores e 240 estudantes.
2024 (1º semestre): 100 oficinas realizadas, beneficiando 78 educadores e 267 estudantes.
Energia, criatividade e engajamento: é isso que exala das crianças participantes, que, através das oficinas, reapropriam-se de espaços lúdicos, políticos e educacionais.
Citação
"Só a organização pode construir uma abordagem afroetnomatemática para a nossa Maré."
Diego Marcelino dos Santos
Participação na Mídia
Recentemente, tivemos a honra de participar de uma entrevista com a jornalista @camilamonteiro.oficial para o programa @bomdiafavelatv, contando com a participação especial de @vitorrfelix. Durante a entrevista, abordamos a Afroetnomatemática, explicando sua importância no contexto escolar e como ela pode ser uma poderosa ferramenta de empoderamento para crianças e jovens negros e periféricos.
Aproveitamos a oportunidade para divulgar o primeiro Fórum de Educação Matemática da Maré (FEMM), idealizado por Diego Marcelino em parceria com escolas públicas e organizações do Complexo da Maré. O primeiro encontro aberto ao público acontecerá na Academia da Luta Pela Paz, na favela da Nova Holanda, no dia 20 de fevereiro, às 15h.
Para participar, é simples! Basta clicar no link disponível na bio e realizar a inscrição. Esperamos você para juntos construirmos um ensino de matemática mais inclusivo e transformador
Contato
E-mail: diegomarcelino0505@gmail.com
Telefone: (21) 9 91047291
O fórum reúne educadores, estudantes, moradores e profissionais das áreas de educação e cultura, promovendo reflexões e estratégias práticas para superar os desafios no ensino da matemática.