Favela CCPL: mudanças entre as edições

Por equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco
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Mariana Cavalcanti* Paulo Fontes
A Favela CCPL foi uma comunidade formada na antiga fábrica de laticínios da Cooperativa Central dos Produtores de Leite (CCPL) em Benfica, Rio de Janeiro. A comunidade foi formada por pessoas que ocuparam os galpões abandonados da fábrica. A estrutura da fábrica foi demolida em 2012, dando lugar ao Conjunto Habitacional Nova CCPL.
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Poucos meses após o fechamento da fábrica, e a despeito da presença dos transportadores, em 2001 o terreno foi ocupado por algumas centenas de famílias, a maior parte delas oriundas das favelas vizinhas à antiga usina. Após uma série de negociações entre as “lideranças” dos transportadores e as dos moradores, foi construído um muro, que separava a área dos galpões dos edifícios transformados em espaço de moradia. Transportadores e moradores conviveram sem maiores incidentes por quase uma década.
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Em 2009, a favela da CCPL, como ficou conhecida a ocupação, foi incluída na lista de comunidades a serem contempladas pelas intervenções urbanísticas do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal. Diante da impossibilidade de reaproveitamento das já comprometidas estruturas dos edifícios, o projeto promoveu a demolição de todo o espaço construído do terreno, seguido da construção de um novo condomínio residencial, para o qual retornaram muitos dos moradores que já residiam.
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Poucos meses após o fechamento da fábrica, e a despeito da presença dos transportadores, em 2001 o terreno foi ocupado por algumas centenas de famílias, a maior parte delas oriundas das favelas vizinhas à antiga usina. Após uma série de negociações entre as “lideranças” dos transportadores e as dos moradores, foi construído um muro, que separa a área dos galpões dos edifícios transformados em espaço de moradia. Transportadores e moradores conviveram sem maiores incidentes por quase uma década. Em 2009, a favela da CCPL, como ficou conhecida a ocupação, foi incluída na lista de comunidades a serem contempladas pelas intervenções urbanísticas do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal. Diante da impossibilidade de reaproveitamento das já comprometidas estruturas dos edifícios, o projeto prevê a demolição de todo o espaço construído do terreno, seguida da construção de um novo condomínio residencial, para o qual retornariam muitos dos moradores atuais.
 
 
 
 
 
 
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== Implosão da fábrica ==
== Implosão da fábrica ==
Vídeo da implosão da fábrica da CCPL em 8 de janeiro de 2012, em Benfica.
Vídeo da implosão da fábrica da CCPL em 8 de janeiro de 2012, em Benfica.
 
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== Conjunto Habitacional Nova CCPL ==
== Conjunto Habitacional Nova CCPL ==

Edição atual tal como às 22h18min de 28 de março de 2025

A Favela CCPL foi uma comunidade formada na antiga fábrica de laticínios da Cooperativa Central dos Produtores de Leite (CCPL) em Benfica, Rio de Janeiro. A comunidade foi formada por pessoas que ocuparam os galpões abandonados da fábrica. A estrutura da fábrica foi demolida em 2012, dando lugar ao Conjunto Habitacional Nova CCPL.

Favela CCPL, foto de Reginaldo Pimenta.
Autoria: Mariana Cavalcanti e Paulo Fontes, além de fontes secundárias.

História[editar | editar código-fonte]

Localizada entre os bairros de Manguinhos e Benfica, a fábrica foi projetada como uma moderna indústria de laticínios e desempenhou um papel central no abastecimento de leite na cidade na segunda metade do século XX. A usina prosperou até a década de 1990, quando uma crise financeira e a realocação da distribuição do produto para o município de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, a tornaram economicamente inviável, causando o encerramento das atividades da antiga sede. Como modo de protelar a negociação de dívidas trabalhistas, os dirigentes da empresa concederam a um grupo de antigos transportadores da fábrica, por meio de um acordo verbal, o direito de uso de alguns galpões por tempo indeterminado[1].

Reportagem sobre a favela do CCPL.

Poucos meses após o fechamento da fábrica, e a despeito da presença dos transportadores, em 2001 o terreno foi ocupado por algumas centenas de famílias, a maior parte delas oriundas das favelas vizinhas à antiga usina. Após uma série de negociações entre as “lideranças” dos transportadores e as dos moradores, foi construído um muro, que separava a área dos galpões dos edifícios transformados em espaço de moradia. Transportadores e moradores conviveram sem maiores incidentes por quase uma década.

Favela CCPL, imagem do documentário Favela Fabril.

Em 2009, a favela da CCPL, como ficou conhecida a ocupação, foi incluída na lista de comunidades a serem contempladas pelas intervenções urbanísticas do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal. Diante da impossibilidade de reaproveitamento das já comprometidas estruturas dos edifícios, o projeto promoveu a demolição de todo o espaço construído do terreno, seguido da construção de um novo condomínio residencial, para o qual retornaram muitos dos moradores que já residiam.

Favela CCPL.
Favela CCPL, na antiga fábril CCPL. Foto de Reginaldo Pimenta.




Implosão da fábrica[editar | editar código-fonte]

Vídeo da implosão da fábrica da CCPL em 8 de janeiro de 2012, em Benfica.

Conjunto Habitacional Nova CCPL[editar | editar código-fonte]

Inauguração do condomínio com a presidente Dilma Rousseff, o ministro das Cidades, Gilberto Magalhães Occhi, o governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Em 2014 foram entregues 564 unidades habitacionais do Conjunto Residencial Nova CCPL, construído pela Secretaria Estadual de Obras. A construção das moradias, bem como toda a obra de urbanização, saneamento, iluminação pública, paisagismo e mobiliário urbano fizeram parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O investimento total teve o custo de R$ 683,2 milhões. Destes, 294,9 milhões da União; R$ 373,2 milhões de contrapartida do Governo do Estado e R$ 15,1 milhões de contrapartida do município[2].

Nova CCPL.

A CCPL apresenta 688 unidades divididas em 30 blocos, que consistem em prédios de 4 pavimentos. Os apartamentos são compostos de sala, 2 quartos, cozinha, banheiro e varanda. O condomínio também tem áreas de lazer e de circulação, com praça arborizada, ciclovia, espaço para recreação infantil e quadra poliesportiva.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências